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    IMPLICAÇÕES DOS DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO SONO EM ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: REVISÃO SISTEMÁTICA

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    Nos últimos anos, as pesquisas sobre os distúrbios respiratórios do sono em crianças e adolescentes com desenvolvimento típico têm ampliado. As pesquisas constataram que o sono de má qualidade interfere nas competências físicas e intelectivas do ser humano. Como seria a influência desse distúrbio em educandos com deficiência intelectual? O estudo teve por objetivo verificar e analisar nas publicações científicas a influência dos distúrbios respiratórios do sono em escolares com deficiência intelectual. Trata-se um delineamento sistemático de cunho qualitativo. O levantamento foi realizado no período que compreende os anos de 2000 a 2016. Os artigos estavam indexados bases de dados EBSCOhost, DOAJ, ERIC e SciELO Brasil. Os descritores utilizados foram i) distúrbios respiratórios do sono e dificuldade de aprendizagem; ii) distúrbios respiratórios do sono e deficiência intelectual; iii) distúrbios respiratórios do sono e etiologia da deficiência intelectual; iv) distúrbios respiratórios do sono e déficit intelectual. A busca também foi realizada em língua inglesa, a saber: i) sleep-disordered breathing and learning disability; ii) sleep-disordered breathing and Intellectual disability; iii) sleep-disordered breathing and Etiology intellectual disability; iv) sleep-disordered breathing and Intellectual deficit. Com base nesses descritores, foram encontradas 43 pesquisas. Entretanto, considerando-se os requisitos elegidos para este estudo, apenas sete artigos compuseram o corpus final de análise. Desses, quatro eram estudos experimentais, dois de revisões de literatura e um do tipo longitudinal. As pesquisas revelaram que a influência dos distúrbios do sono junto às crianças e aos adolescentes com deficiência intelectual é recente e limitada, porém, tais distúrbios respiratórios do sono interferem significativamente na qualidade de vida, bem como nos aspectos de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos com deficiência intelectual. Esse levantamento ressaltou a necessidade de pesquisas brasileiras, sobretudo em Educação Especial, de se preocuparem em inserir os distúrbios respiratórios do sono nos estudos junto a essa população escolar.<br /

    Um estudo sobre práticas pedagógicas de professores(as) de pré-escola, no contexto de distanciamento social

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    Este estudo teve como objetivo central discutir acerca dos recursos didáticos e tecnológicosutilizados pelas instituições de educação infantil, em especial com turmas de pré-escola. Adiscussão teórica buscou compreender a relevância e os limites do uso da tecnologia, suascaracterísticas (FANTIN; RIVOLTELLA, 2010), atribuindo um olhar especial para oprotagonismo da infância e a educação na era digital, considerando o já vivenciado porprofessores em relação às suas práticas pedagógicas no ano de 2020 e as projeções em 2022, tendoem conta o distanciamento social ocasionado pela pandemia de COVID19 (OMS), bem como oDecreto Estadual nº 4.230 de 16 de março/2020, que suspendeu as aulas presenciais a partir domês de março daquele ano, em instituições públicas e privadas. Desde então, os sistemas de ensinobuscaram realizar diferentes práticas para a relação instituições-famílias-crianças, sobre as quaisrealizou-se o levantamento, em alguns municípios do Estado do Paraná, para conhecer mais afundo essa realidade, por meio do olhar dos professores que atuam com turmas de pré-escola. Osdados revelaram que, houve dificuldades pelos participantes quanto ao uso de recursostecnológicos e a falta de suporte das famílias, em muitos momentos, quando do envio deatividades, mas também, a pesquisa identificou que, muitas famílias tiveram dificuldadessocioeconômicas e não tinham como interagir via plataformas digitais ou grupos de mensagem, eque a estas foi possibilitado o envio de atividades impressas às crianças, e o uso de apostilas, paraque as mesmas mantivessem o vínculo com as instituições

    Suporte educacional à inclusão de estudante com transtorno do espectro autista: atendimento educacional especializado na visão dos docentes

