6 research outputs found

    Dieta vegetariana: possíveis implicações na saúde da criança

    Get PDF
    Introdução: O vegetarianismo consiste em uma dieta restritiva de carnes e seus derivados. Esse padrão alimentar pode trazer vantagens como a diminuição dos índices de diabetes e de obesidade. Entretanto, se essa dieta não for planejada adequadamente, existe maior chance de uma deficiência nutricional, principalmente em crianças, pois estas encontram-se em fase de maior risco nutricional. Objetivo: Identificar os riscos e benefícios da dieta vegetariana no processo considerado padrão de crescimento e desenvolvimento infantil. Material e método: O presente estudo consiste em uma revisão integrativa da literatura, na qual as bases de dados consultadas foram Medline e Biblioteca Virtual em Saúde(BVS), além do guia de vegetarianismo na infância e adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Foram selecionados seis artigos abrangendo o período de 2017-2019, utilizando DeCS/MeSH “child” AND “diet vegetarian”. Resultados: De acordo com a literatura, observou-se que mesmo com a diferença na ingestão de proteínas, tanto vegetal quanto animal, entre o grupo de crianças onívoras e crianças vegetarianas, o crescimento e desenvolvimento físico de todas elas era normal e não houve diferenças significativas no peso, massa magra, desenvolvimento ósseo, altura, IMC e escore Z-IMC. No entanto, algumas crianças e lactentes (1-3 anos) vegetarianos com dieta inadequada ou sem complementação alimentar, com baixos níveis energéticos e nutricionais, desenvolveram casos de raquitismo. Além disso, os valores referentes ao padrão vegetariano foram relacionados com uma probabilidade significativamente maior de ter TDAH. Notou-se baixos níveis de leptina, substância pró-inflamatória, comparando o grupo vegetariano e o grupo onívoro, refletindo em índices menores de gordura corporal. Conclusão: A dieta vegetariana, desde que supra as necessidades nutricionais e energéticas, não representa risco para o desenvolvimento normal da criança. Quando bem planejadas por pediatras, nutricionistas e nutrólogos, essas dietas são apropriadas para lactentes, infantes e adolescentes. Para isso, os profissionais devem estar familiarizados com as particularidades desse tipo de alimentação, propondo a orientação necessária para suplementação de macro e micronutrientes, de modo a alcançar o suporte nutricional adequado. Todavia, ensaios clínicos randomizados são necessários para avaliar melhor o impacto desse padrão alimentar ao longo do crescimento infantil

    Caracterização terapêutica do aneurisma de aorta abdominal

    Get PDF
    O aneurisma de aorta abdominal (AAA) é uma dilatação maior que 50% do tamanho normal, com prevalência de 80% dos casos. Em sua formação, fatores de risco como sexo, idade, tabagismo e hipertensão arterial influenciam no desenvolvimento. A fisiopatologia e a melhor terapêutica ainda causam discussões. Frente à fisiopatologia se observa vários fatores que corroboram e atuam no desenvolvimento e ruptura do aneurisma. As três causas admissíveis que podem influenciar o desenvolvimento são: processo degenerativo aterosclerótico, mudanças bioquímicas e fatores genéticos. O AAA é uma doença que necessita de tratamento antes que haja a ruptura e possui a cirurgia aberta e endovascular como método terapêutico. A seleção de uma dessas opções envolve fatores anatômicos dos vasos, indicação pelo risco de ruptura, perda sanguínea, sendo essencial a correta opção terapêutica. Este estudo objetivou a caracterização dos métodos terapêuticos de AAA, com ênfase na cirurgia aberta e endovascular. Na revisão de literatura foram selecionados 21 artigos no período de 2008 a 2018. No levantamento dos artigos foram utilizadas as plataformas PubMed e SCIELO, sendo os descritores as palavras: “aneurisma”, “tratamento”, “endovascular” e “cirurgia”. O diagnóstico e tratamento precoce do aneurisma de aorta abdominal é essencial para a redução da mortalidade. A cirurgia eletiva é realizada com o objetivo de evitar a ruptura e melhorar a qualidade de vida. Para sua execução é necessário indicações, como a taxa de crescimento e o custo benefício, uma vez que alguns pacientes podem ir a óbito por outros fatores. O tratamento do AAA há muito tempo tem sido realizado por meio de cirurgia aberta. O intuito de aprimorar a abordagem terapêutica, fez com que uma nova técnica fosse desenvolvida, a terapia endovascular. Quando comparada a cirurgia aberta, essa técnica apresenta benefícios como a redução da perda sanguínea e menor taxa de mortalidade. Para a realização desse método, outros fatores moldam os critérios de inclusão e seleção, como: a necessidade de estudo da anatomia do vaso aneurismático, necessidade de equipe multiprofissional e acompanhamento médico. Ambas técnicas terapêuticas possuem suas vantagens e desvantagens. A opção cirúrgica, a curto prazo possui complicações graves em relação à endovascular, que é optada por ser menos invasiva e permitir uma recuperação mais rápida, no entanto essa gera uma maior possibilidade de nova intervenção

