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    Doença hepática gordurosa não alcoólica: sua relação com Diabetes Mellitus

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    Introdução: A doença hepática alcoólica não gordurosa tem uma forte relação com a síndrome metabólica e por consequência com a resistência insulínica que desencadeia o aparecimento do diabetes mellitus tipo 2.O objetivo deste estudo foi  comprovar a relação entre esteatose hepática não alcoólica e a diabetes mellitus tipo 2. MÉTODOS: Estudo clínico, transversal, descritivo, tipo survey, com abordagem analítica quantitativa. Os dados foram coletados em um centro de referência de ultrassonografia e foram incluídos na pesquisa adultos de ambos os  sexos de 18 a 85 anos.  Resultados: Foram avaliados no total 89 pacientes dos quais  31 (34,8%) tinham grau 0, 22 (24,7%) tinham grau 1, 31 (34,8%) grau 2 e apenas 5 (5,6%) grau 3 de infiltração gordurosa. Em relação a Diabetes Mellitus tipo 2, 21 (23,6%) eram diabéticos e 68 (76,4%) não diabéticos.  o diabetes mellitus esteve presente em 100%  dos pacientes portadores de esteatose hepática em graus mais avançados. Conclusão: O presente estudo comprovou uma associação estatisticamente significativa entre esteatose hepática não alcoólica e diabetes mellitus tipo 2

    ERUPÇÃO VARICELIFORME DE KAPOSY EM UM PACIENTE COM DERMATITE ATÓPICA

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    Introdução: A Erupção Variceliforme de Kaposy, denominada também como Eczema Herpético, é uma infecção que ocorre em pacientes com doenças dermatológicas prévias como Dermatite Atópica, Pênfigo Foliáceo, Doença de Darier, entre outras. O principal agente etiológico envolvido é o vírus Herpes Simplex tipo 1, mas o Herpes Vírus tipo 2 e o Coxsakie também podem causar essa manifestação. Descrição do caso: Paciente, sexo masculino, 45 anos, com dermatite atópica desde 5 anos de idade, foi internado por eritrodermia esfoliativa, após 4 dias evoluiu com vesículas umbilicadas com base eritematosa, pruriginosas, com ardor, evoluindo com lesões com secreção amarelada e crostas, além de pústulas em região cervical, negou febre, perda ponderal e uso de medicações, sendo sugestivas de infecção pelo Herpesvírus. Foi realizado exame citológico o qual foi identificado esfregaço hipercelular, com presença abundante de queratinócito arredondado, pleomórficos, alguns agigantados, com único ou múltiplos núcleos e alta razão núcleo/citoplasma, consistente com infecção com o vírus da Herpes, além de células acantolíticas. Foi instituído o tratamento com Aciclovir endovenoso e antibioticoterapia tópica e sistêmica, após 19 dias de internação houve melhora clínica, sendo prescrito ciclosporina para o controle da Dermatite Atópica. Comentários: As lesões pápulo - umbilicadas, sobre base eritematosa, com evolução aguda, apresentando bordas bem delimitadas cobertas de secreção amarelada que evoluem para dessecamento e formação de crostas em pacientes com histórico de Dermatite Atópica são sugestivas de Eczema Herpético. A quebra da barreira cutânea aumenta o risco da infecção do vírus e sua ligação nos receptores da proteína desmossomal, favorecendo a disseminação viral, pois a Dermatite Atópica tem uma resposta celular Th2 com produção de IL - 4 que induz a produção de IgE, inibindo o IFN - y na pele, facilitando a colonização viral. O diagnóstico é clínico, guiado pela história e características das lesões elementares, no entanto pode ser confirmado através do PCR do conteúdo das vesículas e citologia. Dessa forma, o tratamento realizado é com o Aciclovir Endovenoso na dose de 5 - 10 mg/kg, por inibir a replicação do DNA viral e antibioticoterapia nos casos de impetiginização das lesões