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    This study aimed to verify which are the pedagogical strategies used in the common teaching and in the specialized educational attendance for a student with autism spectrum disorder (ASD). The research method was descriptive, with the application of two questionnaires, with qualitative data analysis. The study participants were three teachers, two from ordinary education and one from specialized education. The questionnaires were applied after the research was approved by the ethics committee. The results indicated that all teachers understood inclusive education as a way of providing all students with learning in a common environment, with conviviality and interaction with other colleagues. With regard to the interaction of regular education teachers with the professional of specialized care, the teachers stressed that together they seek ways to better pass on school content to students with ASD, in addition to understanding that, in relation to collaborative work, there are many challenges as the anticipation of contents to think teaching strategies that favor everyone. Thus, it can be seen that the inclusion theme is hard work and that many educators are still unable to identify and understand that students learn differently and at different times.Este estudio tuvo como objetivo verificar cuáles son las estrategias pedagógicas utilizadas en la docencia común y en la asistencia educativa especializada para una estudiante con trastorno del espectro autista (TEA). El método de investigación fue descriptivo, con la aplicación de dos cuestionarios y con análisis cualitativos de datos. Los participantes del estudio fueron tres profesores, dos de educación ordinaria y uno de educación especializada. Los cuestionarios se aplicaron después de que la investigación fuera aprobada por el Consejo de Ética. Los resultados indicaron que todos los docentes entendieron la educación inclusiva como una forma de brindar a todos los estudiantes com el aprendizaje en un entorno común, con la convivencia y la interacción con otros colegas. En cuanto a la interacción de los docentes de educación regular con el profesional de atención especializada, los docentes destacaron que, juntos, buscan formas de transmitir mejor los contenidos escolares a los estudiantes con TEA, además de entender que, en relación al trabajo colaborativo, existen muchos retos como la anticipación de contenidos para planear estrategias didácticas que favorezcan a todos. Así, se puede ver que el tema de la inclusión es un trabajo arduo y que muchos educadores aún son incapaces de identificar y comprender que los estudiantes aprenden de manera diferente y en momentos diferentes. &nbsp;Este estudo teve o objetivo de verificar quais são as estratégias pedagógicas utilizadas no ensino comum e no atendimento educacional especializado para uma educanda com transtorno do espectro autista (TEA). O método da pesquisa foi descritivo, com a aplicação de dois questionários e análise qualitativa dos dados. Os participantes do estudo foram três docentes, sendo duas do ensino comum e uma da educação especializada. Os questionários foram aplicados após a aprovação da pesquisa no Conselho de Ética. Os resultados indicaram que todas as professoras entendiam a educação inclusiva como forma de propiciar a todos os alunos a aprendizagem em um ambiente comum, com convívio e interação com os demais colegas. No que se refere à interação das professoras do ensino regular com a profissional do atendimento especializado, as docentes destacaram que buscam, juntas, formas de melhor repassar os conteúdos escolares à aluna com TEA, além de entenderem que, em relação ao trabalho colaborativo, há muitos desafios, como a antecipação de conteúdos para pensar estratégias de ensino que favoreçam a todos. Assim, pode-se constatar que o tema inclusão é um trabalho árduo e que muitos educadores ainda não conseguem identificar e entender que os alunos aprendem de forma e em tempos diferentes

    Functional analysis of shared attention for adult- visually children with disabilities

