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A Variação do método de incremento de cargas não altera a determinação do limiar de lactato em exercício resistido Variation in the incremental workload method does not change the lactate threshold determination in resistance exercise
Com o objetivo de analisar e comparar diferentes protocolos incrementais (PI) em exercício resistido para a identificação do limiar de lactato (LL), 12 voluntários homens (23,3 ± 1,6 anos) adaptados ao exercício resistido foram submetidos a dois testes incrementais realizados em leg press 45º (LP). Os PI's foram: 1) relativo ao teste da carga máxima (PI%1RM), com incrementos de 19, 28, 32, 37, 41, 45, 55 e 60% de 1RM; 2) relativo ao peso corporal (PI%PC), com incrementos de 17, 33, 50, 67, 83, 100, 117 e 133% do PC. Em ambos os PI's a duração de cada estágio foi de 1 min, sendo realizadas 30 repetições em cada. Durante os intervalos entre cada estágio (2 min para o PI%1RM e de 1 min para o PI%PC) foram coletados do lóbulo da orelha, 25µL de sangue capilarizado, os quais foram depositados em microtúbulos Eppendorff para posterior dosagem das concentrações de lactato sanguíneo [Lac]. Foi possível identificar o LL a partir da resposta das [Lac] nos diferentes protocolos. Não foram observadas diferenças significativas entre o LL determinado por cargas absolutas (PI%1RM - 72,3 ± 12,5 vs. PI%PC - 65,9 ± 11,5kg; p > 0,05) e relativas (PI%1RM - 32,3 ± 4,2 vs. PI%PC - 31,6 ± 4,3%; p > 0,05). Alta correlação foi observada entre os PI's, tanto para cargas absolutas (r = 0,90; p < 0,01) como relativas (r = 0,83; p < 0,01). Concluiu-se que, apesar de modificações realizadas nos protocolos adotados, foi possível identificar o LL em LP na amostra estudada, em que as intensidades relativas e absolutas a esses limiares não diferiram e apresentaram correlação entre si. Sugere-se a identificação do LL em exercício resistido através de protocolo com incrementos relativos ao PC, tendo em vista a vantagem de não ser necessário submeter o avaliado à aplicação prévia de um teste de carga máxima.<br>The aim of this investigation was to analyze and compare different incremental protocols (IP) to identify the lactate threshold (LT) in resistance exercise. 12 male volunteers (23.3 ± 1.6 years) adapted to resistance exercise were submitted to two incremental tests performed in leg-press 45º (LP). The IP were: 1) concerned with the maximum workload test (IP%1RM), with incremental load corresponding to 19, 28, 32, 37, 41, 45, 55 and 60% of 1RM; 2) concerned with the body weight (IP%BW), with incremental load of 17, 33, 50, 67, 83, 100, 117 and 133% of the BW. Both IP had stage duration of 1-min, each with 30 repetitions. During intervals between stages (2-min to IP%1RM and 1-min to IP%BW), 25 µL of blood were collected from ear lobe and then placed in Eppendorff microtubes for blood lactate concentration [Lac] dosing. It was possible to identify LT from the responses of the [Lac] in both protocols. No significant differences were observed between the LT intensities determined by absolute (IP%1RM - 72.3 ± 12.5 vs. IP%BW - 65.9 ± 11.5 kg; p > 0.05) and relative loads (IP%1RM - 32.3 ± 4.2 vs. IP%BW - 31.6 ± 4.3 %1-RM; p > 0.05). High correlation was observed between the IP%1RM and IP%BW both for absolute (r = 0.90; p < 0.01) as well as for relative loads (r = 0.83; p < 0.01). In conclusion, despite protocols modifications during the incremental test on resistance exercise, it was possible to identify the LT in LP in the studies sample in which relative and absolute intensities did not differ from each other and presented high correlation between them. The results suggest that LT in resistance exercise should be identified through a protocol with increments based on the BW %. Such procedure has the advantage of not submitting the participant to a previous 1 RM incremental test