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    AS RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS: IMPLICAÇÕES PARA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PSIQUIÁTRICA NO MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDA – RJ (2005-2009)

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A assistência de enfermagem ao cliente com transtorno mental no Brasil vem, ao longo dos anos, se desenvolvendo e procurando atender as propostas oriundas da Reforma Psiquiátrica, que exige dos profissionais de saúde uma prática contrária àquela iniciada com a psiquiatria tradicional, caracterizada pelo isolamento e pelo tratamento punitivo, voltado para a contenção física e química desses usuários. Seguindo as novas diretrizes propostas pela Lei 10.216/01, que trata da proteção e dos direitos destes usuários, foram implantados em vários municípios no país, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Esses CAPS, criados através da Portaria nº 224/92 do Ministério da Saúde, são dispositivos extra-hospitalares e devem funcionar como articuladores entre os diversos dispositivos da rede de atenção a saúde mental, como: Hospital Geral, Programa Saúde da Família (PSF), Residências Terapêuticas, Instituições de Defesa dos Direito do Usuário, Centros Comunitários; bem como auxiliar na aquisição de benefícios como o Programa De Volta Para Casa. O processo de transformação do modelo de saúde mental em Volta Redonda foi bastante complexo, e pautou-se na intervenção por parte das autoridades municipais, cuja justificativa era de que as instituições deveriam atender os usuários  de maneira resolutiva e buscasse a reinserção social das pessoas com distúrbios mentais. Com apoio da FAPERJ, esta pesquisa apresenta como objeto de estudo a participação do enfermeiro nas “Residências Terapêuticas” para portadores de transtorno mental, no município de Volta Redonda –RJ. OBJETIVOS: Descrever as circunstâncias de criação das Residências Terapêutica; Caracterizar o funcionamento das Residências Terapêuticas e descrever a atuação do enfermeiro junto à Residência Terapêutica. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de cunho histórico-social. As fontes primárias constou de documentos escritos e de seis depoimentos orais. As fontes secundárias abordaram a reforma psiquiátrica, suas implicações para enfermagem e a sociedade, e os estudos de história da enfermagem sobre o tema. Essas fontes foram compostas por dissertações e teses, documentos e livros, localizados no Centro de Estudos de Saúde Mental da CSVR (CESAM), na Biblioteca Setorial da pós-graduação da Escola de Enfermagem Anna Nery/ UFRJ, nos arquivos do Programa de Saúde Mental do município de Volta Redonda, no site do Ministério da Saúde e, artigos indexados na base SciELO. Os achados foram classificados, contextualizados e interpretados à luz da literatura sobre a reforma psiquiátrica e a assistência ao doente mental, o que permitiu a construção de uma versão original sobre a atuação do enfermeiro nas Residências Terapêuticas, no município de Volta Redonda - RJ. Cabe ressaltar que, em cumprimento da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, o presente estudo foi submetido, em 18 de setembro de 2009, ao Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem Anna Nery/ Hospital Escola São Francisco de Assis, sendo aprovado, conforme consta no protocolo nº 058/2009.   RESULTADOS: Baseado nas diretrizes do Ministério da Saúde, foram implantadas três Residências Terapêuticas em Volta Redonda- RJ, cuja finalidade é a moradia de portadores de transtorno mental, egressos ou não de hospital psiquiátrico, com dificuldade de voltar ao convívio familiar ou que não tinham familiares. Essas Residências contam com cuidadores que não possuem nível superior, e, em sua maioria são técnicos de enfermagem. Então, o enfermeiro atua indiretamente nesse cenário, ou seja, através dos CAPS e do PSF. Nos CAPS, o atendimento é mais centrado na doença psiquiátrica, sendo o tratamento individualizado. Além disso, são feitas oficinas com grupos de usuários, para desenvolver suas capacidades no sentido de gerar mais autonomia. Nesse contexto, a participação do enfermeiro se faz presente e cria-se um vínculo de confiança entre o profissional e o usuário, e, deste, com o serviço. Já no PSF, situado em Unidades Básicas de Saúde, o atendimento é voltado para as questões clínicas, de doenças agudas ou crônicas, sem, necessariamente, que estas estejam vinculadas à doença psiquiátrica, ou seja, atendimento ambulatorial de rotina para prevenção de doenças e/ou agravos e promoção da saúde. As Residências Terapêuticas contam também com visitas domiciliares de agentes de saúde e do enfermeiro, mensalmente, ou, de acordo com a necessidade da Residência, mas priorizou-se que o usuário fosse ate a unidade para ser atendido, pois o atendimento feito pela equipe do PSF não confere prioridade aos usuários das Residências Terapêuticas por suas patologias psiquiátricas, todos são atendidos igualmente dentro da área de abrangência de cada equipe.   CONCLUSÃO: O fato de um portador de transtorno mental habitar uma casa, sem conotação hospitalar, desvincula a imagem de que o mesmo precisa viver isolado da sociedade e tornou possível a prática de seus direitos e deveres, respaldados por lei, como um cidadão comum. A Residência Terapêutica é vista como um lar, onde a autonomia do usuário é estimulada para realizar ações do cotidiano de uma casa normal e, assim, pôde-se favorecer a reaproximação com alguns familiares e com a sociedade. A participação do enfermeiro junto as RT se dá através dos CAPS e do PSF. Para a ressocialização com a família e a reinserção do usuário na sociedade, é fundamental o suporte dado pelo profissional enfermeiro do CAPS.   REFERÊNCIAS: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde/DAPE. Residencias Terapeuticas: o que são, para que servem. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.DAPE. Coordenação Geral de Saúde Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Documento apresentado à Conferência Regional deReforma dos Serviços de Saúde Mental : 15 anos depois de Caracas. OPAS. Brasília, novembro de 2005.Castro H. História Social. In Cardoso CF; Vainfas R (orgs.). Domínios da História. Ensaios de Teoria e Metodologia. Rio de Janeiro. Ed. Campos, 1997.Moraes AEC. Casa de Saúde Volta Redonda como lócus de implantação da Reforma Psiquiátrica no município de Volta Redonda: a participação da enfermagem (1993 – 1995). [dissertação de mestrado]. Rio de Janeiro (RJ): Escola de Enfermagem Anna Nery/ UFRJ; 2008.Schrank G, Olschowsky A. O centro de atenção psicossocial e as estratégias para inserção da família. Rev Esc Enferm USP. 2008; 42(1): 127-34      [1] Acadêmica de Enfermagem da Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Bolsista de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ. Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”. [2] Enfermeiro. Professor Adjunto III do Departamento de Enfermagem Fundamental da EEAN/ UFRJ. Professor Permanente do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da EEAN/ UFRJ. Pesquisador do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira (Nuphebras). Líder do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”. E-mail: [email protected] 3 Mestre em Enfermagem pela EEAN/ UFRJ/Brasil. Enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde do município de Volta Redonda – RJ. Membro do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira (Nuphebras). Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”                                                                                                                                         4 Enfermeira. Professor assciado do Departamento de Enfermagem Fundamental da EEAN/ UFRJ. Professora Permanente do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da EEAN/ UFRJ. Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira (Nuphebras). Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”.   &nbsp

