Apneia do sono e Hipertensão Arterial Sistêmica: revisão sistemática

A síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) é uma condição altamente prevalente, porém ainda subdiagnosticada na população em geral. Entre os indivíduos com hipertensão arterial sistêmica (HAS), a SAOS é encontrada em mais de um terço dos casos. Evidências cada vez mais robustas indicam que a SAOS e a HAS frequentemente coexistem, não apenas devido a fatores de risco compartilhados, como obesidade, sedentarismo e idade avançada, mas também porque a SAOS contribui para o desenvolvimento da HAS. A SAOS provoca alterações hemodinâmicas e metabólicas não apenas durante o sono, mas também ao longo das 24 horas do dia. Essas alterações fisiopatológicas estão relacionadas a mecanismos complexos, incluindo aumento da atividade simpática, inflamação sistêmica e disfunção endotelial. A interação entre a SAOS e a HAS resulta em um aumento do risco cardiovascular e pior prognóstico para os pacientes afetados. Neste breve resumo, discutiremos os princípios fisiopatológicos envolvidos na síndrome da apneia obstrutiva do sono e sua relação com a hipertensão arterial sistêmica. Além disso, serão abordadas as peculiaridades do tratamento, com base nas evidências mais recentes provenientes de estudos clínicos. O objetivo é fornecer uma visão geral dos mecanismos subjacentes e das estratégias terapêuticas mais atualizadas para essa coexistência de condições clínicas, a fim de melhorar o diagnóstico, o manejo integrado e a prevenção dessas doenças