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    Shared attention (SA) is considered a milestone in child development. One of the most mentioned components in the literature for children starting SA is eye contact. The study of SA in young children with visual impairment is scarce and limited, suggesting the following questions: What are the behavioral dimensions of shared attention in the interaction between an adult and a young child with visual impairment? Is it possible to define theoretically and empirically what are the components of shared attention when the visually impaired child is involved in the interaction? To answer these questions, three studies were developed: the first aimed to characterize the components of shared attention of young children with visual impairment found in the definitions and in the method of empirical research conducted with this population. To achieve this goal, a systematic literature review produced between the 1980s and 2017 was carried out. The methodology used attended Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyzes/PRISMA requirements and resulted in 2,919 manuscripts survey theme of shared attention, 288 occurred with targeted participants by special education and 28 of them shared attention with visual impairment children. The result of the analysis of indicated studies addressed predominantly themes: definition of Shared Attention (N = 15); Limits of Shared Attention (N = 8); Maternal Interaction (N = 4) and Perspective Taking (N = 3). The main components highlighted in publications were touch/touch and communication when related to caregiver's interaction with the child. Many components descriptions of shared care found in publications about children with visual impairments brought difficult to identify and characterize the behavioral dimensions, especially components function indicated by studies. Therefore, Study 2 sought to empirically identify the behavioral components performance of initiating and responding to children with low vision in episodes of shared attention with an adult during free play. The study included 27 dyads (small and responsible child) recruited from an Educational Assistance Center Specialized in Visual Disability in Curitiba - PR. The instruments used were: Participants Protocol Characterization by Parents/Guardians; Brazil Criterion Questionnaire; Operationalized Portage Inventory; Transcription Protocols and Functional Analysis Protocol for Episodes of Shared Attention and analysis software adapted to OpenPose Realtime Multi-Person 2D Pose. The dyads were filmed in play situations for up to 10 minutes. The video recordings were edited with excerpts suppression from the beginning to the end recordings, totaling three minutes editing for each dyad. Videos descriptions and analyzes were carried out by completing the Transcription Protocols and Functional Analysis Protocol of Shared Attention Episodes. After observing and categorizing the SA behaviors in free inspection, video recordings were submitted to OpenPose programming treatment, in order to observe points of convergence between the guardian and the child in relation to the object and presented behaviors. The results indicated with the analysis using contingency of three, we have how much the OpenPose program was effective in identifying the SA behaviors of young children with low vision. Initiate a behavior SA most observed by those responsible were speech, hand movements and directives; for children and responding behaviors to SA were vocalization, conversation, responding orally and looking towards the source of the sound. The results presented by participants were in accordance with literature, as well as the result indicating that children were less likely to initiate shared attention. It is concluded that children components who shared attention with visual impairment are similar to those described for children in general. Additional research may help to refine the analysis procedures to advance the characterization of the phenomenon. In order to verify which components of initiating and responding to shared attention are presented by the child with low vision in a situation of structured activity, Study 3 was carried out: the participants in this study were 14 children selected from the 27 who undertook Study 2. The selection criterion was the child not to have completed four years and to be enrolled in the specialized institution. The instrument used was an unsystematic adaptation of Early Social Communication Skills - ESCS. The task materials that referred to shared attention were adapted/replaced by others with sound and light so that the children could access and carry out the activity. Original objective tasks proposed by the scale were preserved. Tasks were organized with reference to triple contingency. Results indicated that children with visual impairment had more behavior classes of responding to shared attention than of initiating shared attention. The ESCS behavioral observation protocol provided effective measures to identify SA components, as well as to verify children performance with low vision in tasks that evaluated the IAC and the RAC. Material adaptation and specific insertion components for SA behavior identification in children with DV were essential to obtain results. The thesis was concluded by stating that three studies contributed to describe shared care components with visual impairment children. Despite the effort to analytically break down aspects of shared care between the visually impaired child and their caregiver, it is necessary to invest in studies that detail and expand the findings of these studies. The lack of consensus in literature on shared care components, associated with conceptual problems and data collection methodological compatibility and analysis, limited discussion scope about this research results. Realization of other modalities of functional analysis, supplementary and complementary to those carried out here, may indicate new directions for consolidating behavioral components identification that establish the bases of shared attention in children with visual impairment.Não recebi financiamentoA atenção compartilhada (AC) é considerada um marco no desenvolvimento infantil. Um dos componentes mais mencionados na literatura para a criança iniciar a AC é o contato visual. O estudo da AC em crianças pequenas com deficiência visual é escasso e