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    A retextualização como prática nas terapias fonoaudiológicas com sujeitos surdos

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    Para que sujeitos surdos estabeleçam relações entre a língua brasileira de sinais e a língua portuguesa, o uso de recursos de retextualização pode ser uma ferramenta capaz de levar tais sujeitos a produzirem gêneros textuais escritos de acordo com convenções ortográficas e gramaticais do português. Nesta perspectiva, o objetivo deste trabalho é discutir o processo de retextualização usado como prática nas terapias fonoaudiológicas em grupo como um meio desses sujeitos se apropriarem da língua portuguesa em sua modalidade escrita. Participaram da pesquisa 8 surdos que fazem uso de Libras e da língua portuguesa em sua modalidade escrita. Inicialmente, os sujeitos produziam textos em língua de sinais que, depois de comentados e discutidos, em sessões em grupo, contando com a presença de uma fonoaudióloga, além de outros profissionais, eram retextualizados por meio da escrita. Após a retextualização, os sujeitos surdos foram convocados a reler o texto e, caso julgassem necessário, a modificá-lo. Na sequência, eles reliam os textos em conjunto com os profissionais e o retextualizavam em uma versão final escrita. Nos textos analisados, as operações de reestruturações sintáticas, de reconstruções textuais em função da norma da língua, bem como as de tratamento estilístico com seleção de novas estruturas sintáticas e opções lexicais foram as mais usadas nos processos de retextualização. A partir dos processos de retextualização, os surdos passaram a refletir sobre a escrita e sua função social, assumindo essa modalidade da linguagem com mais disposição e autoconfiança

    Ataxia espinocerebelar tipo 6: relato de caso

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    O objetivo deste estudo foi verificar as alterações vestibulococleares observadas em um caso de ataxia espinocerebelar tipo 6. O caso foi encaminhado do Hospital de Clínicas para o Laboratório de Otoneurologia de uma Instituição de Ensino e foi submetido aos seguintes procedimentos: anamnese, inspeção otológica, avaliações audiológica e vestibular. O caso retrata uma paciente com diagnóstico genético de ataxia espinocerebelar tipo 6, do sexo feminino, com 57 anos de idade, que referiu desequilíbrio à marcha com tendência a queda para a esquerda, disartria e disfonia. Na avaliação audiológica apresentou configuração audiométrica descendente a partir da frequência de 4kHz e curva timpanométrica do tipo "A" com presença dos reflexos estapedianos bilateralmente. No exame vestibular observou-se na pesquisa da vertigem posicional presença de nistagmo vertical inferior e oblíquo, espontâneo e semiespontâneo múltiplo com características centrais (ausência de latência, paroxismo, fatigabilidade e vertigem), nistagmooptocinético abolido e hiporreflexia à prova calórica. Constataram-se alterações labirínticas que indicaram afecção do sistema vestibular central evidenciando-se a importância dessa avaliação. A existência da possível relação entre os achados com os sintomas vestibulares apresentados pela paciente apontou a relevância do exame labiríntico neste tipo de ataxia uma vez que a presença do nistagmo vertical inferior demonstrou ser frequente neste tipo de patologia
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