    ERITEMA INDURADO DE BAZIN EM UMA MULHER PORTADORA DE HIV

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    Introdução: O Eritema Indurado de Bazin é uma das manifestações cutâneas que podem ocorrer na Tuberculose Extrapulmonar (TBEP). As lesões se caracterizam por nódulos eritemato - violáceos, dolorosos, isolados ou coalescentes formando uma placa nodular que evolui para úlcera com drenagem de material necrótico ou necropuruleto em membros inferiores, mas membros superiores, face, região glúteas podem também ser acometidas. Essa manifestação de TBEP é mais frequente no sexo feminino, associada a imunossupressão. Descrição do caso: Paciente, sexo feminino, 50 anos, HIV +, com história de nódulo subcutâneo em membro inferior direito há 5 meses que evoluiu com drenagem de secreção serossanguinolenta. Fez uso de cefalexina, penicilina e sulfadiazina de prata sem regressão da lesão. Ao exame físico apresentava nódulo eritemato - violáceo, doloroso, com drenagem de secreção sero - hemática. Foram solicitados exames laboratoriais admissionais que evidenciaram PCR 7,5, VHS 40, leucócitos 7100, FAN, fator reumatóide, ANCA, VDRL e sorologias virais não reagentes. Além disso, PPD positivo (25 mm), histopatológico que evidenciou paniculite granulomatosa lobular, composta de linfócitos, histiócitos epitelióides e neutrófilos, acompanhado de células de Langhans, e PCR positivo para Mycobacterium tuberculosis, favorecendo o diagnóstico de Eritema Indurado de Bazin. Dessa forma, foi iniciado Prednisona 40 mg/dia por conta da paniculite, com melhora das lesões e da dor, recebendo alta hospitalar e prescrito o esquema Rifampicia, Isoniazida, Pirazinamida e Etambutol para o tratamento ambulatorial da tuberculose. Comentários: O Eritema Indurado de Bazin, é uma manifestação da Tuberculose Extrapulmonar de difícil suspeição. Nesse sentido, deve ser lembrada em lesões eritemato - violáceas em face posterior dos membros inferiores em pacientes imunossuprimidos. Seguindo essa lógica, a úlcera possui bordas nítidas, elevadas, fundo hemorrágico, crosta e base infiltrada, evolui com regressão da ulceração com cicatriz e chance de recidiva. O diagnóstico é firmado com base no quadro clínico e exames complementares: PPD, histopatológico e PCR para DNA da M. tuberculosis, fazendo diagnóstico diferencial com Sarcoidose, Poliarterite Nodosa e Síndrome de Sweet. O tratamento é baseado na poliquimioterapia para Tuberculose

    PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR) EM UM RECÉM - NASCIDO APÓS APLICAÇÃO DE PENICILINA CRISTALINA PARA TRATAMENTO DE SÍFILIS CONGÊNITA PRECOCE

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    Introdução: A Sífilis Congênita (SC) é uma doença infecciosa decorrente da transmissão vertical do Treponema pallidum, ocorrendo, sobretudo, por via transplacentária, em qualquer fase da doença e estágio da gestação. Descrição do caso: Recém-nascido (RN), sexo masculino, 39 semanas e 9 dias, parto normal, pesando 3,142 kg, APGAR 7/8 ao nascimento. A mãe apresentou VDRL positivo 1:8 no segundo trimestre de gestação, realizou tratamento inadequado devido a dose incorreta e o parceiro não foi tratado. O RN apresentou VDRL 1:16, líquor não reagente e raio X de ossos longos com alterações metafisárias sugestivas de SC. O tratamento prescrito foi Penicilina Cristalina por 10 dias. No primeiro dia da aplicação da Penicilina, a criança apresentou Parada Cardiorrespiratória (PCR), sendo transferida para um hospital terciário com diagnóstico de reação anafilática à droga e após a intercorrência apresentou convulsão cessada com Fenobarbital 4%. Nessa unidade, foi realizada aplicação da Penicilina Cristalina, com diluição adequada, sem intercorrências. O RN evoluiu com atraso de desenvolvimento neuropsicomotor, crescimento adequado para peso, comprimento e IMC. Comentários: Gestantes que durante o pré-natal tiveram sorologia positiva para sífilis, deve - se avaliar se o tratamento foi feito com 06 doses de Penicilina, sendo 2 doses de intervalo semanal, antecedendo 30 dias do parto. Nesse sentido, os RN, de puérperas inadequadamente tratadas, com sinais clínicos ou laboratoriais, que reportem à Sífilis, devem ser tratados com Penicilina Cristalina. A frequência de reação anafilática à Penicilina é em torno de 0,04% a 0,2%, com taxa de letalidade de 0,001%. Tratando-se da Penicilina Benzatina a chance de ocorrer eventos anafiláticos é baixa, ocorre de 0 - 3 por 100.000 injeções intramusculares. Nesse contexto, é uma droga segura e bem tolerada nos RN, os efeitos adversos potenciais são reações locais e a possibilidade da reação de Jarisch-Herxheimer, produto da liberação de toxinas da lise do T. pallidum, em gestantes ocorrendo febre de 2 a 12 horas depois da aplicação, tendo risco de prematuridade e abortamento. É raro ocorrer, no bebê, colapso cardiovascular, convulsões e morte. Assim, conclui - se que não houve choque anafilático pela Penicilina Cristalina, pois houve término do tratamento no hospital terciário sem intercorrências, junto a isso, a literatura afirma que é um medicamento com quantidade de reações alérgicas igual a qualquer outra droga

    IMPACTO DO PROJETO “SAÚDE EM NOSSAS MÃOS” NA OCORRÊNCIA DE PNEUMONIAS ASSOCIADAS À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UMA UMA UTI DO ESTADO DE SERGIPE

