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    Otite externa maligna por Pseudomonas aeruginosa: relato de três casos

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    Os autores apresentam três pacientes, de mais de 60 anos de idade, diabéticos de longa data, que tiveram achados clínicos, otológicos, do sistema nervoso e microbiológicos da otite externa maligna por Pseudomonas aeruginosa. O primeiro paciente, mulher de 62 anos de idade, teve na evolução clínica do processo importantes alterações de sistema nervoso, tais como meningite, de cujo LCR foi cultivada Pseudomonas aeruginosa, e envolvimento do 6º, 7º, 8º, 9º e 10º pares cranianos esquerdos; a despeito da alta mortalidade reportada nos casos com essas características, a paciente sobreviveu. O segundo enfermo, que tinha 64 anos e era do sexo masculino, teve também as queixas clássicas da condição caracterizadas por dor de ouvido intensa e persistente, saída de secreção pelo conduto auditivo e tumoração que aflorava pelo meato auditivo externo; recebeu, com bons resultados, tratamento cirúrgico aliado a esquema terapêutico antimicrobiano não realizado por tempo necessário devido à alta hospitalar solicitada pelo paciente; reinternado, já com manifestações de âmbito neurológico (paralisia do reto externo direito), evoluiu em poucos dias para a morte. O terceiro, de 70 anos de idade, também do sexo masculino, iniciou as queixas clínicas após a penetração de uma mariposa no canal auditivo externo e, apesar da presença de distúrbios do sistema nervoso (paralisia facial e torpor), sobreviveu mediante antibioticoterapia (carbenicilina + amicacina) por tempo prolongado. Após revisão da literatura sobre a patologia em apreço, são feitas considerações gerais concernentes à sua patogenia, alterações clínicas, diagnóstico, terapêutica e prognóstico
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