    BRINCA QUE MELHORA: UMA TRAJETÓRIA DE HUMANIZAÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE PELA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DA UFRJ- CAMPUS MACAÉ

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    O projeto Brinca que Melhora surgiu em 2012, por iniciativa discente, no campus UFRJ Macaé professor Aloísio Teixeira, contando com 5 voluntários dos cursos de Enfermagem e Obstetrícia, Medicina e Nutrição, orientados pela professora Leila Brito Bergold, do curso de Enfermagem e Obstetrícia. Inicialmente, o projeto teve como principal objetivo a humanização da assistência hospitalar em saúde, através do lúdico, que ocorria em uma unidade de internação pediátrica do município de Macaé. Os alunos foram preparados através de um treinamento, o qual contou com estudo teórico e atividades práticas, tendo como alvo o desenvolvimento de atividades lúdicas. Além disso, desde o princípio, o projeto trabalha com educação em saúde, através de peças teatrais com assuntos ligados à saúde, que são apresentadas em escolas municipais e em diversos eventos ligados ou não à UFRJ. Em 2013, por iniciativa dos discentes, o projeto passou a atuar em instituições de longa permanência para idosos (ILPI´s), que contam com poucas atividades, e foi identificado a necessidade de atuação do projeto, para atender a demanda dos idosos das instituições, e houve o ingresso da professora Gizele Martins, do curso de Enfermagem e Obstetrícia. Durante os cinco anos, apareceram dificuldades, como: horário livre dos discentes, poucas publicações sobre práticas lúdicas utilizadas em cenários de saúde; necessidade de maior criatividade para seleção de novas atividades para atender grupos que estão em constante transformação - crianças com acesso direto a dispositivos eletrônicos e idosos em declínio cognitivo e/ou motor-; treinamento de alunos de cursos que não têm nenhum tipo de experiência em ambiente hospitalar ou qualquer outro dispositivo de saúde. Apesar disso, houve permanente supervisão pelas professoras, discussões em grupos e as dificuldades foram enfrentadas com êxito. Atualmente, o grupo conta com 20 participantes, sendo 4 bolsistas e 16 voluntários, de diversos cursos, que fazem em um trabalho semanal na ala pediátrica de um hospital geral e em duas instituições de longa permanência para idosos (ILPI’s). As contribuições para a saúde dos participantes são várias, que inclusive geraram temas para pesquisas de trabalhos de conclusão de curso. Os alunos referem sentirem-se mais completos e mais humanos, participando de um projeto que oferece uma possibilidade real de afeto e de aproximação entre as pessoas com um objetivo de promover saúde. Em relação aos profissionais das unidades de saúde, percebeu-se que muitos mudaram sua perspectiva acerca da forma do cuidado, apresentaram-se mais pacientes e bem-humorados durante a realização das atividades. Quanto às instituições, foram estabelecidos bons vínculos e o trabalho do grupo é sempre elogiado e aguardado. Assim,  foi possível inferir que a extensão universitária, através deste projeto, ofereceu aos alunos vivenciar atividades de humanização, que podem favorece-lo como futuro profissional e, como cidadão, que terá um olhar diferenciado para as pessoas e o cuidado com elas. O que se pretende para o futuro é que haja cada vez mais pessoas interessadas em participar e colaborar com este projeto, a fim de que ele permaneça levando saúde com bom humor às pessoas. Palavras-chave:  lúdico; promoção da saúde; extensão universitári

