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Luxação coxofemoral caudo-ventral traumática em cão: Relato de caso
A luxação coxofemoral traumática consiste no deslocamento da cabeça do fêmur em relação a fossa acetabular decorrente de traumas. As principais afecções ortopédicas são devido ao trauma externo, podendo resultar em luxações coxofemorais, fraturas da cabeça e colo femoral e fratura acetabular. A apresentação altera-se de acordo com o tipo de luxação que se classificam em crânio-dorsal, caudo-dorsal, ventral, ventrocaudal, ventrocranial. Desta forma objetiva-se relatar e discutir o caso de um canino com luxação caudo-ventral tratado com a técnica de colocefalectomia após a ocorrência de trauma domiciliar. Descreve-se um caso de um canino, macho, não castrado, 02 anos de idade, atendido no Hospital Veterinário Adílio Santos de Azevedo, apresentando histórico de trauma após acidente domiciliar com presença de claudicação do membro pélvico direito, e rotação do mesmo. Após o exame clínico específico e radiografia do membro pélvico foi diagnosticado luxação coxofemoral caudo-ventral direita. O animal do presente relato foi diagnosticado com uma luxação caudo-ventral, pouco vista na rotina da clínica médica e cirúrgica de pequenos animais. Ocorre aproximadamente 1,5 a 3,2% dos casos dentro da rotina, sendo uma situação rara de ocorrer. Além disso, observou-se um índice que 20% dos animais que apresentam luxação coxofemoral teve traumas concomitantes. Nesse relato, o animal não sofreu nenhum tipo de trauma associado, ou laceração muscular. A luxação coxofemoral ventrocaudal é rara em cães, a técnica da colocefalectomia femoral foi realizada com sucesso no paciente deste caso sem complicações trans e pós-operatória
Tratamento de ferida aberta em cães com o uso de curativo biológico com pele de tilápia
O tratamento de feridas abertas em cães possui extrema importância para a medicina veterinária devido à grande ocorrência de atendimentos com animais acometidos por lesões de diferentes tipos e origens. Muitas vezes a cicatrização acontece por segunda intenção, devido à perda tecidual por extensão da ferida ou por contaminação. O objetivo deste trabalho é avaliar o processo de cicatrização com a pele de tilápia como tratamento oclusivo sobre a cicatrização de feridas cutâneas produzidas em cães. A pele de tilápia foi desinfectada e preparada para o leito da ferida, esta produzida por meio de uma incisão incisa retirando dois flaps em cada lado da região toracodorsal e colocou a pele de tilapia. A avaliação ocorreu a cada dois dias, até o 21º dia, totalizando oito avaliações. A epitelização iniciou-se com a formação de um tecido róseo e delgado sobre a pele de tilápia. Em virtude da grande adesão do material do curativo biológico oclusivo nos bordos da lesão, até que esta adesão se fragilizasse e caísse, não foi possível observar o desenvolvimento do novo epitélio subjacente. Conclui-se que a pele da tilápia-doNilo (Oreochromis niloticus) apresentou características e propriedades necessárias para a cicatrização, além de ter boa aderência no leito das feridas, podendo ser utilizada com segurança e eficácia, influenciando de forma positiva no processo cicatricial confirmando seu potencial como curativo biológico oclusivo para o tratamento tanto de queimaduras como de feridas com perda de umidade em cães
POLIOENCEFALOMALACIA EM UM BOVINO NO SEMIÁRIDO DA PARAÍBA
Descreve-se um caso de polioencefalomalacia em um bovino que apresentava há 6 dias protusão da língua com diminuição de tônus muscular, trismo mandibular, bruxismo e pouca sensibilidade ao teste de panículo, sem resposta terapêutica. Optou-se pela eutanásia. Na necropsia observou-se área focal amarelada e friável no hemisfério cerebral direito e perca da arquitetura do hemisfério cerebral esquerdo. Microscopicamente havia meningoencefalite não supurativa e polioencefalomalacia associados a corpúsculos de inclusão intranucleares em astrócitos, sugestivos de infecção por Herpesvirus Bovino tipo 5, na substância cinzenta do córtex frontal e parietal esquerdo. Polioencefalomalacia associada à infecção viral por BHV-5 ocorre no Semiárido da Paraíba, entretanto, a falta de diagnóstico tem contribuído para que a enfermidade seja pouco relata
TRATAMENTO DE FERIDAS CUTÂNEAS OCASIONADA POR QUEIMADURA EM UM CANINO – RELATO DE CASO
Lesões cutâneas surgem após trauma tecidual, no caso de danos extensos é importante o auxílio terapêutico para acelerar processo cicatricial, visto que este apresenta-se lento. As queimaduras dérmicas promovem lesão térmica, focais, multifocais ou extensas, e podem ser de primeiro, segundo ou terceiro grau. Este relato objetiva abordar o caso de uma cadela, SRD, que apresentou lesões de pele por queimadura de primeiro e segundo grau, acometendo língua, com 50% da área prejudicada, dorso, ventre abdominal, axilar e coxins plantares. Animal apresentava disfagia, hiporexia, apatia, dor severa nos primeiros dias de tratamento. Tratada com antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos sistêmicos e tópico com higienização das feridas e aplicação pomada cicatrizante. Animal teve total cicatrização com 121 dias