limitado, sugerindo as seguintes indagações: Quais são as dimensões comportamentais da atenção compartilhada na interação entre um adulto e uma criança pequena com deficiência visual? É possível definir teórica e empiricamente quais são os componentes da atenção compartilhada quando a criança com deficiência visual está envolvida na interação? Para responder a essas questões foram elaborados três estudos: o primeiro teve o objetivo de caracterizar os componentes da atenção compartilhada da criança pequena com deficiência visual encontrados nas definições e no método das pesquisas empíricas realizadas com essa população. Para alcançar este objetivo foi realizada uma revisão sistemática da literatura produzida entre os anos 1980 a 2017. A metodologia utilizada atendeu os requisitos do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses/PRISMA e resultou no levantamento de 2.919 manuscritos com a temática atenção compartilhada, sendo 288 com participantes público alvo da educação especial e 28 destes sobre a atenção compartilhada de crianças com deficiência visual. O resultado da análise dos estudos indicou os temas predominantemente abordados: definição de Atenção Compartilhada (N=15); Limites de Atenção Compartilhada (N= 8); Interação Materna (N= 4) e Tomada de Perspectiva (N=3). Os principais componentes destacados nas publicações foram o tato/toque e a comunicação quando da interação do cuidador com a criança. As muitas descrições dos componentes da atenção compartilhada encontradas nas publicações sobre crianças com deficiência visual dificultaram identificar e caracterizar as dimensões comportamentais, sobretudo a função dos componentes indicados pelos estudos. Sendo assim, o Estudo 2 buscou identificar empiricamente os componentes comportamentais no desempenho do iniciar e do responder das crianças com baixa visão em episódios de atenção compartilhada com um adulto durante a brincadeira livre. Participaram do estudo 27 díades (criança pequena e responsável) recrutadas em um Centro de Atendimento Educacional Especializado em Deficiência Visual na cidade de Curitiba - PR. Os instrumentos utilizados foram: Protocolo para Caracterização dos Participantes pelos Pais/Responsáveis; Questionário Critério Brasil; Inventário Operacionalizado Portage; Protocolos de Transcrição e Protocolo de Análise Funcional dos Episódios de Atenção Compartilhada e software de análise adaptado OpenPose Realtime Multi-Person 2D Pose. As díades foram filmadas em situações de brincadeiras, por até 10 minutos. As vídeogravações foram editadas com a supressão de trechos do início e final das gravações, totalizando três minutos de edição para cada díade. As descrições e análises dos vídeos foram realizadas com o preenchimento dos Protocolos de Transcrição e Protocolo de Análise Funcional dos Episódios de Atenção Compartilhada. Após observados e categorizados os comportamentos de AC na inspeção livre, as vídeogravações foram submetidas ao tratamento da programação OpenPose, de maneira a se observar pontos de convergência entre o responsável e a criança em relação ao objeto e aos comportamentos apresentados. Os resultados indicaram que com a análise com o emprego da contingência de três, temos quanto o programa OpenPose foi eficaz na identificação dos comportamentos de AC de crianças pequenas com baixa visão. Os comportamentos de iniciar AC mais observados pelos responsáveis foram a fala, movimentos das mãos e diretivas; para as crianças e os comportamentos de responder AC foram vocalização, conversa, responder oralmente e olhar em direção à fonte do som. Os resultados apresentados pelos participantes estavam em conformidade com a literatura, assim como o resultado indicando que as crianças foram pouco propensas a iniciar a atenção compartilhada. Conclui-se que os componentes da atenção compartilhada de crianças com deficiência visual são similares àqueles descritos para as crianças em geral. Pesquisas adicionais poderão contribuir para refinar os procedimentos de análise a avançar na caracterização do fenômeno. Com o objetivo de verificar quais componentes de iniciar e de responder à atenção compartilhada são apresentados pela criança com baixa visão em situação de atividade estruturada, foi realizado o Estudo 3: os participantes deste estudo foram 14 crianças selecionadas dentre as 27 que realizaram o Estudo 2. O critério de seleção foi o de não ter completado quatro anos e estar matriculado na instituição especializada. O instrumento utilizado foi uma adaptação assistemática do Early Social Communication Skills – ESCS. Os materiais das tarefas que se referiam à atenção compartilhada foram adaptados/substituídos por outros com som e luz para que as crianças pudessem ter acesso e realizar a atividade. Preservaram-se os objetivos originais das tarefas propostos pela escala. As tarefas foram organizadas tendo como referência a tríplice contingência. Os resultados indicaram que as crianças com deficiência visual apresentaram mais classes de comportamentos de responder à atenção compartilhada do que de iniciar a atenção compartilhada. O protocolo de observações comportamentais ESCS forneceu medidas eficazes para identificar os componentes de AC, assim como para verificar o desempenho das crianças com baixa visão nas tarefas que avaliaram o IAC e o RAC. A adaptação dos materiais e a inserção de componentes específicos para a identificação dos comportamentos de AC em crianças DV, foram imprescindíveis para os resultados obtidos. Concluiu-se a tese afirmando que os três estudos contribuíram para a descrição dos componentes da atenção compartilhada em crianças com deficiência visual. A despeito do esforço de decompor analiticamente aspectos da atenção compartilhada entre a criança com deficiência visual e seu cuidador, há que se investir em estudos que detalhem e ampliem os achados destes estudos. A falta de consenso na literatura sobre a os componentes da atenção compartilhada, associada aos problemas de compatibilidade conceitual e metodológica da coleta e análise de dados, limitou o alcance da discussão dos resultados da presente pesquisa. A realização de outras modalidades de análise funcional, suplementares e complementares àquelas aqui efetuadas, poderá indicar novos rumos para se consolidar a identificação dos componentes comportamentais que estabelecem as bases da atenção compartilhada em crianças com deficiência visual
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