    As residências terapêuticas: Implicações para assistência de enfermagem psiquiátrica no município de volta redonda – rj (2005-2009)

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     Gizele da Conceição Soares Martins[1] Antonio José de Almeida Filho [2] Ana Emilia Cardoso Moraes 3  Tânia Cristina Franco Santos 4   FAPERJ Descritores: Enfermagem, História da Enfermagem, Enfermagem Psiquiátrica   INTRODUÇÃO: O processo de implantação da reforma Psiquiátrica em Volta Redonda vem sendo investigado pelo Grupo de Pesquisa cadastrado no CNPq, intitulado "Trajetória do Cuidado de Enfermagem em espaços especializados". A assistência de enfermagem ao cliente com transtorno mental no Brasil vem, ao longo dos anos, se desenvolvendo e procurando atender as propostas oriundas da Reforma Psiquiátrica, que exige dos profissionais de saúde uma prática contrária àquela iniciada com a psiquiatria tradicional, caracterizada pelo isolamento e pelo tratamento punitivo, voltado para a contenção física e química desses usuários. Seguindo as novas diretrizes propostas pela Lei 10.216/01, que trata da proteção e dos direitos destes usuários, foram implantados em vários municípios no país, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Esses CAPS, criados através da Portaria nº 224/92 do Ministério da Saúde, são dispositivos extra-hospitalares e devem funcionar como articuladores entre os diversos dispositivos da rede de atenção a saúde mental, como: Hospital Geral, Programa Saúde da Família (PSF), Residências Terapêuticas, Instituições de Defesa dos Direito do Usuário, Centros Comunitários; bem como auxiliar na aquisição de benefícios como o Programa De Volta Para Casa. O processo de transformação do modelo de saúde mental em Volta Redonda foi bastante complexo, e pautou-se na intervenção por parte das autoridades municipais, cuja justificativa era de que as instituições deveriam atender os usuários  de maneira resolutiva e buscasse a reinserção social das pessoas com distúrbios mentais. Com apoio da FAPERJ, esta pesquisa apresenta como objeto de estudo a participação do enfermeiro nas “Residências Terapêuticas” para portadores de transtorno mental, no município de Volta Redonda –RJ. OBJETIVOS: Descrever as circunstâncias de criação das Residências Terapêutica; Caracterizar o funcionamento das Residências Terapêuticas e descrever a atuação do enfermeiro junto à Residência Terapêutica. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de cunho histórico-social. As fontes primárias constou de documentos escritos e de seis depoimentos orais. As fontes secundárias abordaram a reforma psiquiátrica, suas implicações para enfermagem e a sociedade, e os estudos de história da enfermagem sobre o tema. Essas fontes foram compostas por dissertações e teses, documentos e livros, localizados no Centro de Estudos de Saúde Mental da CSVR (CESAM), na Biblioteca Setorial da pós-graduação da Escola de Enfermagem Anna Nery/ UFRJ, nos arquivos do Programa de Saúde Mental do município de Volta Redonda, no site do Ministério da Saúde e, artigos indexados na base SciELO. Os achados foram classificados, contextualizados e interpretados à luz da literatura sobre a reforma psiquiátrica e a assistência ao doente mental, o que permitiu a construção de uma versão original sobre a atuação do enfermeiro nas Residências Terapêuticas, no município de Volta Redonda - RJ. Cabe ressaltar que, em cumprimento da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, o presente estudo foi submetido, em 18 de setembro de 2009, ao Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem Anna Nery/ Hospital Escola São Francisco de Assis, sendo aprovado, conforme consta no protocolo nº 058/2009.   RESULTADOS: Baseado nas diretrizes do Ministério da Saúde, foram implantadas três Residências Terapêuticas em Volta Redonda- RJ, cuja finalidade é a moradia de portadores de transtorno mental, egressos ou não de hospital psiquiátrico, com dificuldade de voltar ao convívio familiar ou que não tinham familiares. Essas Residências contam com cuidadores que não possuem nível superior, e, em sua maioria são técnicos de enfermagem. Então, o enfermeiro atua indiretamente nesse cenário, ou seja, através dos CAPS e do PSF. Nos CAPS, o atendimento é mais centrado na doença psiquiátrica, sendo o tratamento individualizado. Além disso, são feitas oficinas com grupos de usuários, para desenvolver suas capacidades no sentido de gerar mais autonomia. Nesse contexto, a participação do enfermeiro se faz presente e cria-se um vínculo de confiança entre o profissional e o usuário, e, deste, com o serviço. Já no PSF, situado em Unidades Básicas de Saúde, o atendimento é voltado para as questões clínicas, de doenças agudas ou crônicas, sem, necessariamente, que estas estejam vinculadas à doença psiquiátrica, ou seja, atendimento ambulatorial de rotina para prevenção de doenças e/ou agravos e promoção da saúde. As Residências Terapêuticas contam também com visitas domiciliares de agentes de saúde e do enfermeiro, mensalmente, ou, de acordo com a necessidade da Residência, mas priorizou-se que o usuário fosse ate a unidade para ser atendido, pois o atendimento feito pela equipe do PSF não confere prioridade aos usuários das Residências Terapêuticas por suas patologias psiquiátricas, todos são atendidos igualmente dentro da área de abrangência de cada equipe.   CONCLUSÃO: O fato de um portador de transtorno mental habitar uma casa, sem conotação hospitalar, desvincula a imagem de que o mesmo precisa viver isolado da sociedade e tornou possível a prática de seus direitos e deveres, respaldados por lei, como um cidadão comum. A Residência Terapêutica é vista como um lar, onde a autonomia do usuário é estimulada para realizar ações do cotidiano de uma casa normal e, assim, pôde-se favorecer a reaproximação com alguns familiares e com a sociedade. A participação do enfermeiro junto as RT se dá através dos CAPS e do PSF. Para a ressocialização com a família e a reinserção do usuário na sociedade, é fundamental o suporte dado pelo profissional enfermeiro do CAPS.   REFERÊNCIAS: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde/DAPE. Residencias Terapeuticas: o que são, para que servem. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.DAPE. Coordenação Geral de Saúde Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Documento apresentado à Conferência Regional deReforma dos Serviços de Saúde Mental : 15 anos depois de Caracas. OPAS. Brasília, novembro de 2005.Castro H. História Social. In Cardoso CF; Vainfas R (orgs.). Domínios da História. Ensaios de Teoria e Metodologia. Rio de Janeiro. Ed. Campos, 1997.Moraes AEC. Casa de Saúde Volta Redonda como lócus de implantação da Reforma Psiquiátrica no município de Volta Redonda: a participação da enfermagem (1993 – 1995). [dissertação de mestrado]. Rio de Janeiro (RJ): Escola de Enfermagem Anna Nery/ UFRJ; 2008.Schrank G, Olschowsky A. O centro de atenção psicossocial e as estratégias para inserção da família. Rev Esc Enferm USP. 2008; 42(1): 127-34      [1] Acadêmica de Enfermagem da Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Bolsista de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ. Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”. [2] Enfermeiro. Professor Adjunto III do Departamento de Enfermagem Fundamental da EEAN/ UFRJ. Professor Permanente do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da EEAN/ UFRJ. Pesquisador do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira (Nuphebras). Líder do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”. E-mail: [email protected] 3 Mestre em Enfermagem pela EEAN/ UFRJ/Brasil. Enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde do município de Volta Redonda – RJ. Membro do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira (Nuphebras). Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”                                                                                                                                         4 Enfermeira. Professor assciado do Departamento de Enfermagem Fundamental da EEAN/ UFRJ. Professora Permanente do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da EEAN/ UFRJ. Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira (Nuphebras). Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”.  

