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Trajetória histórica da AIDS em Florianópolis (1986 - 2006)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2010Esta dissertação tem como objetivo conhecer a dinâmica da epidemia da aids, entre pessoas que vivem com HIV/aids (PVHA) adultas residentes no município de Florianópolis entre 1986 a 2006. Estudo descritivo quantitativo, tipo transversal, realizado a partir do SINAN-AIDS, com dados coletados entre março/abril de 2010 na Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis. O instrumento de coleta de dados foi uma planilha do programa Excel, importada para o programa Epi Info versão 3.5.1. Na análise estatística utilizamos o teste qui-quadrado, com intervalo de confiança de 95%, com p ? 0,05. Os resultados do estudo são apresentados em três artigos. O primeiro artigo apresenta as características sócio demográfica e epidemiológica das 3209 PVHA adultas notificadas no SINAN-Aids entre 1986 a 2006. A aids atingiu inicialmente estratos sociais favorecidos, migrando para estratos sociais desfavorecidos, heterossexuais, homens e mulheres, com ensino fundamental incompleto, de raça ignorada e com idade entre 20 a 49 anos. A Vigilância Epidemiológica de Florianópolis tem investido na qualidade no preenchimento das Fichas de Notificação e Investigação e na descentralização do atendimento em aids no município. O segundo artigo apresenta características sócio demográficas e epidemiológicas das PVHA adultas que foram a óbito, o perfil apresenta: PVHA adultas com idade entre 20 e 49 anos, raça ignorada, escolaridade 3 a 7 anos e categoria de exposição UDI e/ou heterossexual. A gestão entre as Equipes de Saúde da Família e as Regionais de Saúde, consolidou as ações para redução dos óbitos. O terceiro artigo apresenta a ocupação e Status Sócioeconômico Ocupacional (ESO) das PVHA. Analisamos a ocupação no mercado de trabalho e sexo e o ESO das PVHA com idade entre 20 a 49 anos, categoria de exposição e sexo. Encontramos em 1986 a 1995, 59,92% das mulheres e 97,5% dos homens, e entre 1996 a 2006, 55,91% das mulheres e 94,31% dos homens trabalhando. O ESO entre as mulheres 4ª e 5ª, entre os homens 1ª e 5ª. Os serviços de saúde descentralizados como CTA, SAE e distribuição dos anti-retrovirais, foram atitudes impactantes para adesão ao atendimento e tratamento
Pessoas que vivem com HIV/AIDS em Florianópolis/SC, Brasil: ocupação e status socioeconômico ocupacional (1986-2006)
Este estudo teve como objetivo analisar a distribuição das pessoas adultas que vivem com a Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida (AIDS) em Florianópolis/SC, entre 1986 e 2006. Estudo histórico de 3.209 casos de AIDS, com dados coletados no Setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, entre março e abril de 2010. A análise dos dados aborda ocupação no mercado de trabalho e sexo; condição socioeconômica dos casos com idade entre 20 e 49 anos; categoria de exposição e sexo. A AIDS afeta subgrupos e vulneráveis potenciais. Mulheres ocupam a Categoria Não Ocupada nos Afazeres Domésticos e homens ocupam a Categoria Não Ocupado como Estudantes e Aposentados/Pensionistas. Quanto ao Status Socioeconômico Ocupacional, as mulheres se encontram entre o 4º e 5°, e os homens entre o 1º e 5º. Os resultados sugerem que as ações de prevenção ao HIV/AIDS devem ser planejadas para atendimento dos subgrupos com vulnerabilidade potencial
Aspectos epidemiológicos da AIDS em Florianópolis/SC, Brasil
O estudo teve como objetivo descrever os aspectos epidemiológicos das pessoas com 13 anos e mais, com AIDS, residentes em Florianópolis/SC entre 1986 e 2006. Estudo descritivo, transversal, com coleta das variáveis: ano de diagnóstico, sexo, idade, categoria de exposição, escolaridade, cor da pele e Regional de Saúde de residência, no Sistema Nacional de Agravos de Notificação e Sistema de Informação sobre Mortalidade. Constata-se a magnitude da AIDS em homens, com ensino fundamental, de cor da pele branca, idade entre 20 e 49 anos e heterossexuais. Observou-se a vulnerabilidade feminina na redução da razão entre os sexos masculino/feminino no período avaliado. Apresentam-se a base social e a especificidade dos doentes de AIDS em Florianópolis/SC, e sugerem-se investimentos no diagnóstico territorial na Estratégia de Saúde da Família e acompanhamento dos sistemas de informação pelas Regionais de Saúde, para avaliar a eficiência e a efetividade das estratégias de prevenção à AIDS em Florianópolis/SC