Uma narrativa sobre “Explorando as Aprendizagens das Ciências Humanas e suas Tecnologias no ENEM”

O fundamento do CURSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA é a formação continuada de docentes da rede básica de ensino, considerando o debate qualificado das proposições curriculares da área de Ciências Humanas e suas Tecnologias (CHT) no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Trata-se de um curso ocupado com as análises da legislação específica e dos itens da prova, considerando todas as edições a partir da sua reformulação em 2009 (Portaria INEP No. 109/2009) até o edital vigente. O objetivo central desta proposta é permitir a reflexão sobre os conteúdos eleitos pelo exame, considerando seus aspectos epistemológicos, ideológicos e pedagógicos. O referencial teórico privilegiado aborda as temáticas do currículo, da avaliação e da história das disciplinas escolares, destacando principalmente a reflexão das questões contemporâneas da educação brasileira (GABRIEL, 2013, JANELA AFONSO, 2008; FREITAS, 2012). A formulação do curso contou com cinco reuniões em que se discutiu a metodologia operacional do exame em questão. Vale destacar que nesses encontros o grupo de licenciandos envolvidos no projeto desenvolviam e deliberavam coletivamente sobre os processos pedagógicos do evento. A execução do evento foi realizada no Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro - CAp-UFRJ, no dia 30 de maio de 2015. O curso, com duração de 8 horas, teve 51 inscritos, porém no dia contamos com 33 presentes de fato. Ainda atendeu à perspectiva em relação ao público-alvo, tendo a participação majoritária de professores da Educação Básica, das redes pública e privada do Rio de Janeiro e da região metropolitana. Na primeira parte do evento, que ocorreu na parte da manhã de 8 às 12 horas, houve a exposição teórica do histórico de criação e da atual legislação do ENEM. Na segunda parte,  houve o painel de discussão dos itens CHT, sendo precedido por grupos de trabalhos, mediados pelos licenciandos que estiveram envolvidos na etapa de organização do curso. Os resultados desse evento podem ser atestados pela avaliação que foi feita pelos licenciandos e preenchida pelos professores participantes do curso no dia do evento. Em linhas gerais, essa avaliação revelou a representação social em torno do ENEM (CHT), com o foco da seleção curricular e avaliativa do Ensino Médio. Logo, ficou claro o perfil do público-alvo e com isso, o atendimento satisfatório dos objetivos voltados para a formação continuada de professores, destacando a necessidade de sequência desta atividade

Os caminhos da educação ambiental nas escolas municipais rurais de Teresópolis

O município de Teresópolis, localizado na Região Serrana do estado do Rio de Janeiro, apresenta histórico recente de desastres naturais, que causaram graves danos materiais e à vida da população local, além de possuir potencial de ocorrência de novos eventos catastróficos. O município possui noventa e quatro escolas municipais, sendo trinta e três rurais e sessenta e uma urbanas, abrangendo comunidades e realidades muito distintas. Buscando realizar um diagnóstico da Educação Ambiental nas escolas municipais, foi estruturado um questionário a fim de obter um panorama das condições de infraestrutura das escolas e de como tem sido desenvolvida a educação ambiental nos espaços escolares. Em Teresópolis, este questionário vem sendo aplicado primeiramente nas escolas municipais rurais, de modo a permitir obter informações sobre a situação em áreas que foram fortemente afetadas pelos recentes eventos catastróficos de janeiro de 2011.  A análise dos dados obtidos vem permitindo identificar elementos importantes, ligados aos principais objetivos dos projetos de EA, às mudanças ocorridas nas escolas, aos modos de interação e participação da comunidade, aos fatores de inserção da EA nas escolas, aos temas prioritários, aos participantes e às dificuldades para o seu desenvolvimento. Os resultados preliminares apontam que a rotatividade de professores, a falta de investimentos por parte das escolas (tanto na qualificação de professores quanto na disponibilidade de ferramentas e recursos) e a falta da participação de instituições que possam interferir e incentivar os projetos muito contribuem para o insucesso da educação ambiental nas escolas. Verifica-se o predomínio de situações de fraca relação com a comunidade, e assim, pouco impacto externo das ações, o que pode dificultar a sua valorização e continuidade. Estes dados levantam algumas questões para desdobramento das investigações, tais como: Qual a influência das condições de infraestrutura física das escolas no (in)sucesso da educação ambiental? Quais fatores interferem na motivação do professor e do aluno e na interação com as comunidades? Para respondê-las, vem sendo efetuada uma avaliação do questionário aplicado, em termos de conteúdo, estrutura e formato, buscando-se outros instrumentos complementares de pesquisa. Espera-se que os resultados indiquem onde e como a educação ambiental vem sendo desenvolvida com sucesso no meio rural, para que essas condições possam ser incentivadas, estimulando a diversidade de projetos nas escolas públicas, bem como sua interação com as comunidades