    AS RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS: IMPLICAÇÕES PARA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PSIQUIÁTRICA NO MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDA – RJ (2005-2009)

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     Gizele da Conceição Soares Martins[1] Antonio José de Almeida Filho [2] Ana Emilia Cardoso Moraes 3  Tânia Cristina Franco Santos 4   FAPERJ Descritores: Enfermagem, História da Enfermagem, Enfermagem Psiquiátrica   INTRODUÇÃO: O processo de implantação da reforma Psiquiátrica em Volta Redonda vem sendo investigado pelo Grupo de Pesquisa cadastrado no CNPq, intitulado "Trajetória do Cuidado de Enfermagem em espaços especializados". A assistência de enfermagem ao cliente com transtorno mental no Brasil vem, ao longo dos anos, se desenvolvendo e procurando atender as propostas oriundas da Reforma Psiquiátrica, que exige dos profissionais de saúde uma prática contrária àquela iniciada com a psiquiatria tradicional, caracterizada pelo isolamento e pelo tratamento punitivo, voltado para a contenção física e química desses usuários. Seguindo as novas diretrizes propostas pela Lei 10.216/01, que trata da proteção e dos direitos destes usuários, foram implantados em vários municípios no país, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Esses CAPS, criados através da Portaria nº 224/92 do Ministério da Saúde, são dispositivos extra-hospitalares e devem funcionar como articuladores entre os diversos dispositivos da rede de atenção a saúde mental, como: Hospital Geral, Programa Saúde da Família (PSF), Residências Terapêuticas, Instituições de Defesa dos Direito do Usuário, Centros Comunitários; bem como auxiliar na aquisição de benefícios como o Programa De Volta Para Casa. O processo de transformação do modelo de saúde mental em Volta Redonda foi bastante complexo, e pautou-se na intervenção por parte das autoridades municipais, cuja justificativa era de que as instituições deveriam atender os usuários  de maneira resolutiva e buscasse a reinserção social das pessoas com distúrbios mentais. Com apoio da FAPERJ, esta pesquisa apresenta como objeto de estudo a participação do enfermeiro nas “Residências Terapêuticas” para portadores de transtorno mental, no município de Volta Redonda –RJ. OBJETIVOS: Descrever as circunstâncias de criação das Residências Terapêutica; Caracterizar o funcionamento das Residências Terapêuticas e descrever a atuação do enfermeiro junto à Residência Terapêutica. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de cunho histórico-social. As fontes primárias constou de documentos escritos e de seis depoimentos orais. As fontes secundárias abordaram a reforma psiquiátrica, suas implicações para enfermagem e a sociedade, e os estudos de história da enfermagem sobre o tema. Essas fontes foram compostas por dissertações e teses, documentos e livros, localizados no Centro de Estudos de Saúde Mental da CSVR (CESAM), na Biblioteca Setorial da pós-graduação da Escola de Enfermagem Anna Nery/ UFRJ, nos arquivos do Programa de Saúde Mental do município de Volta Redonda, no site do Ministério da Saúde e, artigos indexados na base SciELO. Os achados foram classificados, contextualizados e interpretados à luz da literatura sobre a reforma psiquiátrica e a assistência ao doente mental, o que permitiu a construção de uma versão original sobre a atuação do enfermeiro nas Residências Terapêuticas, no município de Volta Redonda - RJ. Cabe ressaltar que, em cumprimento da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, o presente estudo foi submetido, em 18 de setembro de 2009, ao Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem Anna Nery/ Hospital Escola São Francisco de Assis, sendo aprovado, conforme consta no protocolo nº 058/2009.   