8 research outputs found
FÍSTULA RETOCUTÂNEA EM CANINO LABRADOR
A fístula retocutânea envolve uma comunicação do reto com a região cutânea que circunda o ânus, os sinais clínicos incluem secreção perianal purulenta ou hemorrágica, dor, tenesmo e disquezia. Foi atendido no hospital veterinário um canino fêmea, raça Labrador, 4 anos. O tutor relatou brigas frequentes entre seus animais. Ao exame clínico foi observado uma ferida na região perianal com drenagem de fezes, sangue e pus e demais parâmetros clínicos dentro do fisiológico. Foram solicitados hemograma e bioquímicos, que evidenciaram leucocitose por neutrofilia, eosinofilia e plaquetose, aumento de fosfatase alcalina, ureia e creatinina. Após o diagnóstico foi instituído o tratamento com ceftriaxona, além de cloridrato de tramadol, dipirona, e terapia de suporte com ringer lactato, higiene local, tricotomia e enema para encaminhamento a cirurgia, sendo utilizado protocolo anestésico com associação de metadona, acepromazina e midazolam como medicação pré-anestésica, indução anestésica com propofol e manutenção anestésica com isofluorano, também foi realizada infusão local de fentanil. Conduziu-se a ressecção dos tecidos necrosados, colocação de dois drenos nas fístulas maiores, e reconstituição, sendo os drenos mantidos durante 5 dias. O tratamento foi efetivo, e o animal recuperou se completamente. As fístulas perianais devem ser diagnosticadas e tratadas o mais breve possível, tendo em vista que podem levar a consequências potencialmente letais com prognóstico reservado
AVULSÃO DE PLEXO BRAQUIAL EM CÃES
A avulsão de plexo braquial em cães é a desconexão das raízes nervosas dos membros torácicos, originados nos ramos ventrais dos nervos espinhais cervicais. É comum em trauma por atropelamento, ocorrendo estiramento ou rompimento das fibras nervosas. A incapacidade de estender o cotovelo ou sustentar o peso do membro, ausência de dor ao estímulo, lesões de arrastar o membro, decorrentes de reflexos ausentes ou diminuídos seguida de atrofia muscular neurogênica são sinais indicativos para diagnóstico. O tratamento cirúrgico é indicado quando houver analgesia distal ao cotovelo, automutilação e quadro sem evolução clínica. Foi atendido um canino, macho, SRD, com 7 meses de idade, apresentando sinais compatíveis com a patologia. Hemograma e bioquímicos apresentavam-se dentro dos parâmetros fisiológicos, o tutor não autorizou exames de imagem. A escolha do tratamento foi cirúrgica, sendo a amputação uma técnica descrita para paralisia nervosa traumática, considerando o grau de perda motora. Foi realizado tricotomia, antissepsia, incisão de pele e subcutâneo, hemostasia preventiva, divulsão da musculatura e desarticulação escapuloumeral, secção do ligamento transverso do úmero, secção alta dos nervos do plexo braquial e acolchoamento da articulação com a musculatura local. A preservação da escápula garante proteção das estruturas torácicas, assim como a secção alta dos nervos evita neuromas, sendo favorável para qualidade de vida do paciente. É importante realizar diagnóstico diferencial para qualquer neuropatia que envolva fraturas, neoplasias e degeneração neuronal
BLOQUEIO PARAVERTEBRAL DE MEMBRO TORÁCICO EM CIRURGIA DE AMPUTAÇÃO EM CÃO
A técnica anestésica locoregional de membro torácico consiste na interrupção da transmissão nervosa da região de troncos nervosos e nervos aferentes, bloqueando o estimulo de nociceptores no ramo ventral e dorsal do espaço paravertebral dos nervos cervicais 6 à torácicos 1, permitindo intervenções cirúrgicas abaixo da articulação escapulo-umeral. Através da palpação dos processos transversos, espinhais e osso escapular é possível localizar anatomicamente o local de bloqueio anestésico. Canino, SRD, 7 meses foi atendido no Hospital Veterinário, após diagnóstico de avulsão de plexo braquial foi encaminhado para cirúrgica. Instituiu-se na MPA uso de cetamina, acepram, meperidina e midazolam por via IM, indução com propofol via IV e manutenção anestésica com isoflurano. Tricotomia e antissepsia local seguida aplicação de lidocaína em 6 pontos do bloqueio e infusão continua com fentanil promoveram analgesia combinada. A técnica de bloqueio do plexo braquial apresentou eficiência analgésica durante o transoperatório, verificado através de pinçamento muscular e dos parâmetros fisiológicos monitorados. O bloqueio locoregional confere analgesia que se estende até o pós-operatório contribuindo para redução do requerimento anestésico, promovendo analgesia preemptiva e maior estabilidade hemodinâmica, reduzindo o tempo de recuperação pós-operatória e o potencial cárdio e neurotóxico dos agentes anestésicos, demonstrando assim a importância do conhecimento de técnicas anestésicas para garantir a segurança dos procedimentos cirúrgicos