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    Introdução: A Pneumonia Associada à Ventilação mecânica (PAV) é uma causa significativa de morbimortalidade em pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) submetidos à Ventilação Mecânica (MV). A condição tem uma elevada densidade de incidência sendo no Brasil de 13 e de 23,55 no estado de Sergipe. Nesse âmbito, o Ministério da Saúde implementou em 2018 o projeto “Saúde em Nossas Mãos”, visando reduzir em 30% o número de infecções relacionadas à assistência à saúde (IrAS) em um período de 24 meses. O projeto é constituído por educação permanente através das sessões de aprendizagem virtual, sessões de imersão virtual e sessões de aprendizagem presencial, realizadas em conjunto com a Comissão de Controle de Infecção (CCIH) e equipe assistencial da UTI. O estudo objetivou avaliar os efeitos da instituição do projeto “Saúde em Nossas Mãos” sobre a incidência de PAV na UTI adulto de um hospital de grande porte do estado de Sergipe. Métodos: Foi realizado um estudo analítico e longitudinal acerca dos dados obtidos a partir da implementação do projeto “Saúde em Nossas Mãos” na UTI adulto de um hospital filantrópico de grande porte, no período de maio de 2022 a maio de 2023. Foi utilizado um instrumento de coleta estruturado aplicado semanalmente pelos pesquisadores, observando dados acerca da inserção e manutenção da ventilação mecânica invasiva, bem como a ocorrência de PAV. Resultados: No período observado, foram acompanhados 1.186 pacientes em uso de VM, com uma média de 91,2 pacientes em VM/mês. O total de PAV notificadas no período de 13 meses foi de 13 casos, sendo a densidade de incidência de 10,96 PAV/1000 VM-dia. Nos 3 primeiros meses de implementação do projeto, foram observados os maiores números de infecção, com a incidência variando de 1,82% a 2,66%. Ao longo dos meses, foi observada uma redução gradual no número de PAV, com a densidade de incidência dos primeiros 6 meses de 7,42 PAV/1000 VM-dia e dos últimos 6 meses de 6,6 PAV/1000 VM-dia, uma redução de 36,97%. Conclusão: A implementação sistematizada e metódica do projeto “Saúde em Nossas Mãos” esteve associada à redução na ocorrência de PAV na população observada

    IMPACTO DO PROJETO SAÚDE EM NOSSAS MÃOS NA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO ASSOCIADA A CATETER VENOSO CENTRAL NO ESTADO DE SERGIPE

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    Introdução: As infecções relacionadas ao acesso venoso central (IPCS) implicam, rotineiramente, em desfechos desfavoráveis, muitas vezes fatais, aos pacientes hospitalizados. No Brasil, em 2021, a densidade de incidência de IPCS foi de 5,2. No estado de Sergipe, nos 14 serviços que notificaram casos da infecção, foi observada uma densidade de 3,2. Apesar da gravidade relacionada à infecção, medidas simples, como a higiene das mãos, são frequentemente eficazes na sua prevenção. Diante desse cenário, o projeto Saúde em Nossas Mãos visa o estabelecimento de boas práticas para evitar as Infecções relacionadas à Assistência à Saúde (IrAS) em unidades de terapia intensiva. O presente estudo avaliou a eficácia desse projeto na prevenção de IPCS em um hospital de grande porte no estado de Sergipe. Metodologia: Foi realizado um estudo analítico e longitudinal acerca dos dados obtidos a partir da implementação do projeto Saúde em Nossas Mãos na UTI adulto de um hospital filantrópico de grande porte estado de Sergipe, no período de maio de 2022 a maio de 2023. Foi utilizado um instrumento de coleta estruturado aplicado semanalmente pelos pesquisadores. Foi realizado um estudo analítico e longitudinal acerca dos dados obtidos a partir da implementação do projeto “Saúde em Nossas Mãos” na UTI adulto de um hospital filantrópico de grande porte, no período de maio de 2022 a maio de 2023. Foi utilizado um instrumento de coleta estruturado aplicado semanalmente pelos pesquisadores, observando dados acerca da inserção e manutenção de acesso venoso central, bem como a ocorrência de IPCS. Resultado: No período observado, foram acompanhados 1797 pacientes em uso de Acessos Venosos Centrais (AVC), com uma média de 138,2 pacientes AVC/mês. O total de IPCS notificadas no período de 13 meses foi de 4 casos, sendo a densidade de incidência de 2,2 IPCS/1000 CVC-dia. Nos 3 primeiros meses de implementação do projeto, foram observados os maiores números de infecção, com a incidência variando de 0,42% a 0,48%. Ao longo dos meses, foi observada uma redução gradual no número de IPCS, com a densidade de incidência dos primeiros 6 meses de 2,76 IPCS/1000 AVC-dia e dos últimos 6 meses de 0 IPCS/1000 AVC-dia, uma redução de 97%. Conclusão: O estudo evidenciou que as medidas implementadas pelo projeto Saúde em Nossas Mãos foram capazes de reduzir a incidência de IPCS, reiterando a importância do projeto como medida complementar no controle de IrAS, notadamente das IPCS
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