2 research outputs found

    Relation between hypertension and cardiovascular events : implications for coronary prevention

    No full text
    Objective: To study the relation between hypertension and cardiovascular events – stroke, myocardial infarction (MI), heart failure (HF), and chronic renal failure (CRF) – and to define implications for cardiovascular disease prevention. Design: Cross-sectional study, in two stages, but with retrospective information about major cardiovascular events. Setting: Primary care health centers (Lisbon Regional Health Administration). Material and Methods: Participants: 3228 patients, 1100 male (439 aged up to 60 years and 661 aged 60 years) and 2128 females (860 aged up to 60 years and 1268 aged 60 years). The study covered stroke, myocardial infarction, heart failure, chronic renal failure with co-variables of age, gender, body mass index (BMI), blood pressure, heart rate, antihypertensives, diabetes, total cholesterol, dyslipidemic therapy, and smoking. The group without hypertension (normotensives) and hypertensives - treated with antihypertensives and/or with systolic/diastolic blood pressure 140/90 mmHg (n=2169) - were compared, using logistic regression, to identify nonfatal cardiovascular complications associated with hypertension. Forward conditional logistic regression was used to test the multivariate models. The level of significance was takento be 5 %. The statistical packages Stata and SPSS were used. Results: The analysis included 2839 cases (389 missing). The absolute frequencies of categorical variables were: smoking (n=343); stroke (n=150); myocardial infarction (n=90); heart failure (n=174); renal failure (n=34); hypercholesterolemia (n=864); diabetes (n=375); male gender (n=976) and female gender (n=1863). The regression equation included the following factors: age (p<0.001; OR=1.068 and 95 % CI 1061-1.075); body weight (p=0.001; OR=1.020 and 95 % CI 1.008-1.032); stroke (p=0.007; OR=2.523 and 95 % CI 1.286-4.951); HF (p=0.013; OR=2.449 and 95 % CI 1.205-4.979); diabetes (p<0.001; OR=1.894 and 95 % CI 1.328-2.701); hypercholesterolemia (p<0.001; OR=1.693 and 95 % CI 1.350- 2.123); and BMI (p<0.001; OR=1.006 and 95 % CI 1.003-1.010). Conclusions: Nonfatal stroke was associated with hypertension, as was heart failure, but neither nonfatal myocardial infarction nor chronic renal failure were. Control of hypertension is therefore expected to be more efficacious in reducing cerebrovascular events than those caused by coronary heart disease.Objectivo: Estudar a relação entre hipertensão arterial e as complicações cardiovasculares tais como acidente vascular cerebral (AVC), enfarte do miocárdio (EM), insuficiência cardíaca (IC) e insuficiência renal (IRC) e definir algumas implicações na prevenção cardiovascular. Desenho do Estudo: Transversal, em duas fases, com componente retrospectivo sobre eventos cardiovasculares major. Atendimento: Centros de Saúde (ARS de Lisboa) – Cuidados de saúde primários. Material e Métodos: Participantes 3228 indivíduos, 1100 do sexo masculino (439 com <60 anos e 661 com 60 anos) e 2128 do sexo feminino (860 com <60 anos e 1268 com idade 60 anos). As variáveis estudadas foram AVC, EM, IC e IRC e as co-variáveis foram a idade, sexo, índice de massa corporal (IMC), pressão arterial (PA), frequência cardíaca, medicação antihipertensiva, diabetes, colesterol, terapêutica hipolipemiante, tabagismo. Comparou-se o grupo dos normotensos (n=1059) com o grupo dos hipertensos: medicados com anti- -hipertensores e/ou com PA 140/90 mmHg (n=2169). Usou-se a regressão logística para averiguar as complicações cardiovasculares não fatais que se associaram à hipertensão. Para o ensaio de modelos multivariados foi usado o procedimento forward condicional da regressão logística. O nível de significância foi de 5 %. Utilizados os pacotes estatísticos Stata e SPSS. Resultados: Incluídos em análise 2839 casos (389 missing). A frequência absoluta das variáveis categoriais que entraram em estudo foram: Hábitos tabágicos (n=343); AVC (n=150); EM (n=90); IC (n=174); IRC (n=34); hipercolesterolémia (n=864)); diabetes (n=375); Sexo (976 H; 1863 M). As variáveis que entraram na equação de regressão e o respectivo significado estatístico (p; OR e IC 95 %) foram as seguintes: idade (p<0,001; OR=1,068 e IC95 % 1,061-1,075); peso (p=0,001; OR=1,020 e IC95% 1,008-1,032); AVC (p=0,007; OR=2,523 e IC95% 1,286-4,951); IC (p=0,013; OR=2,449 e IC95% 1,205-4,979); diabetes (p<0,001; OR=1,894 e IC95% 1,328-2,701); hipercolesterolémia (p<0,001; OR=1,693 e IC95% 1,350-2,123); IMC (p<0,001; OR=1,006 e IC95 % 1,003-1,010). Conclusões: O AVC não fatal associou-se à hipertensão, tal como a insuficiência cardíaca, ao contrário do enfarte do miocárdio não fatal e da insuficiência renal crónica. O controlo isolado da hipertensão será mais eficaz na redução das complicações cerebrovasculares do que da doença coronária.A investigação teve o patrocínio da Pentafarma–Tecnimede, Sociedade Técnico-Medicinal

