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    Crioplastia para tratamento da doença arterial fêmoro-poplítea

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    CONTEXTO: O tratamento endovascular da doença arterial obstrutiva periférica apresenta baixa morbidade e mortalidade, no entanto, a perviedade dos stents a médio e longo prazo ainda é controversa. A crioplastia foi desenvolvida para reduzir os grandes desafios da angioplastia: dissecção, retração e reestenose. OBJETIVO: Avaliar os resultados clínicos e a perviedade a médio prazo em pacientes submetidos à técnica de crioplastia da doença arterial do território femoro-poplíteo. MÉTODOS: Pacientes com indicação de revascularização de membro inferior por técnica endovascular do território femoro-poplíteo, segundo as classificações clínicas de Fontaine e Rutherford e classificações anatômicas do TASC II, foram submetidos à crioplastia com cateter balão PolarCath®. No seguimento, foram avaliadas as manifestações clínicas e perviedade anatômica pelo duplex scan. RESULTADOS: Dez pacientes foram submetidos à angioplastia do território femoro-poplíteo utilizando a técnica de crioplastia. Nove pacientes apresentavam quadro clínico de claudicação limitante do membro inferior e um paciente apresentava úlcera isquêmica, três pacientes apresentavam lesão classe B pelo TASC II e sete pacientes, classe A. Sucesso técnico angiográfico inicial foi obtido em todos os casos, sendo que um caso necessitou do implante de stent devido à dissecção. Seguimento foi realizado em 9 pacientes, por período médio de 31,6 meses (28-35), com perviedade primária de 77,7% e perviedade secundária de 100%. Todos os pacientes apresentam-se assintomáticos no final do seguimento (Fontaine I). CONCLUSÕES: A crioplastia do território femoro-poplíteo é um método seguro, de baixa morbidade, com resultados a curto e médio prazo comparáveis à angioplastia convencional e com potencial de reduzir as taxas de dissecção e retração durante o procedimento, e redução do grau de reestenose a médio e longo prazo

    Tratamento cirúrgico da ascite quilosa

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    A ascite quilosa é uma complicação rara após procedimentos cirúrgicos e trauma abdominal, apresentando elevada morbidade e difícil manejo. Nos casos refratários ao tratamento clínico habitual, o tratamento cirúrgico se impõe, apesar da baixa taxa de sucesso. Dois casos são apresentados: o primeiro paciente foi vítima de trauma abdominal contuso e o segundo foi submetido a hernioplastia hiatal a Nissen videolaparoscópica, ambos evoluindo com ascite quilosa que necessitou de tratamento cirúrgico através da ligadura do ducto torácico, junto aos pilares diafragmáticos. Os pacientes evoluíram com melhora clínica e ausência de ascite após 24 meses de seguimento

    Síndrome de Lemierre: relato de caso Lemierre syndrome: case report

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    A síndrome de Lemierre é uma doença rara, mais comum em jovens, causada frequentemente pelo Fusobacterium necrophorum. Inicia-se com faringite e propaga-se até a veia jugular interna, promovendo uma fonte de bacteremia contínua e êmbolos sépticos pulmonares. Manifestações clínicas incluem febre, alterações respiratórias e massa cervical. O diagnóstico é realizado por tomografia computadorizada e duplex scan, além de hemocultura ou cultura direta. O tratamento é realizado com antibióticos beta-lactâmicos resistentes a beta-lactamases, sendo a cirurgia raramente necessária. Paciente do sexo feminino, 34 anos, com quadro de orofaringite, evoluiu em 48 horas com queda do estado geral, febre, aumento de volume e dor em região cervical esquerda. Radiografia e tomografia de tórax evidenciaram múltiplas lesões pulmonares. A tomografia cervical e o duplex scan confirmaram a trombose da veia jugular interna, compatível com tromboflebite supurativa aguda, a síndrome de Lemierre. Após antibioticoterapia, o paciente apresentou melhora do quadro clínico. O duplex scan de controle evidenciou recanalização venosa.Lemierre syndrome is a rare disease. It often affects young adults and is most frequently caused by Fusobacterium necrophorum. The initial event is pharyngitis, which extends to the internal jugular vein, serving as source of continuous bacteremia and septic pulmonary emboli. Clinical manifestations include fever, respiratory distress, and swollen cervical lymph nodes. Diagnosis is established based on blood culture or direct blood culture and confirmed by computed tomography and/or duplex scan. Treatment consists of administration of beta-lactamase resistant beta-lactam antibiotics. Surgical exploration is rarely required. A 34-year-old woman with acute oropharyngeal infection presented 48 hours later with prostration, fever, and swollen and painful cervical lymph nodes on the left side of the neck. Chest radiography and tomography demonstrated multiple lung lesions. Computed tomography and duplex scan demonstrated thrombosis of the internal jugular vein, compatible with acute suppurative thrombophlebitis, also known as Lemierre syndrome. The patient received antibiotics and had clinical recovery. A control duplex scan demonstrated partial recanalization of the internal jugular vein

    Tratamento cirúrgico de pseudoaneurisma de artéria isquiática: relato de caso e revisão da literatura

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    A persistência da artéria isquiática é uma rara variação anatômica, com poucos casos descritos na literatura, manifestando-se por formação de aneurisma, massa pulsátil em glúteo, isquemia aguda ou crônica de membro inferior e compressão de nervo isquiático. O diagnóstico é confirmado com exames de imagem: mapeamento duplex, angiotomografia e angiorressonância magnética. O tratamento é indicado nos casos sintomáticos ou quando há formação de aneurisma, realizado através de ligadura ou embolização por via endovascular, sendo necessário a revascularização do membro nos casos em que a artéria isquiática é a principal responsável pelo suprimento sangüíneo do membro. Apresentamos o caso de uma paciente do sexo feminino, 43 anos, com pseudoaneurisma de artéria isquiática confirmada por mapeamento duplex e angiorressonância magnética, com quadro de neuropatia isquiática por compressão nervosa e dor local. A paciente foi submetida à exploração cirúrgica com ligadura da artéria isquiática e remoção dos trombos. No seguimento de 12 meses, apresentou importante melhora da dor e realizou fisioterapia motora para recuperação das funções neurológicas do membro
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