RESULTADOS: Baseado nas diretrizes do Ministério da Saúde, foram implantadas três Residências Terapêuticas em Volta Redonda- RJ, cuja finalidade é a moradia de portadores de transtorno mental, egressos ou não de hospital psiquiátrico, com dificuldade de voltar ao convívio familiar ou que não tinham familiares. Essas Residências contam com cuidadores que não possuem nível superior, e, em sua maioria são técnicos de enfermagem. Então, o enfermeiro atua indiretamente nesse cenário, ou seja, através dos CAPS e do PSF. Nos CAPS, o atendimento é mais centrado na doença psiquiátrica, sendo o tratamento individualizado. Além disso, são feitas oficinas com grupos de usuários, para desenvolver suas capacidades no sentido de gerar mais autonomia. Nesse contexto, a participação do enfermeiro se faz presente e cria-se um vínculo de confiança entre o profissional e o usuário, e, deste, com o serviço. Já no PSF, situado em Unidades Básicas de Saúde, o atendimento é voltado para as questões clínicas, de doenças agudas ou crônicas, sem, necessariamente, que estas estejam vinculadas à doença psiquiátrica, ou seja, atendimento ambulatorial de rotina para prevenção de doenças e/ou agravos e promoção da saúde. As Residências Terapêuticas contam também com visitas domiciliares de agentes de saúde e do enfermeiro, mensalmente, ou, de acordo com a necessidade da Residência, mas priorizou-se que o usuário fosse ate a unidade para ser atendido, pois o atendimento feito pela equipe do PSF não confere prioridade aos usuários das Residências Terapêuticas por suas patologias psiquiátricas, todos são atendidos igualmente dentro da área de abrangência de cada equipe.   CONCLUSÃO: O fato de um portador de transtorno mental habitar uma casa, sem conotação hospitalar, desvincula a imagem de que o mesmo precisa viver isolado da sociedade e tornou possível a prática de seus direitos e deveres, respaldados por lei, como um cidadão comum. A Residência Terapêutica é vista como um lar, onde a autonomia do usuário é estimulada para realizar ações do cotidiano de uma casa normal e, assim, pôde-se favorecer a reaproximação com alguns familiares e com a sociedade. A participação do enfermeiro junto as RT se dá através dos CAPS e do PSF. Para a ressocialização com a família e a reinserção do usuário na sociedade, é fundamental o suporte dado pelo profissional enfermeiro do CAPS.   REFERÊNCIAS: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde/DAPE. Residencias Terapeuticas: o que são, para que servem. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.DAPE. Coordenação Geral de Saúde Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Documento apresentado à Conferência Regional deReforma dos Serviços de Saúde Mental : 15 anos depois de Caracas. OPAS. Brasília, novembro de 2005. Castro H. História Social. In Cardoso CF; Vainfas R (orgs.). Domínios da História. Ensaios de Teoria e Metodologia. Rio de Janeiro. Ed. Campos, 1997. Moraes AEC. Casa de Saúde Volta Redonda como lócus de implantação da Reforma Psiquiátrica no município de Volta Redonda: a participação da enfermagem (1993 – 1995). [dissertação de mestrado]. Rio de Janeiro (RJ): Escola de Enfermagem Anna Nery/ UFRJ; 2008. Schrank G, Olschowsky A. O centro de atenção psicossocial e as estratégias para inserção da família. Rev Esc Enferm USP. 2008; 42(1): 127-34       [1] Acadêmica de Enfermagem da Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Bolsista de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ. Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”. [2] Enfermeiro. Professor Adjunto III do Departamento de Enfermagem Fundamental da EEAN/ UFRJ. Professor Permanente do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da EEAN/ UFRJ. Pesquisador do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira (Nuphebras). Líder do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”. E-mail: [email protected] 3 Mestre em Enfermagem pela EEAN/ UFRJ/Brasil. Enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde do município de Volta Redonda – RJ. Membro do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira (Nuphebras). Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”                                                                                                                                         4 Enfermeira. Professor assciado do Departamento de Enfermagem Fundamental da EEAN/ UFRJ. Professora Permanente do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da EEAN/ UFRJ. Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira (Nuphebras). Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”.  

