3 research outputs found

    Mortalidade materna e qualidade do preenchimento das declarações de óbito em um hospital escola de referência do Ceará

    Get PDF
    Objetivos: descrever a frequência da mortalidade materna na Maternidade Escola Assis Chateaubriand no período de janeiro de 2011 a julho de 2015 e avaliar o correto preenchimento das respectivas declarações de óbito (DO). Metodologia: estudo descritivo, de coorte, realizado através da coleta de dados de prontuários e das declarações de óbito emitidas no período do estudo. Resultados: sessenta óbitos ocorreram no período do estudo, sendo três excluídos da análise. Dos óbitos, 66,67% foram classificados como de causa obstétrica direta, 26,32% obstétrica indireta e 5,26% não obstétrico. As causas básicas dos óbitos foram distribuídas nos seguintes grupos: hipertensiva 22,81%; hemorrágica 21,05%; infecciosa 17,54%; complicação cirúrgica 7,02%; tromboembolismo pulmonar 7,02%; neoplásica 5,26%; outro 17,54%. De todos os óbitos, 71,7% ocorreram no período do puerpério. Foram encontrados 66,67% de preenchimentos incorretos na causa básica da morte das declarações de óbito emitidas. Dentre os motivos para o preenchimento incorreto, considerou-se o uso de termos vagos (falência ou disfunção de múltiplos órgãos; siglas como AVC) ou uso de termos não classificados na CID-10. Conclusão: sugere-se uma melhor capacitação do profissional médico, uma vez que a DO é um instrumento de preenchimento obrigatório pelo médico, além de principal fonte de informações sobre o perfil de mortalidade do país

    SaÃde sexual, reprodutiva e risco de neoplasias ginecolÃgicas em mulheres assistidas no serviÃo de transplante hepÃtico do Hospital Walter CantÃdio da Universidade Federal do CearÃ

