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    Ampulectomia transduodenal e a adaptação cirúrgica focada no paciente: Um relato de caso

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    Tumores da Ampola de Vater são entidades clínicas raras, em sua maioria adenocarcinomas, e em menor frequência do tipo neuroendócrino. O tratamento inclui ressecções endoscópicas e cirúrgicas, que podem ser extensas ou locais. Objetivo: Relatar um caso de Tumor Neuroendócrino de ampola em uma paciente idosa, que foi submetida a uma Ampulectomia Transduodenal. Relato: Paciente do sexo feminino, 83 anos, apresentou quadro de anorexia, icterícia progressiva, colúria e acolia fecal. Ecoendoscopia evidenciou lesão de 2,2 cm na ampola. Indicado o tratamento cirúrgico, no qual optou-se pela Ampulectomia Transduodenal. Após biópsia da peça cirúrgica, o estudo imunohistoquímico indicou Tumor Neuroendócrino grau III (Ki67 > 80%) Paciente evoluiu bem e foi seguida por 8 meses com relativa estabilidade clínica e sem complicações relativas ao tratamento cirúrgico ou a doença de base. Discussão: Os tumores neuroendócrinos correspondem a menos de 2% dos tumores da ampola. O tratamento mais indicado é a Duodenopancreatectomia, que promove um melhor controle locorregional e possibilita a obtenção de margens oncológicas, apesar de estar associado a complicações graves. Ressecções mais conservadoras como a endoscópica e a ampulectomia transduodenal estão associadas a menor morbimortalidade mas possuem a desvantagem do menor controle oncológico. Em pacientes bem selecionados, a Ampulectomia Transduodenal demonstrou taxas de sobrevida semelhantes à duodenopancreatectomia e com menor morbidade. Fatores associados à ausência de metástase linfonodal e obtenção de margem livre, incluindo tamanho, grau e diferenciação histológica, devem ser avaliados como preditores de sucesso terapêutico. Além disso, deve se considerar o status clínico na escolha. Conclusão: a ampulectomia transduodenal é uma opção que deve ser considerada no tratamento dos tumores da ampola, sendo particularmente eficaz em casos selecionados e em pacientes sem performance para duodenopancreatectomia

    Ducto de Luschka como variação anatômica em paciente submetida a colecistectomia com alto volume de drenagem pós-operatória: relato de caso

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    Variações anatômicas da árvore biliar são a segunda maior causa de vazamentos de bile após colecistectomia, sendo a presença do ducto de Luschka (DL) a mais prevalente. É caracterizado como um delgado ducto com bile passando do lobo direito do fígado na fossa da vesícula biliar juntando-se com o ducto hepático direito ou ducto hepático comum. O presente artigo descreve o relato de caso de uma paciente portadora de ducto de Luschka que foi atendida em um hospital terciário em Fortaleza e apresentou complicações em seu pós-operatório de colecistectomia. A identificação do DL geralmente é feita durante a primeira semana após a cirurgia, quando podem surgir dor abdominal, peritonite biliar e sepse como efeitos da colecistectomia. É crucial considerar os ductos de Luschka como um diagnóstico diferencial em pacientes que apresentam uma alta quantidade de drenagem de bile após a cirurgia. É essencial seguir uma abordagem terapêutica apropriada para evitar complicações decorrentes de lesões nessa estrutura, pois, embora sejam raras, tais lesões podem afetar negativamente a recuperação do paciente

    Lesões císticas do pâncreas: uma revisão da literatura

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    Atualmente no Brasil cresce o número de diagnósticos incidentais de tumores císticos de pâncreas em pacientes submetidos a exames de imagem com outra indicação. As neoplasias císticas do pâncreas podem ser divididas principalmente em cistoadenoma seroso, cistoadenoma mucinoso, cistoadenocarcinoma, neoplasia intraductal mucinosa papilífera (IPMN) e tumor sólido-cístico pseudopapilar ou tumor de Frantz. Estas classificações trazem consigo neoplasias com características distintas entre si e ainda mais importante, potenciais malignos diferentes, ocasionando terapêuticas divergentes. Este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão bibliográfica do tema facilitando o diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos pacientes
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