ClinPeq - Grupo de Extensão, Ensino e Pesquisa em Clínica Médica de Pequenos Animais
Os tutores de cães e gatos atualmente exigem do médico veterinário capacidade técnica e humanitária, considerando isso é necessário a formação de discentes com esse perfil. Considerando isso, esse projeto de extensão tem como objetivo qualificar a formação teórico-prática e humanitária de acadêmicos da Unoesc- Xanxerê através do convívio na clínica de pequenos animais do Hospital Veterinário (HV) da Unoesc e serviços prestados a população. Para isso estão preconizadas ações que visam a promoção da saúde e atendimento clínico de cães e gatos da população carente de Xanxerê. No intuito de preparar os alunos para as ações do projeto, nesse primeiro semestre foram realizadas oito reuniões semanais, com a participação de 18 integrantes. Os encontros foram com temas alusivos as campanhas, as quais ocorrerão no segundo semestre de 2018, e também tiveram como função capacitar os discentes para a convivência em grupo e vivência de palestras. Também foi realizado capacitações práticas dos alunos para o atendimento clínico dos animais, sendo que para essa atividade, 16 alunos participaram ativamente dos atendimentos e internações dos cães e gatos no HV Unoesc- Xanxerê. Foi realizado um questionário para avaliar a satisfação dos alunos com as atividades propostas, tendo respostas positivas para o conhecimento teórico-prático e convivência em grupo, e respostas medianas para a pontualidade e frequência dos discentes nas atividades propostas. As ações do projeto em um semestre tiveram o intuito de preparar os discentes para as atividades extensionistas obtendo bons resultados
CAMPANHA DE VACINAÇÃO ANTIRRÁBICA DE CÃES E GATOS MUNICÍPIO DE XANXERÊ-SC
A raiva é uma antropozoonose transmitida ao homem pela inoculação do vírus da raiva presente na saliva e secreções de animais infectados, principalmente pela mordedura. Apresenta 100% de letalidade e alto custo na assistência preventiva às pessoas expostas ao risco de adoecer e morrer. Anualmente, em todo o mundo, são registradas 55 mil mortes. No Brasil, a maior incidência ocorre nos estados do nordeste. O último caso de raiva humana em Santa Catarina ocorreu no município de Ponte Serrada em 1981. Os últimos registros de casos em cães e gatos foram no ano de 2006 nos municípios de Itajaí (1 cachorro) e Xanxerê (1 gato e 1 cachorro). No entanto, são registrados rotineiramente casos em bovinos, equinos, suínos e ovinos causados por mordeduras por morcegos infectados. O projeto surgiu a partir da necessidade de prevenir novos casos de raiva em cães, gatos e humanos na zona urbana do município de Xanxerê-SC. Para tanto, será realizada anualmente uma campanha de vacinação antirrábica de cães e gatos gratuita pelos professores e acadêmicos do curso de Medicina Veterinária da Unoesc Xanxerê. Serão aplicadas 500 doses de vacinas, dividas em três bairros carentes do município, após divulgação por meio de folders e imprensa local. Também serão prestados esclarecimentos aos tutores acerca de temas como posse responsável e bem estar animal, abordando temas como desverminação, manejo nutricional, controle reprodutivo, entre outros
FÍSTULA ORONASAL TRAUMÁTICA EM FELINO
