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    Análise imunocitoquímica do infiltrado inflamatório na miosite com corpos de inclusão citoplasmática e em outras doenças neuromusculares com vacúolos marginados

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    Encontramos 16 casos com vacúolos marginados entre 1400 biópsias musculares cujo diagnóstico final foi miosite com corpos de inclusão citoplasmática esporádica (MCIC) (4 casos), atrofia muscular espinhal juvenil (6 casos), miopatias distais (3 casos), distrofia das cinturas pélvica e escapular (2 casos) e neuropatia periférica (1 caso). Foram utilizados anticorpos monoclonais contra linfócitos T totais e subpopulações (CD4+ e CD8+), linfócitos B, macrófagos, células exterminadoras naturais (NK), imunoglobulinas e porção C3 do complemento. A análise foi quantitativa e de acordo com o local de acúmulo (interstício, intra-fibra e perivascular). Linfócitos CD8+ foram encontrados no interstício na maioria dos casos, sendo menos comuns dentro das fibras musculares e raros no espaço perivascular. Os casos de MCIC apresentaram maior número de linfócitos CD8+ se comparados às outras doenças. A proporção de células CD8+/CD4+ foi maior na MCIC do que nas outras doenças. Existiam macrófagos em grande proporção na MCIC, miopatias distais e em um dos casos de distrofia das cinturas pélvica e escapular. Células NK foram frequentes no interstício nos casos de MCIC e mais raras nas outras doenças. Houve maior depósito de imunoglobulinas e complemento nos casos de MCIC do que nas demais doenças. O grande número de células CD8+ e a relação CD8+/CD4+ podem auxiliar no diagnóstico diferencial da MCIC de outras doenças neuromusculares com vacúolos marginados

    Diagnosis of dermatomyositis and polymyositis: a study of 102 cases

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    Patients with dermatomyositis (DM) or polymyositis (PM) were studied retrospectively. The patients were divided into four groups: definite PM 24, probable PM 19, definite DM 34 and mild-early DM 25 cases. PM patients complained more often proximal muscle weakness [p <0.01]. DM patients complained more arthralgia [p <0.05], dysphagia [p <0.03] and weight loss [p <0.04]. Five patients had a malignant neoplasm and 9 had other connective-tissue disease. DM presented higher ESR than PM [p <0.002]. PM presented more significant increase in creatine kinase (CK) [p <0.02] and in alanine aminotransferase (ALT) [p <0.001] levels. Electromyography showed myopathic pattern in 76%. Muscle biopsy was the definitive test. Perifascicular atrophy was more frequent in definite DM than in mild-early DM group [p <0.03]. CONCLUSION: A small association with connective-tissue diseases and neoplasms was found. DM and PM are clinically different. DM presents systemic involvement affecting the skin, developing more severe arthralgia, dysphagia and weight loss and presenting higher values of ESR. PM presents a restricted and more significant involvement of muscles generating more weakness complaints and higher levels of serum muscle enzymes

    Miastenia grave distal: relato de caso

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    Relatamos o caso de uma mulher de 30 anos com quadro de fraqueza muscular nos membros inferiores com predomínio distal com início há 7 anos. Na evolução apresentou fraqueza muscular nos membros superiores. O exame físico mostrava nervos cranianos sem alterações, hipotrofia bilateral de quadriceps e interósseos dos pés, redução da força muscular mais intensa em tibiais anteriores e interósseos dorsais dos pés e reflexos tendinosos globalmente hipoativos. Foi realizado teste de estimulação repetitiva que mostrou decremento maior que 10% no nervo fibular e ulnar. A dosagem de anticorpos anti-receptor de acetilcolina foi positiva. Tomografia computadorizada de tórax foi normal. Dosagem de hormônios tireoidianos mostrou evidências laboratoriais de hipertireoidismo, porém sem manifestações clínicas. Foi iniciado tratamento com piridostigmina havendo melhora importante do quadro clínico. A fraqueza distal é um sintoma inicial raro na miastenia grave (MG). Contudo, a MG deve entrar no diagnóstico diferencial de doenças que cursam com fraqueza muscular distal de membros superiores ou inferiores

    Distrofia muscular congênita e deficiência de merosina Congenital muscular dystrophy and merosin deficiency

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    Uma proporção variável de pacientes com distrofia muscular congênita (DMC) da forma clássica ou ocidental apresenta deficiência da cadeia &#945;2 da merosina, uma proteína da matriz extracelular. Foi realizado estudo das características clínicas, laboratoriais e histopatológicas de 18 pacientes com DMC, relacionadas com o padrão de merosina encontrado na biópsia muscular. Estudo imuno-histoquímico demonstrou que 11 pacientes eram merosina-deficiente (MD) e sete pacientes eram merosina-positiva (MP). Nenhum dos nove pacientes MD com idade suficiente para serem avaliados alcançaram a capacidade de deambulação, enquanto quatro dos sete pacientes MP atingiram deambulação sem auxílio. Os níveis de creatinoquinase estavam mais aumentados nos pacientes MD, mas a diferença entre os dois grupos não foi estatisticamente significativa. Estudo da condução nervosa motora foi realizado em 12 pacientes. Todos os quatro pacientes MP apresentaram exames normais, enquanto dois de oito pacientes MD apresentaram diminuição da velocidade de condução nervosa motora. Entre 69 parâmetros de biópsia muscular avaliados, não foi encontrada diferença estatisticamente significativa entre os grupos MP e MD. Esses resultados sugerem que a diferenciação entre os casos MP e MD serve para fins de prognóstico, pois os pacientes MP chegam a deambular. Além disso, este estudo indica que não existe relação entre a ausência de merosina e as alterações histológicas encontradas na biópsia muscular.<br>Merosin &#945;2 chain, an extracellular matrix protein, is deficient in a proportion of patients with classical congenital muscular dystrophy (CMD). A study of clinical, laboratory and histopathological features of 18 patients with CMD was performed in relation to the merosin expression in muscle biopsy. Immunohistochemistry study showed that merosin was deficient in 11 patients and present in 7. None of the 9 merosin-deficient patient: evaluated achieved walking. In contrast, 4 of 7 merosin-positive patients achieved independent ambulation. Creatine kinase levels were higher in merosin-deficient patients, but this difference was not statistically significant. Motor nerve conduction study was carried out on 12 children. All 4 merosin-positive patients had normal exams whereas 2 out 8 merosin-deficient patients presented decreased motor nerve conduction velocity. Among 69 histopathological features studied, we did not find any significant difference between merosin-deficient and merosin-positive patients. These results suggest that merosin status evaluation is important in the determination of the prognostic, since merosin-positive patients can achieve independent walking. This study also suggests that there is no relation between absence of merosin and histopathological features
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