Morfofisiologia e componentes de produção de mini-melancia sob níveis de reposição hídrica e adubação nitrogenada

No semiárido do Nordeste do Brasil, a irregularidade de chuvas e elevada evapotranspiração proporcionam déficit hídrico nas plantas na maior parte dos meses do ano, destacando-se como fator limitante para produção de olerícolas. Assim, a identificação de estratégias capazes de amenizar os efeitos do déficit hídrico nas plantas é essencial para produção sob condições irrigadas. Nesse contexto, objetivou-se avaliar o efeito da adubação nitrogenada na morfofisiologia e nos componentes de produção de mini-melancia 'Sugar Baby'. O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental ‘Rolando Rivas Castellón’, São Domingos, Paraíba, sob condições de casa de vegetação, utilizando-se o delineamento de blocos casualizados em esquema fatorial 4 × 4, correspondendo a quatro níveis de reposição hídrica (50, 75, 100 - controle e 125% da evapotranspiração real da cultura - ETr) e quatro doses de nitrogênio - DN (50, 75, 100 e 125% da dose recomendada), com 3 repetições, totalizando 48 plantas. Foram avaliadas as variáveis de trocas gasosas, os teores de pigmentos fotossintéticos, o conteúdo relativo de água e o extravasamento de eletrólitos, o crescimento e a produção de fitomassa, os componentes de produção e a qualidade pós-colheita dos frutos de mini-melancia. A irrigação deficitária com 50% da evapotranspiração real inibiu as trocas gasosas, a síntese de pigmentos fotossintéticos, o crescimento, e a qualidade dos frutos da mini-melancieira ‘Sugar Baby’, independente da dose de nitrogênio. A lâmina de água com 125% da evapotranspiração real combinada à adubação de 100% da recomendação de nitrogênio proporcionou maiores teores de clorofilas totais, número de folhas e de fitomassa seca das raízes, caule, total, parte aérea e pH dos frutos de mini-melancieira ‘Sugar Baby’

Crescimento e caracterização físico-química de tomate cereja sob irrigação com águas salinas e adubação nitrogenada

Saline water is an alternative to the low availability of high-quality water in semi-arid regions. However, although these water sources negatively affect most crops, their use allied to management practices aiming to mitigate the effects of salts has been increasingly studied, including nitrogen fertilization. From this perspective, this study aimed to evaluate the growth and physicochemical characterization of cherry tomato plants irrigated with saline water and nitrogen fertilization. The experiment was conducted under field conditions at the Center of Sciences and Agrifood Technology of the Federal University of Campina Grande in Pombal – PB, using a randomized block design arranged as a 5 × 5 factorial referring to five electrical conductivity levels of irrigation water - ECw (0.3, 1.3, 2.3, 3.3, and 4.3 dS m-1) and five nitrogen doses - ND (50, 75, 100, 125, and 150% of the N recommendation), with three replications. The nitrogen doses did not mitigate the effects of salt stress on plant height and stem diameter of cherry tomato. However, irrigation with the electrical conductivity of 3.3 dS m-1 increased the soluble solids of cherry tomato fruits.O uso de águas salinas é uma alternativa em vista a baixa disponibilidade de águas de boa qualidade no semiárido. Essas águas ocasionam efeitos negativos para a maioria das culturas, mas o seu uso aliado a estratégias de manejo que mitiguem os efeitos dos sais vem sendo estudado, como a adubação nitrogenada. Objetivou-se avaliar o crescimento e a caracterização físico-química dos frutos de tomateiro cereja irrigado com águas salinas e adubação nitrogenada, no semiárido paraibano. O experimento foi conduzido em condições de campo no centro de ciências e tecnologia agroalimentar – UFCG, Pombal–PB, utilizando-se o delineamento de blocos ao acaso, em esquema fatorial 5 x 5, referentes a cinco níveis de condutividade elétrica da água de irrigação - CEa (0,3; 1,3; 2,3; 3,3 e 4,3 dS m-1) e cinco doses de nitrogênio - DN (50; 75; 100; 125 e 150% da recomendação), com 3 blocos e 1 planta por parcela, totalizando assim 75 unidades experimentais. As doses de nitrogênio não mitigam o estresse salino na altura de planta e diâmetro do caule de tomate cereja. A irrigação com água de condutividade elétrica até 3,3 dS m-1 eleva o teor de sólidos solúveis dos frutos de tomate cereja

