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    Avaliação do sistema MALDI-TOF MS como ferramenta de triagem para a identificação e diferenciação do complexo Burkholderia cepacia

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    As bactérias do Complexo Burkholderia cepacia (Bcc) estão comumente associadas à infecção no trato respiratório em pacientes com Fibrose Cística (CF). O tratamento das infecções por Bcc nesses pacientes é complexo e a infecção, em alguns casos, está relacionada a um mau prognóstico. De fato, a espécie Burkholderia cenocepacia, membro do Bcc, é frequentemente associada à pneumonia necrotizante. Portanto, a identificação precoce da B. cenocepacia pode favorecer o prognóstico dos pacientes com CF. No entanto, a identificação e diferenciação de membros do Bcc por métodos fenotípicos é difícil. Sendo assim, métodos moleculares são considerados o padrão ouro para a diferenciação dos membros, mas requerem um laboratório especializado e mão de obra qualificada. O uso da espectrometria de massa para a identificação de microrganismos como o sistema MALDI-TOF MS tem apresentado ótima acurácia para identificação das principais espécies bacterianas de importância clínica, embora a diferenciação de espécies de um mesmo complexo, como o Bcc, nem sempre seja possível. Tendo em vista a necessidade de agilidade diagnóstica, o objetivo deste estudo foi avaliar o desempenho do sistema MALDI-TOF MS como método de identificação da Burkholderia cenocepacia e a diferenciar de outras espécies do Bcc. Um total de 53 colônias sugestivas de Bcc foram analisadas pelo sistema MALDI-TOF usando dois protocolos de extração de proteínas: (A) Método direto: as colônias foram transferidas para uma placa de MALDI-TOF e fixadas com 1μL de ácido fórmico 70%; (B) Extração em tubo: as colônias foram transferidas para um microtubo e adicionadas 900 μL de etanol à 100%; após centrifugação o etanol foi removido e o pellet foi misturado com 25 μL de ácido fórmico 70% e 25 μL de acetonitrila 70%. Um volume de 1 μL da mistura foi transferido para a placa alvo do MALDI-TOF. Após a fixação das colônias na placa, em ambos os métodos, foi adicionado 1uL de ácido α-ciano-4-hidroxicinâmico e após submetidas à identificação no equipamento Microflex MALDI-TOF (Bruker ®). Paralelamente, todos os isolados foram submetidos ao diagnóstico molecular (PCR com primers específicos) para identificação de espécies pertencentes ao Bcc e diferenciação de B. cenocepacia no genomovar IIIA ou IIIB. O MALDITOF foi capaz de identificar 100% (53/53) em nível de gênero e 94,34% (51/53) em nível de espécie, usando ambos os métodos de extração de proteína (A) e (B), de acordo com a PCR. Embora ambas as extrações tenham apresentado resultados confiáveis, o método (A) é mais rápido e requer menos reagentes. O sistema MALDI-TOF foi capaz de identificar corretamente 38 dos 40 isolados identificados como B. cenocepacia pela técnica de PCR. O sistema MALDI-TOF (Bruker®), devido a sua praticidade e custo baixo, pode ser usado como metodologia para diferenciar as espécies de Bcc.Bacteria of the Burkholderia cepacia Complex (Bcc) are commonly associated with respiratory tract infection in patients with cystic fibrosis (CF). In fact, Burkholderia cenocepacia, a member of the Bcc, is commonly associated with necrotizing pneumonia in some CF patients. Therefore, an early identification of B. cenocepacia would favor the prognosis among CF patients. However, the identification of Bcc species is difficult to be achieved using phenotypic methods. Molecular methods are considered the gold standard for those differentiation, but those assays require a skilled labor, time to prepare and high costs. The use of mass spectrometry, such as MALDI-TOF MS system, for identification of microorganisms has been presented a very good accuracy. Although, the differentiation of species within the same complex, such as Bcc, may not always be achieved by MALDI-TOF. Due to the need for rapid diagnosis of Bcc species, the objective of this study was to evaluate the performance of MALDI-TOF MS system for identification of Burkholderia cenocepacia and differentiates from other Bcc species. A total of 53 colonies suggestive of Bcc were submitted to MALDI-TOF (Bruker®) system for identification and two protocols of protein extraction were compared (A) Direct Method and (B) Tube Extraction. In parallel, all isolates were subjected to molecular diagnosis (PCR with primers for recA gene) to identify species belonging to Bcc and to differentiate B. cenocepacia in genomovar IIIA or IIIB. MALDI-TOF was able to discriminate 100% (53/53) of the isolates to the gender level and 94.34% (50/53) to the species using either method, according to the PCR. Although both extractions presented reliable results, method (A) is faster and requires fewer reagents. Moreover, the MALDI-TOF system was able to identify 38 out of the 40 isolates identified by the molecular technique as B. cenocepacia. Due to the fact that MALDI-TOF (Bruker®) is a feasible technique and presents a low cost of reagents, it can be used for reliable identification of species of the Bcc complex

    Glycated albumin as a diagnostic tool in diabetes : an alternative or an additional test?

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    Introduction Studies have revealed that glycated albumin (GA) is a useful alternative to HbA1c under conditions wherein the latter does not reflect glycaemic status accurately. Until now, there are few studies with non-Asians subjects that report on the validity of GA test in diagnosis of type 2 diabetes mellitus (DM). Thus, the aim of this study was to assess the clinical utility of GA in diagnosis of DM. Materials and methods This diagnostic test accuracy study was performed in 242 Brazilian individuals referred for OGTT in a tertiary university hospital. ROC curves were used to access the performance of GA and HbA1c in the diagnosis of DM by oral glucose tolerance test (OGTT). Results OGTT, HbA1c and GA were performed in all 242 participants (40.5% male, age 54.4 ± 13.0 years [mean ± SD], body mass index 28.9 ± 6.3 kg/m2 ). DM by OGTT was detected in 31.8% of individuals. The equilibrium threshold value of GA �14.8% showed sensitivity of 64.9% and specificity of 65.5% for the diagnosis of DM. The AUC for GA [0.703 (95% CI 0.631–0.775)] was lower than for HbA1c [0.802 (95% CI 0.740–0.864)], p = 0.028. A GA value of 16.8% had similar accuracy for detecting DM as defined by HbA1c �6.5% (48 mmol/mol) with sensitivity of 31.2% and specificity of 93.3% for both tests. However, GA detects different subjects from those detected by HbA1c and OGTT. Conclusions GA detected different individuals with DM from those detected by HbA1c, though it showed overall diagnostic accuracy similar to HbA1c in the diagnosis of DM. Therefore, GA should be used as an additional test rather than an alternative to HbA1c or OGTT and its use as the sole DM diagnostic test should be interpreted with caution
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