    Efeitos do exercício físico em pacientes esquizofrênicos

    Get PDF
    A esquizofrenia é uma psicopatologia em que as principais características incluem alucinações, delírios, transtornos de pensamento e fala e déficits na cognição, bem como ganho de peso associado a medicação. Nesse sentido, sabe-se que o exercício físico melhora a função neurocognitiva em pacientes saudáveis e previne doenças somáticas em pacientes esquizofrênicos. Diante disso, o trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos da prática de exercícios físicos no tratamento da esquizofrenia. Trata-se de um resumo expandido realizado a partir das bases de dados PubMed e Scielo, sendo selecionados 6 artigos. Foram aceitos artigos entre 2016 e 2018 que se adequaram aos descritores schizophrenia, exercise e effects. Encontrou-se como resultados mudanças anatômicas, fisiológicas e cognitivas. Assim, concluiu-se que a prática adequada de exercício físico correlacionada ao tratamento medicamentoso tem efetividade em alguns pacientes esquizofrênicos, enquanto em outros, não foram obtidos resultados significativamente satisfatórios

    Perfil epidemiológico de óbitos infantis por causas evitáveis em Goiás no período de 2008-2018

    Get PDF
    As causas de mortes evitáveis são definidas como preveníveis (total ou parcialmente) por ações efetivas dos serviços de saúde que estejam acessíveis em local e época determinados. Diante da atualização de pesquisas, há possibilidade de promoção da saúde por meio de prevenção e conduta adequada diante das causas evitáveis. O índice de mortalidade infantil é um preditor, além da realidade de saúde, do desenvolvimento econômico e da qualidade de vida local; é fundamental determiná-lo e se ater à mudanças na atenção à saúde materno-infantil. Afinal, reduzir a morte por causas evitáveis no Brasil ainda é um desafio. Descrever o perfil epidemiológico dos óbitos por causas evitáveis em crianças menores de 5 anos entre o período de 2008 a 2018 no estado de Goiás. Trata-se de um estudo observacional do tipo quantitativo retrospectivo do número de óbitos por causas evitáveis em crianças menores que 5 anos em Goiás, no período de 2008-2018. Os dados foram obtidos nos Sistemas de Informação do Sistema Único de Saúde (SUS) desenvolvido pelo DATASUS. Entre 2008 e 2018, ocorreram, no total, 10.012 óbitos por causas evitáveis em menores de 5 anos residentes em Goiás. Nesse período, houve uma oscilação no número total de óbitos por ano, sendo que o mínimo atingido foi 824, em 2017, e o máximo atingido foi 990, em 2012. Somado a isso, ao analisar por ordem decrescente de mortalidade, estão, primeiramente, as causas reduzíveis por atenção adequada à mulher na gestação (responsáveis por 3.771 óbitos), ao recém-nascido (2.557) e à mulher no parto (1.274), totalizando 7.602 óbitos na década em estudo. Ademais, outras circunstâncias evitáveis frequentes são: causas reduzíveis por ações de promoção à saúde (1.229), por diagnóstico e tratamento adequado (1.156) e por ações de imunização (25). Acerca da faixa etária, os neonatos de 0 a 6 dias foram os mais acometidos (5.522 óbitos), seguidos pelos neonatos de 7 a 27 dias (1.752), pós-neonatos de 28 a 364 dias (1.670) e crianças de 1 a 4 anos (1.065). Desse modo, foi observada uma relação inversa entre o avançar da idade e os óbitos por causas evitáveis. Quanto ao sexo, a mortalidade masculina foi superior (5.563) à feminina (4.419). Além disso, a análise segundo cor/raça mostrou que a maior parte dos óbitos foram em crianças pardas (4.406) e brancas (4.006). Em relação aos municípios, a maioria dos casos ocorreram em Goiânia (2.029), Aparecida de Goiânia (928), Anápolis (550) e Rio Verde (369). Diante do exposto, tem-se que as causas de morte evitáveis em crianças menores de 5 anos de idade no estado de Goiás perfazem situações relacionadas, principalmente, ao período gestacional, neonatal e puerperal. Assim sendo, torna-se evidente que medidas de atenção em saúde nestes períodos são profilaxia para que essas mortes sejam evitadas