    AS RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS: IMPLICAÇÕES PARA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PSIQUIÁTRICA NO MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDA – RJ (2005-2009)

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     Gizele da Conceição Soares Martins[1] Antonio José de Almeida Filho [2] Ana Emilia Cardoso Moraes 3  Tânia Cristina Franco Santos 4   FAPERJ Descritores: Enfermagem, História da Enfermagem, Enfermagem Psiquiátrica   INTRODUÇÃO: O processo de implantação da reforma Psiquiátrica em Volta Redonda vem sendo investigado pelo Grupo de Pesquisa cadastrado no CNPq, intitulado "Trajetória do Cuidado de Enfermagem em espaços especializados". A assistência de enfermagem ao cliente com transtorno mental no Brasil vem, ao longo dos anos, se desenvolvendo e procurando atender as propostas oriundas da Reforma Psiquiátrica, que exige dos profissionais de saúde uma prática contrária àquela iniciada com a psiquiatria tradicional, caracterizada pelo isolamento e pelo tratamento punitivo, voltado para a contenção física e química desses usuários. Seguindo as novas diretrizes propostas pela Lei 10.216/01, que trata da proteção e dos direitos destes usuários, foram implantados em vários municípios no país, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Esses CAPS, criados através da Portaria nº 224/92 do Ministério da Saúde, são dispositivos extra-hospitalares e devem funcionar como articuladores entre os diversos dispositivos da rede de atenção a saúde mental, como: Hospital Geral, Programa Saúde da Família (PSF), Residências Terapêuticas, Instituições de Defesa dos Direito do Usuário, Centros Comunitários; bem como auxiliar na aquisição de benefícios como o Programa De Volta Para Casa. O processo de transformação do modelo de saúde mental em Volta Redonda foi bastante complexo, e pautou-se na intervenção por parte das autoridades municipais, cuja justificativa era de que as instituições deveriam atender os usuários  de maneira resolutiva e buscasse a reinserção social das pessoas com distúrbios mentais. Com apoio da FAPERJ, esta pesquisa apresenta como objeto de estudo a participação do enfermeiro nas “Residências Terapêuticas” para portadores de transtorno mental, no município de Volta Redonda –RJ. OBJETIVOS: Descrever as circunstâncias de criação das Residências Terapêutica; Caracterizar o funcionamento das Residências Terapêuticas e descrever a atuação do enfermeiro junto à Residência Terapêutica. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de cunho histórico-social. As fontes primárias constou de documentos escritos e de seis depoimentos orais. As fontes secundárias abordaram a reforma psiquiátrica, suas implicações para enfermagem e a sociedade, e os estudos de história da enfermagem sobre o tema. Essas fontes foram compostas por dissertações e teses, documentos e livros, localizados no Centro de Estudos de Saúde Mental da CSVR (CESAM), na Biblioteca Setorial da pós-graduação da Escola de Enfermagem Anna Nery/ UFRJ, nos arquivos do Programa de Saúde Mental do município de Volta Redonda, no site do Ministério da Saúde e, artigos indexados na base SciELO. Os achados foram classificados, contextualizados e interpretados à luz da literatura sobre a reforma psiquiátrica e a assistência ao doente mental, o que permitiu a construção de uma versão original sobre a atuação do enfermeiro nas Residências Terapêuticas, no município de Volta Redonda - RJ. Cabe ressaltar que, em cumprimento da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, o presente estudo foi submetido, em 18 de setembro de 2009, ao Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem Anna Nery/ Hospital Escola São Francisco de Assis, sendo aprovado, conforme consta no protocolo nº 058/2009.   