8 research outputs found
A quem se dirigem os editoriais? Um estudo acerca de personagens e instituiçÔes mencionadas pelos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo
A literatura sobre jornalismo polĂtico indica que aqueles agentes ocupando cargos de maior hierarquia tendem a dispor de maior cota de visibilidade no noticiĂĄrio. A fim de esclarecer as relaçÔes entre o cargo ocupado pelo agente polĂtico ou o fato de tratar-se de uma instituição e o grau de visibilidade do qual se dispĂ”e, este artigo busca compreender como funcionam os parĂĄâmetros de escolha editorial, por meio de mapeamento das personagens e instituiçÔes mencionadas por 185 editoriais dos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo sobre o Congresso Nacional. O trabalho propĂ”e trĂȘs hipĂłteses: H1 ââ hĂĄ correlação positiva entre tratar-se de uma instituição e a quantidade de mençÔes recebidas nos editoriais; H2 ââ hĂĄ correlação positiva entre ocupar cargo nos campos polĂtico e econoĂâmico ou no JudiciĂĄrio e a quantidade de mençÔes recebidas nos editoriais; e H3 ââ uma vez que os editoriais compondo o corpus tratam do Congresso Nacional, as duas Casas (CĂĄâmara e Senado) e os agentes integrantes do Legislativo sĂŁo os mais mencionados pelas peças. Para testar as hipĂłteses, utilizou-se estatĂstica descritiva. TambĂ©m se aplicou um teste-t, uma regressĂŁo mĂșltipla e observou-se o valor-p para os dados. Apenas a primeira hipĂłtese foi confirmada por completo, enquanto a segunda foi refutada e a terceira foi confirmada em parte. Os dados contradizem a literatura sobre jornalismo polĂtico. Apenas agentes polĂticos muito poderosos, a exemplo do presidente da RepĂșblica, obtĂȘm visibilidade nos editoriais, pois se priorizam mençÔes a instituiçÔes. Assim, o jornalismo polĂtico praticado nos editoriais dirige-seĂ a agentes polĂticos detentores de poder de decisĂŁo ou a instituiçÔes significativas para a democracia e para o sistema polĂtico do paĂs, tornando o acesso Ă esfera de visibilidade pĂșblica ainda mais restrito
Why do presidents fail? political leadership and the Argentine crisis (1999â2001)
This article explores why Argentine president Fernando de la RĂșa (1999â2001) failed to govern and the factors that prevented him from completing his constitutional mandate. This study draw on current literature about leadership. We argue that President De la RĂșaâs ineffective performance was characteristic of an inflexible tendency towards unilateralism, isolationism, and an inability to compromise and persuade. Moreover, we examine how de la RĂșas performance, in the context of severe political and economic constraints, discouraged cooperative practices among political actors, led to decision-making paralysis, and ultimately to a crisis of governance.This work seeks to make four contributions. First, it conceptualizes political leadership by providing an analytical framework that integrates individual action, institutional resources and constraints, and policy context, thus filling a gap in the literature. Second, it explains the importance of effective leadership in building up and maintaining multiparty coalitions in presidential systems. Third, it complements existing institutional approaches to improve our understanding of a new type of instability in Latin America: the failure of more than a dozen of presidents to complete their constitutional mandates. Fourth, it analyzes the way political and economic variables interact in times of crisis