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    Práticas Avaliativas e Interventivas na Destituição do Poder Familiar: Revisão Integrativa da Literatura

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    Existem casos em que a permanência da criança ou adolescente em sua família de origem viola seus direitos, expondo-os a riscos físicos e psíquicos. Nesses contextos podem ser aplicadas medidas de proteção como o afastamento da família e, em último caso, a destituição do poder familiar. O objetivo deste artigo foi realizar uma revisão integrativa da literatura sobre estudos que descrevem e analisam práticas avaliativas e interventivas em casos de destituição do poder familiar. O levantamento de artigos foi realizado em seis bases de dados: Scielo, Lilacs, Pepsic, PsycINFO, Web of Science e Scopus. Foram incluídos para análise nove estudos de acordo com os critérios de elegibilidade. Constatou-se que os estudos foram desenvolvidos principalmente no Brasil e nos Estados Unidos (EUA). Os cinco estudos nacionais analisados, predominantemente qualitativos, destacam práticas interventivas genéricas, associadas a relatos de experiências profissionais. Os demais estudos, de natureza quantitativa, apresentam maior variedade de práticas avaliativas e interventivas, mas que não são extensíveis à rede de bem-estar infantil. Verificou-se que a escassez de estudos sobre a temática denota um campo aberto para investigações e, em uma concepção crítica, potencial tendência a naturalizar a suspensão dos direitos parentais, principalmente em casos que envolvem famílias pobres

    Os desdobramentos do feminino na maternidade: uma escuta psicanalítica de mulheres que tiveram seus filhos(as) acolhidos(as) institucionalmente

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    Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação: Mestrado Acadêmico em Psicologia - MAPSI, da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) como requisito final para a obtenção do título de Mestre em Psicologia. Orientadora: Profa. Dra. Melissa Andrea Vieira de Medeiros.A maternidade tem sido descrita na história da sociedade Ocidental, no discurso médico e por alguns psicanalistas como uma das respostas para o ser mulher. Ao considerar a produção desses saberes, este trabalho se propõe a realizar uma discussão acerca do feminino e da maternidade, tendo como referência as teorizações freudianas e lacanianas que versam sobre essas temáticas. A pesquisa foi elucidada por meio de recortes de atendimentos à mulheres em uma instituição pública, que tiveram seus filhos (as) acolhidos (as) institucionalmente. Nas sessões, estas mulheres abordam e retratam a maternidade como uma função social que possui inúmeras dificuldades para ser exercida, além de destacarem um modelo de repetição materno advindo de suas próprias mães. O método psicanalítico, desvelou-se como uma outra via de escuta dos relatos dessas mulheres, proporcionando a formulação de outros saberes, os quais não estavam restritos ao discurso jurídico e social sobre o ser mãe, mas originavam-se dos meandros do inconsciente, do desejo, e da vivência subjetiva do materno. Os resultados da pesquisa apontam os diferentes e possíveis caminhos trilhados por essas mulheres para lidar com a falta do significante específico para o seu sexo, que transitam entre a suplência pela via do desejo de um filho à negação da maternidade como uma via de acesso a feminilidade. A psicanálise contribui para discutir a célebre pergunta o que quer uma mulher? ao atribuir às mulheres a possibilidade de construir um nome para si a partir de suas singularidades
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