Um felino, macho, SRD, 5 anos, 3,7 Kg foi encontrado na rua. Apresentava mucosas hipocoradas, desidratação em grau elevado, disfagia, dispneia, hipotermia, úlcera corneana bilateral, secreção purulenta nasal e oral e uma fenda palatina de origem traumática. Observou-se linfopenia e aumento da creatinina sérica. Após a estabilização inicial do paciente, realizou-se a intervenção cirúrgica para a redução parcial da fístula. No pós-operatório foram utilizados tramadol, meloxicam, ceftriaxona, colírio de atropina, ciprofloxacina e diclofenaco e dieta pastosa. Após 45 dias, o animal apresentava-se em um quadro favorável, livre da desidratação, lesão ocular, sendo assim, foi submetido a outro procedimento cirúrgico, contribuindo ainda mais para a redução da fenda palatina e dos sinais clínicos associados. Os defeitos dos palatos podem acometer o palato primário, secundário ou ambos, sendo que a intensidade dos sinais clínicos varia conforme o grau de severidade e o local das lesões. Os defeitos do palato que resultam em comunicação oronasal raramente cicatrizam espontaneamente, sendo necessário a intervenção cirúrgica. Todavia, um único procedimento cirúrgico pode não garantir um bom resultado na cicatrização, devido às condições naturais das cavidades orais e nasais, como presença de saliva, restos alimentares, bactérias e até mesmo a própria movimentação da língua. Como complicações pneumonia aspirativa, imunossupressão e septicemia. É importante conhecer sinais clínicos de fístula, para a realização do diagnóstico e tratamento precoce, minimizando as complicações.Palavras-chave: Palatosquise. Palato. Trauma. Pneumonia aspirativa. Felino
BLOQUEIO PARAVERTEBRAL DE MEMBRO TORÁCICO EM CIRURGIA DE AMPUTAÇÃO EM CÃO
A técnica anestésica locoregional de membro torácico consiste na interrupção da transmissão nervosa da região de troncos nervosos e nervos aferentes, bloqueando o estimulo de nociceptores no ramo ventral e dorsal do espaço paravertebral dos nervos cervicais 6 à torácicos 1, permitindo intervenções cirúrgicas abaixo da articulação escapulo-umeral. Através da palpação dos processos transversos, espinhais e osso escapular é possível localizar anatomicamente o local de bloqueio anestésico. Canino, SRD, 7 meses foi atendido no Hospital Veterinário, após diagnóstico de avulsão de plexo braquial foi encaminhado para cirúrgica. Instituiu-se na MPA uso de cetamina, acepram, meperidina e midazolam por via IM, indução com propofol via IV e manutenção anestésica com isoflurano. Tricotomia e antissepsia local seguida aplicação de lidocaína em 6 pontos do bloqueio e infusão continua com fentanil promoveram analgesia combinada. A técnica de bloqueio do plexo braquial apresentou eficiência analgésica durante o transoperatório, verificado através de pinçamento muscular e dos parâmetros fisiológicos monitorados. O bloqueio locoregional confere analgesia que se estende até o pós-operatório contribuindo para redução do requerimento anestésico, promovendo analgesia preemptiva e maior estabilidade hemodinâmica, reduzindo o tempo de recuperação pós-operatória e o potencial cárdio e neurotóxico dos agentes anestésicos, demonstrando assim a importância do conhecimento de técnicas anestésicas para garantir a segurança dos procedimentos cirúrgicos
FÍSTULA ORONASAL TRAUMÁTICA EM FELINO
Um felino, macho, SRD, 5 anos, 3,7 Kg foi encontrado na rua. Apresentava mucosas hipocoradas, desidratação em grau elevado, disfagia, dispneia, hipotermia, úlcera corneana bilateral, secreção purulenta nasal e oral e uma fenda palatina de origem traumática. Observou-se linfopenia e aumento da creatinina sérica. Após a estabilização inicial do paciente, realizou-se a intervenção cirúrgica para a redução parcial da fístula. No pós-operatório foram utilizados tramadol, meloxicam, ceftriaxona, colírio de atropina, ciprofloxacina e diclofenaco e dieta pastosa. Após 45 dias, o animal apresentava-se em um quadro favorável, livre da desidratação, lesão ocular, sendo assim, foi submetido a outro procedimento cirúrgico, contribuindo ainda mais para a redução da fenda palatina e dos sinais clínicos associados. Os defeitos dos palatos podem acometer o palato primário, secundário ou ambos, sendo que a intensidade dos sinais clínicos varia conforme o grau de severidade e o local das lesões. Os defeitos do palato que resultam em comunicação oronasal raramente cicatrizam espontaneamente, sendo necessário a intervenção cirúrgica. Todavia, um único procedimento cirúrgico pode não garantir um bom resultado na cicatrização, devido às condições naturais das cavidades orais e nasais, como presença de saliva, restos alimentares, bactérias e até mesmo a própria movimentação da língua. Como complicações pneumonia aspirativa, imunossupressão e septicemia. É importante conhecer sinais clínicos de fístula, para a realização do diagnóstico e tratamento precoce, minimizando as complicações.Palavras-chave: Palatosquise. Palato. Trauma. Pneumonia aspirativa. Felino