RESULTADOS: Baseado nas diretrizes do Ministério da Saúde, foram implantadas três Residências Terapêuticas em Volta Redonda- RJ, cuja finalidade é a moradia de portadores de transtorno mental, egressos ou não de hospital psiquiátrico, com dificuldade de voltar ao convívio familiar ou que não tinham familiares. Essas Residências contam com cuidadores que não possuem nível superior, e, em sua maioria são técnicos de enfermagem. Então, o enfermeiro atua indiretamente nesse cenário, ou seja, através dos CAPS e do PSF. Nos CAPS, o atendimento é mais centrado na doença psiquiátrica, sendo o tratamento individualizado. Além disso, são feitas oficinas com grupos de usuários, para desenvolver suas capacidades no sentido de gerar mais autonomia. Nesse contexto, a participação do enfermeiro se faz presente e cria-se um vínculo de confiança entre o profissional e o usuário, e, deste, com o serviço. Já no PSF, situado em Unidades Básicas de Saúde, o atendimento é voltado para as questões clínicas, de doenças agudas ou crônicas, sem, necessariamente, que estas estejam vinculadas à doença psiquiátrica, ou seja, atendimento ambulatorial de rotina para prevenção de doenças e/ou agravos e promoção da saúde. As Residências Terapêuticas contam também com visitas domiciliares de agentes de saúde e do enfermeiro, mensalmente, ou, de acordo com a necessidade da Residência, mas priorizou-se que o usuário fosse ate a unidade para ser atendido, pois o atendimento feito pela equipe do PSF não confere prioridade aos usuários das Residências Terapêuticas por suas patologias psiquiátricas, todos são atendidos igualmente dentro da área de abrangência de cada equipe.   CONCLUSÃO: O fato de um portador de transtorno mental habitar uma casa, sem conotação hospitalar, desvincula a imagem de que o mesmo precisa viver isolado da sociedade e tornou possível a prática de seus direitos e deveres, respaldados por lei, como um cidadão comum. A Residência Terapêutica é vista como um lar, onde a autonomia do usuário é estimulada para realizar ações do cotidiano de uma casa normal e, assim, pôde-se favorecer a reaproximação com alguns familiares e com a sociedade. A participação do enfermeiro junto as RT se dá através dos CAPS e do PSF. Para a ressocialização com a família e a reinserção do usuário na sociedade, é fundamental o suporte dado pelo profissional enfermeiro do CAPS.   REFERÊNCIAS: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde/DAPE. Residencias Terapeuticas: o que são, para que servem. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.DAPE. Coordenação Geral de Saúde Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Documento apresentado à Conferência Regional deReforma dos Serviços de Saúde Mental : 15 anos depois de Caracas. OPAS. Brasília, novembro de 2005. Castro H. História Social. In Cardoso CF; Vainfas R (orgs.). Domínios da História. Ensaios de Teoria e Metodologia. Rio de Janeiro. Ed. Campos, 1997. Moraes AEC. Casa de Saúde Volta Redonda como lócus de implantação da Reforma Psiquiátrica no município de Volta Redonda: a participação da enfermagem (1993 – 1995). [dissertação de mestrado]. Rio de Janeiro (RJ): Escola de Enfermagem Anna Nery/ UFRJ; 2008. Schrank G, Olschowsky A. O centro de atenção psicossocial e as estratégias para inserção da família. Rev Esc Enferm USP. 2008; 42(1): 127-34       [1] Acadêmica de Enfermagem da Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Bolsista de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ. Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”. [2] Enfermeiro. Professor Adjunto III do Departamento de Enfermagem Fundamental da EEAN/ UFRJ. Professor Permanente do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da EEAN/ UFRJ. Pesquisador do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira (Nuphebras). Líder do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”. E-mail: [email protected] 3 Mestre em Enfermagem pela EEAN/ UFRJ/Brasil. Enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde do município de Volta Redonda – RJ. Membro do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira (Nuphebras). Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”                                                                                                                                         4 Enfermeira. Professor assciado do Departamento de Enfermagem Fundamental da EEAN/ UFRJ. Professora Permanente do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da EEAN/ UFRJ. Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira (Nuphebras). Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”.  