    A eficácia do tratamento cirúrgico para endometriose e sua relação com a fertilidad

    Get PDF
    Introdução: A endometriose é uma condição inflamatória crônica com presença de tecido endometrial em locais ectópicos. Com prevalência estimada em cerca de 6% a 11% na população feminina geral, subindo para 25% a 50% em mulheres inférteis. Até o momento não há cura para endometriose, sendo assim, o tratamento é focado no controle de seu desenvolvimento e sintomas, como a remoção cirúrgica de lesões por ablação ou excisão. Objetivos: Verificar a eficácia do tratamento cirúrgico para endometriose e sua relação com a fertilidade. Material e método: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa de literatura, na qual a coleta de dados foi obtida a partir das bases de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Public Medlines (Pubmed) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Utilizou-se como Descritores em Ciências da saúde (DeCS): “endometriosis”, “infertility”, “fertility” e “surgery”. Foram selecionados artigos publicados entre os anos de 2015 a 2018, em inglês ou português. Resultados: As análises foram realizadas em tópicos relacionando o tratamento cirúrgico para endometriose e a possibilidade de gravidez após a operação. Quanto às mulheres consideradas inférteis antes do procedimento não houve diferença significativa na probabilidade de conceber em comparação às férteis. Em relação à capacidade de engravidar espontaneamente ou com auxílio de tecnologia assistida, há autores que afirmem que por métodos de reprodução assistida (TRA do inglês, Technological reproductive assistance) tem valor expressivo, já outros mostram um resultado elevado de gravidezes espontâneas. A presença de tecido infiltrado endometriótico (DIE do inglês, Deep infiltrative endometriosis) e a formação de cistos ovarianos por tecido endometrial (OMA do inglês, Endometrial formation cysts in the ovaries) foram associados à redução na capacidade da fertilidade. Conclusão: Após as análises, percebe-se efetiva possibilidade de gravidez através do tratamento cirúrgico para endometriose. Todavia, as pesquisas que relacionam a infertilidade e a endometriose ainda são escassas. Portanto, é importantíssimo que outros estudos randomizados sejam amplificados, possibilitando diagnósticos mais efetivos e mais rápidos

    Antibioticoterapia pré-apendicectomia: um relato de caso

    Get PDF
    A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é uma doença infectocontagiosa causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Sabe-se que, atualmente, cerca de 1,7 milhão de novas infecções por HIV são registradas a cada ano no mundo, segundo UNAIDS Brasil. Tendo em vista este cenário preocupante, foi desenvolvido um novo método de prevenção contra infecções pelo HIV, a Profilaxia Pré-exposição (PrEP), um comprimido feito a partir da combinação de dois medicamentos, tenofovir e entricitabina, que protege oorganismo humano caso ocorra um possível contato do vírus que desencadeia AIDS. No Brasil, está focada em atingir homens que fazem sexo com outros homens (HSH), profissionais do sexo e mulheres transexuais. Sendo assim, o intuito desta minirevisão foi relacionar o uso da PrEP com seu grupo de risco e associá-lo com fatores que interferem em sua adesão e eficácia. Para sua elaboração foram usadas informações do site do Ministério da Saúde do Brasil e da PrEP Brasil. Somado a isso, utilizou-se os descritores PrEP, HIV para selecionar como base 5 artigos científicos no banco de dados PUBMED, seguindo o critériode inclusão relacionado as datas de publicação, de 2015 a 2019 e à sua maior exatidão científica ao relacionaram HIV, PrEP e a população de risco. Dessa forma, apesar do aumento nos números de outras doenças sexualmente transmissíveis, indicando uma mudança no comportamento sexual dos usuários da PrEP, observase que o princípio da não maleficência é aplicado, visto que a PrEP como um novo método de prevenção contra infecções pelo HIV tem mais pontos positivos que negativos à saúde coletiva no âmbito mundial. Concluiu-se que a aceitação do uso da PrEP no grupo de risco, apesar de positiva, ainda é baixa, visto que sua adesão depende da influência de fatores externos, como o não uso de substâncias ilícitas
    corecore