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    A MATRIZ AFRICANA DO ULTRARROMANTISMO DE MARIA FIRMINA DOS REIS

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    Recentemente, a crítica literária tem destacado a importância da obra de Maria Firmina dos Reis. Porém, diferentemente do que ocorre com sua narrativa, sua poesia ainda não recebeu a devida atenção, mesmo que, se a lermos com atenção, possamos observar que seus versos também problematizam os princípios fundadores da identidade e da literatura nacional no Brasil. Diante dessas questões, o presente estudo pretende demonstrar as marcas da identidade afro-brasileira nos poemas de Cantos à beira-mar, de 1871, demonstrando como os versos da poeta não apenas refletem sobre a diáspora africana como também problematizam a ideia construída acerca da chamada geração “mal do século” do Romantismo brasileiro. Para tanto, tendo por base as questões teóricas de Alfredo Bosi (2015), Afrânio Coutinho (2002), Antônio Candido (2009), Massaud Moisés (2012), Rita Schmidt (2017), Domício Proença Filho (2004), Maria Nazareth Soares Fonseca (2001), Eduardo de Assis Duarte (2011) e Lélia Gonzalez (2020), dentre outros, propomos uma leitura dos poemas Visão e O proscrito, verificando como, a partir de algumas imagens poéticas, a voz lírica de Maria Firmina dos Reis subverte a ideia de poesia ultrarromântica, apontando a identidade afro-brasileira como um dos motivadores da melancolia e angústia manifestadas em seus versos.DOI: https://doi.org/10.47295/mren.v10i6.372
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