    Isolated systolic hypertension : epidemiology and impact in clinical practice

    No full text
    Objective: To study the frequency, distribution and determinants of isolated systolic hypertension (ISH). Design: Cross-sectional study, in two stages. First, consecutive patients of the Portuguese national health system aged 60 or over were selected (1999). The second stage covered people aged up to 60 years (2000). Setting: Health Centers – primary care (Regional Health Administration - Lisbon). Participants: 3228 patients, 1100 male (439 aged up to 60 years and 661 aged 60 years) and 2128 female (860 aged up to 60 years and 1268 aged 60 years). Measurements: Categories of hypertension. Risk stratification. Cardiovascular morbidity. Predictors of isolated systolic hypertension. Results: The definition and staging of hypertension changed between 1988 and 1997/99 and as a consequence, there has been, in hypertensives, an increase in ISH frequency from 13 % to 44 % (2.4 times greater). This form of hypertension is far more frequent than grades 1 (mild hypertension = 22 %), 2 (moderate hypertension =15 %) or 3 (severe hypertension = 7%). The proportion of hypertensives with ISH increases from 19% in people aged up to 40, to 30 % in the fourth decade, 34 % in the fifth decade, 44 % in the sixth decade, 51 % in the seventh decade, and 57 % in those over 80 years of age. In hypertensives aged up to 50, ISH is more frequent in females. However, in those over age 50 it is predominant in males. ISH represents 60 % and 37 % respectively of untreated and treated hypertensives. Among untreated hypertensives, age was associated with ISH (p<0.001; OR=1.051 and 95 % CI 1.037-1.065). In the over-60 subgroup, the following factors were associated: age (p=0.013; OR=1.048 and 95 % CI 1.010-1.087); gender – male (p=0.004; OR=2.578 and 95 % CI 1.361- 4.881) and height (p=0.044; OR=0.966 and 95% CI 0.933-0.999). Conclusions: Isolated systolic hypertension is the most common form of hypertension and the most often untreated. The constitutional characteristics associated with isolated systolic hypertension in the elderly are age, gender (male) and body mass index (height). The extent of the problem justifies more attention to control of systolic blood pressure, both in research (efficacy) and in clinical practice (effectiveness).Objectivo: Caracterizar a frequência, a distribuição e os factores associados à hipertensão sistólica isolada (HSI). Desenho do estudo: Transversal, realizado em duas fases. Na primeira, foram seleccionados e observados utentes do SNS com idade 60 anos (Ano 1999). A segunda fase destinou-se aos grupos etários com idade <60 anos (Ano 2000). Atendimento: Centros de Saúde (ARS de Lisboa) – cuidados de sáude primários. Participantes: Inquiridos 3228 indivíduos, 1100 do sexo masculino (439 com <60 anos e 661 com idade 60 anos) e 2128 do sexo feminino (860 com <60 anos e 1268 com idade 60 anos). Medições: Categorias/graus de hipertensão. Estratificação de risco. Morbilidade cardiovascular. Factores discriminantes da hipertensão sistólica isolada. Resultados: A mudança dos critérios de definição e classificação da hipertensão arterial, entre 1988 e 1997/99, correspondeu, nos hipertensos, a um aumento na frequência da HSI de 13 % para 44 %. Neste estudo de base populacional, a HSI foi predominante em relação à hipertensão ligeira (22 %), moderada (15%) e grave (7 %). A proporção de hipertensos com HSI aumentou de 19 %, abaixo dos 40 anos, para 30 % na 4.ª década, 34 % na 5.ª década, 44 % na 6.ª década, 51 % na 7.ª década e 57 % a partir da 8.ª década. Até à 5.ª década de vida foi predominante no sexo feminino, mas acima dessa idade foi mais frequente no sexo masculino. No grupo de hipertensos não medicados, a maioria (60%) tinha HSI enquanto no grupo sob terapêutica anti-hipertensiva a sua proporção foi de 37 %. As variáveis que demonstraram uma associação positiva com a HSI, no grupo de hipertensos não medicados, foram a idade (p<0,001; OR=1,051 e IC 95 % 1,037-1,065). No grupo de idade 60 anos, os factores relacionados de modo significativo com HSI foram a idade (p=0,013; OR=1,048 e IC 95 %=1,010-1,087), o sexo masculino (p=0,004; OR= 2,578 e IC 95 %=1,361-4,881) e a altura (p=0,044; OR=0,966 e IC 95 %=0,933-0,999). Conclusões: A hipertensão sistólica isolada é a forma de hipertensão mais frequente na população e menos vezes tratada. As características constitucionais que se associam à hipertensão sistólica isolada são a idade, o sexo e a altura (índice de massa corporal). A dimensão do problema justifica que seja dada mais atenção ao controlo da pressão arterial sistólica, quer na investigação (eficácia e eficiência), quer na prática clínica (efectividade).A investigação teve o patrocínio da Pentafarma, Sociedade Técnico-Medicinal
    corecore