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    Human Right to Adequate Food: perceptions from Bolsa Família Program participants

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    Introdução: A Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional teve no Programa Bolsa Família (PBF) uma de suas principais expressões para combater a miséria e a fome. Objetivo: Identificar percepções e conhecimentos de titulares do PBF acerca das dimensões de Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e de alimentação saudável. Métodos: Estudo qualitativo com amostra representativa de mulheres titulares do PBF da região dos Morros de Santos-SP (n=190). Entrevistas semiestruturadas foram registradas em áudio e transcritas literalmente, para análise temática de conteúdo. Núcleos temáticos e categorias foram produzidos em cada uma das dimensões de interesse. Resultados: As participantes, com média de idade de 33 anos e consideradas de baixa renda, demonstraram desconhecimento sobre DHAA. Poucos discursos destacaram o combate à fome e a busca por cidadania, mas desvelaram ceticismo em relação às garantias consolidadas. A rotina nos serviços de saúde para o acompanhamento das condicionalidades do PBF emergiu na dimensão de direitos. A definição de alimentação saudável pelas participantes enfatizou a importância dos alimentos in natura e minimamente processados, mas revelou os produtos ultraprocessados como alternativa diante das dificuldades financeiras para acessar alimentos saudáveis. Conclusões: Os achados explicitam a necessidade de viabilizar políticas públicas e ações para emancipação e fortalecimento das famílias titulares do PBF, na perspectiva cidadã de defesa da exigibilidade do DHAA

    Alimentação de veganos brasileiros durante a pandemia do SARS-CoV-2

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    A pandemia do novo coronavírus abalou a alimentação da população mundial, e forçou mudanças nos hábitos alimentares de diferentes formas de acordo com a demografia. As pessoas veganas, caracterizadas por não consumir nada de origem animal, constituem um perfil de dieta restrita, que com as medidas de isolamento social enfrentam também o desafio dessa mais nova restrição. A pesquisa analisou como a alimentação de indivíduos adeptos ao veganismo de diferentes regiões do Brasil foi impactada pelo fenômeno, por meio de recordatórios 24 horas e questionários estruturados respondidos por meio de videoconferência digital. Os dados obtidos revelaram que a maioria manteve os hábitos alimentares, junto do aumento após a pandemia da preparação de refeições culinárias, consumidas majoritariamente em ambiente doméstico e com companhia. A atividade física aumentou durante o período comparado ao tempo prépandêmico, e a alimentação do grupo demonstrou-se adequada com a distribuição recomendável de macronutrientes, com alto valor de fibras em razão da predominância de alimentos in natura e minimamente processados como cereais, leguminosas, hortaliças e frutas. A ingestão hídrica mostrou-se abaixo do recomendado e foi detectado consumo de álcool acima da média. Dentre as preparações culinárias identificadas, prevaleceram as versões de receitas tradicionais modificadas para o veganismo, pratos compostos de frutas, cereais e/ou sementes, ao mesmo passo que foi identificada a frequência do consumo de sanduíches. O objeto da pesquisa foi contribuir com informações que possam auxiliar a compreensão da alimentação do perfil, tanto no contexto de crise quanto acerca das especificidades do consumo alimentar em geral, que carece de investigações e estimula a continuidade dos estudos
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