ESTADO NUTRICIONAL DE CRYPTOSTEGIA MADAGASCARIENSIS SOB SOLOS SALINIZADOS E ESTRESSE HÍDRICO

Soil salinity is common, especially in cultivated areas, in semiarid regions in northeastern Brazil, what, combined with long periods of drought, are responsible for desertification in these areas, favoring the environmental degradation of the soil in the face of several adverse conditions of the saline environment, since, under certain circumstances, it becomes difficult and/or economically unfeasible to maintain a low level of salinity in the soil when the water is saline and we do not have an ecologically sustainable alternative. Despite this, some invasive plants such as C. madagascariensis, may be resistant to these adverse conditions. In this sense, the objective was to evaluate the nutritional status of C. madagascariensis under two types of soil, soil salinity and different water regimes, in semiarid region of northeastern Brazil. The experiment was conducted in randomized blocks (DBC), with a factorialscheme of 4 x 4 x 2, corresponding to four levels of soil salinity (0.3; 1.0; 2.0 and 4.0 dS/m), four moisture contents (20% of CC; 40% of CC; 70% of CC and 110% of CC) and two types of soils (Fluvic Neosol and Vertisol), with 4 replications, totaling 128 experimental samples, conducted in a greenhouse, in northeastern semiarid region. Soil salinity negatively influenced the environmental quality of soils, directly reflecting on the environment because, according to results, C. madagascariensis young plants were nutritionally unbalanced with the increase of salinity and soil moisture simultaneously in the two types of soil studied, causing nutritional imbalance caused by disturbances in absorption, but without harming the growth of species, therefore, soil salinity can be an indication of environmental degradation such as desertification, soil erosion, loss of part of the vegetation, among others.A salinidade do solo é comum, principalmente em áreas cultivadas, em regiões semiáridas no nordeste brasileiro que, aliado a longos períodos de estiagem, são responsáveis pela desertificação nessas áreas, favorecendo a degradação ambiental do solo frente às diversas condições adversas do ambiente salino, visto que, sob certas circunstâncias, torna-se difícil e/ou economicamente inviável manter baixo nível de salinidade no solo quando a água é salina e não temos uma alternativa sustentável ecologicamente. Apesar disso, algumas plantas invasoras como a C. madagascariensis, podem apresentar resistência à essas condições adversas. Nestesentido, objetivou-se avaliar o estado nutricional de C. madagascariensis sob dois tipos de solos, salinidade do solo e diferentes regimes hídricos, no semiárido nordestino. O experimento foi conduzido em blocos casualizados (DBC), comesquema fatorial de 4 x 4 x 2, correspondente à quatro níveis de salinidade do solo (0,3; 1,0; 2,0 e 4,0 dS m-1), quatro teores de umidade (20% da CC; 40% da CC; 70% da CC e 110% da CC) e dois tipos de solos (Neossolo Flúvico e Vertissolo), com 4 repetições, totalizando 128 amostras experimentais, conduzido em casa de vegetação, no semiárido nordestino. A salinidade do solo influenciou de forma negativa a qualidade ambiental dos solos, refletindo diretamente no meio ambiental pois, conforme resultados, as plantas jovens de C. madagascariensis ficam desequilibradas nutricionalmente com o aumento da salinidade e umidade simultaneamente nos dois tipos de solos estudados, ocasionando desequilíbrio nutricional causado pelos distúrbios na absorção, mas sem prejudicar o crescimento da espécie, sendo assim, a salinidade do solo pode ser um indicativo de degradação ambiental como desertificação, erosão do solo, perda de parte da vegetação entre outros

Núcleos de Ensino da Unesp: artigos 2007

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq

Núcleos de Ensino da Unesp: artigos 2008

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq