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    Lesões autoprovocadas e suicídio em adolescentes na cidade de Salvador, Bahia entre os anos de 2009 e 2023: um estudo ecológico

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    Introdução: Os índices de suicídio e lesões autoprovocadas tem crescido exponencialmente no Brasil e no mundo, tornando-se uma importante questão de saúde pública. Nesse cenário, chama atenção o aumento do número de notificações entre os jovens, sendo a parcela da população brasileira que tem apresentado a maior curva de crescimento. Diante do caráter multifacetado inerente à ideação autolesiva, destacam-se, entre os adolescentes, fatores como impulsividade, isolamento social, insatisfação com imagem corporal, desentendimentos com colegas, bullying, influência das mídias digitais, ruptura de relacionamentos afetivos e mau desempenho escolar, elementos característicos dessa faixa etária. Assim, a realização do estudo acerca do perfil epidemiológico das notificações envolvendo situações de autolesão e suicídio é de fundamental importância, tornando possível a identificação e intervenção tempestiva nos adolescentes em situação de risco. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico e o comportamento do número total de notificações por lesão autoprovocada e suicídio entre adolescentes na faixa etária de 10 a 19 anos, na cidade de Salvador, Bahia, nos anos de 2009 a 2023.  Métodos: Estudo ecológico de série temporal realizado a partir de dados epidemiológicos obtidos das notificações disponibilizadas no Sistema de Informação da Saúde (SIS) e Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e pela Subcoordenadoria de Informação em Saúde (SUIS) da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Salvador, Bahia. Os dados foram coletados em 2023, porém retratam as notificações referentes ao período entre 2009 a 2023. Resultados: Nesse período, foi verificada uma tendência de crescimento do número de lesões autoprovocadas e suicídios na população jovem de Salvador, Bahia, demonstrando a vulnerabilidade do adolescente às questões biopsicossociais que contribuem para os desfechos analisados. Conclusão: A progressão do número de casos, a etiologia multifatorial e a existência de sinais de alerta que costumam preceder a consumação da intenção autololesiva tornam imperiosa a necessidade de fortalecimento do sistema de notificação compulsória, atualmente subnotificado, bem como reforçam a importância da atuação interdisciplinar e preventiva entre os jovens, sobretudo aqueles com fatores de risco associados
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