    No full text
    Few studies attempt to assess women in hepatic insufficiency or already transplanted thus, clinicians, surgeons and gynecologists are still insecure about the monitoring of these patients. These women may experience changes in menstrual function and reproductive health and greater risk of malignancies because of the hyperestrogenism due to the diseased liver, as well as the chronic immunosuppression. Liver transplantation has occurred in Ceara for just over 10 years, as the only therapeutic option for patients in hepatic insufficiency. Women represent about 30% of all transplanted patients, thus it was evaluated the sexual and reproductive health of patients with hepatic insufficiency and transplanted besides the risk of gynecological cancers compared to healthy women (control group). It was analyzed 41 patients (17 on the waiting list for transplantation and 24 transplanted) followed in the outpatient surgical liver transplantation of the Walter Cantidio Hospital, from January 2012 to September 2013 and matched for age and parity to 27 healthy women without liver diseases of the Department of Gynecology of Assis Chateaubriand Maternity School of the Federal University of Ceara, Brazil. It was performed gynecological care: clinical interview, gynecological examination breasts, vulva and speculate with collection of cervical cytology and request of ultrasound (breast and pelvic), and mammography. It was applied the Female Sexual Satisfaction Index (FSSI) and evaluation of vaginal health according to researcher Manonianiâs parameters (2004). The average age of women in three groups was similar. Viral hepatitis were the most frequent indications for transplantation in the two study groups. The menstrual alterations found in most patients at the waiting list was amenorrhea (23.5%); at transplanted, menorrhagia (16.7%), with 45% of these having regular cycles. At control group, 63% had regular cycles. It was 29.6% of menopausal women at control group, 41% on waiting list and 25% on transplanted. Menstrual cycles returned within six months after transplantation in 66.6% of patients in amenorrhea. The breast ultrasound found a BI-RADS 5 lesion in 5.9% of patients in the waiting list and the mammography showed 5.9% of BI-RADS 4 and 5 lesions at the same group and 4.1% BI-RADS 4 at transplanted. At control group, there were 3.7% of BI-RADS 4 lesions at mammography, without suspicious lesions at breast ultrasound. About the sexual health, 50% of women from the waiting list were no sexual activity with significant difference between this group and the control in questions about the frequency of excitation, orgasm, pain, and emotional and sexual satisfaction with partner. In observational assessment of vaginal health there was no significant difference among the three groups. The incidence of malignancies, especially those estrogen-dependent (breast and endometrial), increases in patients with hepatic insufficiency and also in those transplanted using immunosuppressive drugs, where virus-induced neoplasms are more prevalent, like the cervical cancer induced by HPV. Understands the urgency of a liver transplant to save lives, but a gynecological evaluation before and post-transplant can become a reality giving these women a better quality of life.Poucos estudos avaliam mulheres em insuficiÃncia hepÃtica ou transplantadas, assim, clÃnicos, cirurgiÃes e ginecologistas ainda estÃo inseguros quanto ao acompanhamento dessas pacientes. Essas mulheres podem apresentar alteraÃÃes da funÃÃo menstrual e reprodutiva, alÃm de maior risco de neoplasias malignas tanto devido ao provÃvel hiperestrogenismo decorrente do fÃgado insuficiente ou mesmo da imunossupressÃo crÃnica. O transplante hepÃtico existe no Cearà hà cerca de 10 anos, sendo a Ãnica alternativa terapÃutica para pacientes em insuficiÃncia hepÃtica. As mulheres representam cerca de 30% dos transplantados, assim procurou-se avaliar a saÃde sexual e reprodutiva de mulheres com insuficiÃncia hepÃtica e transplantadas, e os riscos de neoplasias ginecolÃgicas comparando-as a mulheres saudÃveis (grupo controle). Analisou-se 41 mulheres (17 em fila de espera para o transplante e 24 transplantadas) acompanhadas no AmbulatÃrio de Transplante de FÃgado do Hospital Walter CantÃdio (UFC), de janeiro de 2012 a setembro de 2013, que foram pareadas por idade e paridade a 27 mulheres saudÃveis e sem hepatopatia do ServiÃo de Ginecologia da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (UFC). Realizou-se atendimento ginecolÃgico: entrevista clÃnica, exame de mamas, vulva e especular com coleta de citologia oncÃtica do colo uterino, e solicitaÃÃo ultrassonografia (mamas e pelve), e mamografia; aplicaÃÃo do questionÃrio Ãndice de SatisfaÃÃo Sexual Feminino (IFSF) e avaliaÃÃo da saÃde vaginal por meio dos parÃmetros de Manoniani (2004). A mÃdia das idades das mulheres dos trÃs grupos foi semelhante. As hepatites virais foram as indicaÃÃes mais frequentes de transplante nos dois grupos de estudo. A alteraÃÃo menstrual mais comum nas pacientes da fila foi a amenorreia (23,5%), nas transplantadas a menorragia (16,7%), com 45% destas apresentando ciclos regulares. No grupo controle, 63% tinha ciclos regulares. Havia 29,6% de mulheres menopausadas no grupo controle, 41% no grupo da fila de espera e 25% nas transplantadas. Os ciclos menstruais retornaram em 66,6% das pacientes amenorreicas em atà seis meses apÃs o transplante. A ultrassonografia mamÃria encontrou lesÃo BI-RADS 5 em 5,9% das pacientes em fila, jà a mamografia mostrou 5,9% de lesÃes BI-RADS 4 e 5 nesse mesmo grupo e 4,1% BI-RADS 4 nas transplantadas. No grupo controle, houve 3,7% de lesÃes BIRADS 4 à mamografia, sem resultados suspeitos à ultrassonografia mamÃria. Quanto à saÃde sexual, 50% das mulheres da fila estavam sem atividade sexual, com diferenÃa significante entre este grupo e o controle nos quesitos frequÃncia de excitaÃÃo, orgasmo, dor e satisfaÃÃo emocional e sexual com o parceiro. Na avaliaÃÃo observacional da saÃde vaginal, nÃo houve diferenÃa entre os trÃs grupos. A incidÃncia de neoplasias malignas, principalmente aquelas estrogÃniodependentes (mama e endomÃtrio), aumenta em pacientes com insuficiÃncia hepÃtica, e tambÃm nas transplantadas em uso de imunossupressores, onde as neoplasias induzidas por vÃrus sÃo mais prevalentes, dentre elas o cÃncer de colo de Ãtero induzido pelo HPV. Compreende-se a urgÃncia de um transplante hepÃtico para se salvar vidas, mas uma avaliaÃÃo ginecolÃgica prà e pÃs-transplante, pode ser uma realidade, melhorando a qualidade de vida dessas mulheres
    corecore