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    Associação entre a ooforectomia bilateral precoce e o desenvolvimento do parkinsonismo e Doença de Parkinson em mulheres na pré-menopausa

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    O parkinsonismo é um distúrbio do sistema nervoso de maior incidência masculina do que feminina, visto que, por mecanismos fisiológicos, o estrogênio possui efeitos neuroprotetores, com funções como aumento da dopamina, um neurotransmissor essencial para o controle das funções motoras. Além disso, previne a formação dos corpúsculos de Lewy e da agregação da α-sinucleína, responsáveis pela progressão da Doença de Parkinson. Por isso, a doença se apresenta diferentemente nas mulheres. A remoção cirúrgica de ambos os ovários em mulheres na pré-menopausa para a prevenção do câncer de ovário parece favorecer o surgimento da doença, tendo em vista a perda da produção do hormônio protetor. Assim, o objetivo do estudo é analisar a associação entre a ooforectomia bilateral precoce e o desenvolvimento de parkinsonismo e Doença de Parkinson em mulheres na pré-menopausa. Trata-se de uma revisão bibliográfica sistemática, do tipo quantitativa, que utilizou as plataformas do PubMed, SciELO e Cochrane Library como bases de dados para seleção dos artigos, todos na língua inglesa. Foram utilizadas literaturas publicadas com recorte temporal de 2017 a 2022. De acordo com as literaturas analisadas, a ooforectomia bilateral precoce em mulheres na pré-menopausa aumenta o risco do desenvolvimento de parkinsonismo. Desse modo, a diminuição dos procedimentos cirúrgicos profiláticos para câncer de ovário nas pacientes com risco médio de malignidade reduziria o risco dessa condição

    SOBREVIDA DE PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS EM TRATAMENTO ESPECIALIZADO NO CEDAP, SALVADOR, BAHIA, 2002-2022

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    Introdução: O tempo de sobrevida de pacientes após o diagnóstico de aids têm sofrido alterações, com aumento significativo da expectativa de vida. Existem poucos dados epidemiológicos e estudos de evolução clínica no estado da Bahia. Nosso objetivo foi avaliar os fatores associados à sobrevida das pessoas vivendo com HIV (PVHIV) em 20 anos de acompanhamento no centro de referência estadual, Salvador, Bahia. Método: Trata-se de um estudo de coorte ambispectiva, incluído PVHIV, maiores de 18 anos, matriculadas no CEDAP entre 2002-2020, Salvador (Bahia), randomizados após mapeamento dos motivos de matrícula no centro. Durante a consulta clínica de rotina, as PVHIV foram convidadas para participar da coorte com assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido no período de 2018 a 2022. Utilizou-se o cálculo amostral simples, com nível de confiança de 95% e erro amostral de 5%. Os dados foram analisados com o programa SPSS (versão 20.0), através de estatística descritiva e inferencial. Para análise de sobrevida foram utilizadas curva de Kaplan Meier e teste long-rank. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Sesab e foi realizado com apoio do CNPq. Resultados: A amostra randomizada foi composta por 155 PVHIV matriculados no período de 2002 a 2020. A média de idade foi 36,2 anos (±10,5), com predomínio do sexo masculino (60,0%), solteiros (44,4%), autodeclarados negros e pardos (91,1%) e residentes em Salvador (95,6%). O tempo médio de seguimento foi de 9,2 (±7,0) anos. Na ocasião da matrícula, 68,4% estavam sintomáticos, 34,2% tiveram diagnóstico de Aids e 13,5% diagnóstico de tuberculose (TB); a média da contagem de linfócitos T CD4 pré-TARVc foi de 220,6 cél/mm3 (±193,4) e 45,8% apresentaram CV superior a 100.000 cp/mL no momento pré-tratamento. Ao longo do seguimento, a incidência de TB foi de 21,9% (2,4 casos de TB/100 pessoas-ano. Os indivíduos avaliados usaram, em média, 4 esquemas ARV; 21,9% já falharam o tratamento (2,4 falhas/100 pessoas-ano) e 38,1% já abandonaram TARV (4,1 abandonos/100 pessoas-ano). A taxa de mortalidade foi de 25,8% (2,8 óbitos/100 pessoas-ano). A sobrevida foi menor em indivíduos com CV pré tarv > 100.000 cp/mL (p < 0,05) e história de abandono do tratamento (p <0,01). Conclusão: A ocorrência de abandono do tratamento e a CV basal alta foram associados à mortalidade. Os resultados refletem a crescente preocupação com a má adesão ao tratamento e suas consequências no cuidado integral às PVHIV
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