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    Na direção do desejo feminino: : vozes sociais e embates discursivos nas escritas de Adelaide Carraro e Cassandra

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    Adelaide Carraro e Cassandra Rios, as escritoras malditas do século XX (PEIXOTO; CARRARO; RIOS, 1969), cujas obras foram produzidas durante o regime ditatorial brasileiro (1964-1985), firmaram-se como um fenômeno literário nesse contexto (REIMÃO, 2011; AMARAL, 2017), sendo responsáveis, ainda que perseguidas e proibidas, pela escrita de inúmeros romances ancorados na expressão da liberdade das mulheres. Diante disso, objetivamos analisar, com base nas postulações do Círculo de Bakhtin (2011a, 2011b, 2011c, 2014, 2015, 2017a, 2017b, 2019), as obras Fogo (Só Para Homens), de Carraro, e A Paranóica, de Rios, de modo a identificar as marcas discursivas da manifestação do desejo de duas personagens e a averiguar como a enunciação delas se relaciona com o contexto representado da sociedade da época em que estão inseridas nos romances. Considerando a conjuntura da produção dos enunciados analisados, a partir do pensamento de Bakhtin (2015), notam-se embates discursivos nos quais as personagens assumem “vozes sociais” atuantes como “forças centrífugas”,Adelaide Carraro e Cassandra Rios, as escritoras malditas do século XX (PEIXOTO; CARRARO; RIOS, 1969), cujas obras foram produzidas durante o regime ditatorial brasileiro (1964-1985), firmaram-se como um fenômeno literário nesse contexto (REIMÃO, 2011; AMARAL, 2017), sendo responsáveis, ainda que perseguidas e proibidas, pela escrita de inúmeros romances ancorados na expressão da liberdade das mulheres. Diante disso, objetivamos analisar, com base nas postulações do Círculo de Bakhtin (2011a, 2011b, 2011c, 2014, 2015, 2017a, 2017b, 2019), as obras Fogo (Só Para Homens), de Carraro, e A Paranóica, de Rios, de modo a identificar as marcas discursivas da manifestação do desejo de duas personagens e a averiguar como a enunciação delas se relaciona com o contexto representado da sociedade da época em que estão inseridas nos romances. Considerando a conjuntura da produção dos enunciados analisados, a partir do pensamento de Bakhtin (2015), notam-se embates discursivos nos quais as personagens assumem “vozes sociais” atuantes como “forças centrífugas”
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