    ATUALIZAÇÃO DO HABITUS PROFISSIONAL DOS ENFERMEIROS DO INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (1980-1990)

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    Estudio histórico y social, que objetivó caracterizar las áreas de actuación de los enfermeros de Instituto Nacional del Cáncer, donde hubo la necesidad de incorporar nuevos conocimientos en oncología y discutir las ganancias simbólicas para los enfermeros. Las fuentes primarias fueron documentos escritos y orales, analizados según los conceptos de habitus y capital científico de Pierre Bourdieu. Se evidenció que en la que década de 1980, la posición de Instituto en el campo de la asistencia al cáncer en Brasil, ha contribuido para que los enfermeros incorporasen nuevos conocimientos en las áreas de cirugía oncológica, oncología clínica y trasplante de Medula Ósea. Las competencias y procedimientos de enfermería fueron reorganizados y nuevas rutinas de atendimiento al paciente fueron estructuradas. Se concluye que las estrategias para la ocupación de este espacio se desarrollaron a través del compartimiento del conocimiento científico, con visibilidad de capital científico en el campo de la Oncología yAsistencia altamente especializada, obteniendo reconocimiento nacional

    Dispositivos extra-hospitalares que apoiam as Residências Terapêuticas para utentes com transtorno mental em Volta Redonda/Rio de Janeiro (2005 - 2009) Dispositivos extra hospitalarios que apoyan a las Residencias Teurapéuticas para los usuarios con trastornos mentales en Volta Redonda - Rio de Janeiro (2005-2009) Non-hospital arrangements that support therapeutic homes for users with mental disorders in Volta Redonda - Rio de Janeiro (2005-2009)

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    Trata-se de um estudo qualitativo com abordagem histórico-social. Os seus objetivos são caracterizar a rede extra-hospitalar em saúde mental em Volta Redonda - RJ; e analisar a importância da rede extra-hospitalar para o funcionamento das Residências Terapêuticas. As fontes primárias foram compostas por documentos escritos e 4 entrevistas. Os dados foram organizados, classificados e analisados conforme o método histórico. Foram criadas em 2009, em caráter emergencial, três Residências Terapêuticas. Apesar de estas possuírem características diferentes de moradias comuns, a sua finalidade é que se assemelhem a um lar. Á época, o município contava com uma rede de atenção extra-hospitalar composta por vários dispositivos que davam suporte às Residências. Cabe ressaltar que o atendimento em tais dispositivos não era privilegiado em virtude da doença mental. Portanto, buscou-se o resgate da cidadania dos usuários através da reinserção social. A articulação entre os dispositivos da rede de saúde mental era incipiente, contudo priorizou-se a qualidade de vida dos utentes e a reabilitação psicossocial. Assim, o profissional enfermeiro atuou através das visitas domiciliares oferecidas por esses serviços, possibilitou o desenvolvimento de práticas inovadoras, contribuiu para a construção de novos saberes no campo da saúde mental e buscou o cuidado do usuário de forma integral.Se trata de un estudio cualitativo de enfoque histórico-social. Sus objetivos son caracterizar la red extra hospitalaria de atención a la salud mental en Volta Redonda - RJ, y analizar la importancia de dicha red para el funcionamiento de las residencias terapéuticas. Documentos escritos y cuatro entrevistas constituyeron las fuentes primarias del estudio. Los datos se organizaron, clasificaron y analizaron por medio del método histórico. En 2009 fueron creadas, con carácter de urgencia, tres residencias terapéuticas. Pese a que éstas presentaban características diferentes con respecto a las viviendas comunes, su propósito era asemejarse a un hogar. En aquel entonces, el municipio contaba con una red de atención extra hospitalaria compuesta por diversos dispositivos que daban apoyo a las residencias. Cabe destacar que la asistencia en estas instituciones no era privilegiada en virtud de la enfermedad mental. Por lo tanto, se intentó rescatar la ciudadanía de sus usuarios mediante su reinserción social. Aunque la articulación entre los dispositivos de la red de atención a la salud mental fuese incipiente, se dio prioridad a la calidad de vida de los usuarios y a su rehabilitación psicosocial. Por ello, el enfermero actúo por medio de visitas a domicilio, ofrecidas por estos servicios, permitiendo así el desarrollo de prácticas innovadoras que han contribuido a la producción de nuevos conocimientos en el campo de la salud mental que procura ofrecer una atención al usuario de forma integral.This is a qualitative study with a social historical approach. The objectives are to describe the non-hospital network in mental health care in Volta Redonda - RJ, and to analyze the importance of the non-hospital network for the functioning of the therapeutic residences. The primary sources were composed of written documents and four interviews. The data were organized, classified and analyzed according to the historical method. Three therapeutic residences were created in 2009 as an emergency measure. Although these have different characteristics from normal houses, the purpose is to resemble a home. At the time, the city had a non-hospital care network composed of various arrangements that supported the residences. Note that attendance at such facilities was not exclusively for those with mental illness. Therefore, we attempted to safeguard the citizenship of users through social reintegration. The link between the mental health network arrangements was just at the beginning; however, the quality of life of users and psychosocial rehabilitation were prioritized. Thus, the professional nurse worked through home visits offered by such services, which enabled the development of innovative practices, contributed to the construction of new knowledge in the field of mental health care and to carefully for users

    Efeitos simbólicos capitalizados pelos enfermeiros do Instituto Nacional de Câncer no Brasil (1980 – 1990)

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    RESUMO Objetivo: descrever as estratégias dos enfermeiros do Instituto Nacional de Câncer para divulgação do seu capital científico e discutir os efeitos simbólicos capitalizados no campo da oncologia na década de 1980. Método: estudo histórico-social, cujas fontes primárias constituíram-se de documentos escritos e depoimentos orais e, as secundárias, de artigos e livros sobre o tema, fundamentado com os conceitos de capital científico e habitus do sociólogo francês Pierre Bourdieu. Resultados: evidenciou-se a efetiva atuação do enfermeiro desse Instituto nas políticas de prevenção e controle do câncer e das estratégias utilizadas no ensino de enfermagem em oncologia no curso de graduação. Concluiu-se que a Enfermagem destacou-se, nesse contexto, através da difusão do seu capital científico, como participante da construção de um campo científico da Enfermagem oncológica no Brasil, com destaque à ocupação de alguns espaços sociais importantes
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