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    A importância do Programa Mais Médicos à saúde mental: revisão de literatura

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    O Programa Mais Médicos surge como medida provisória em julho de 2013 e, em outubro do mesmo ano, é promulgado pela lei n° 12.871. Humanizador e centrado na atenção básica, o programa foi instituído em três eixos: provimento emergencial de médicos, investimento nas unidades básicas de saúde e mudanças na formação médica para focar mais no indivíduo e menos na patologia. Objetivou-se, neste trabalho, avaliar os principais impactos do PMM na Saúde Mental, tanto no provimento emergencial quanto na formação médica. Foi realizada uma revisão integrativa através do string de busca “’Programa Mais Médicos’ AND ‘Saúde Mental’” nos bancos de dados LILACS, SCIELO e BVS, retornando 3, 10 e 15 artigos, respectivamente. Foram lidos os títulos e resumos, excluindo duplicatas, artigos pagos ou incompletos e aqueles que não correspondessem ao período de 2015-2020, restando apenas 10 trabalhos. Esses foram lidos completamente e excluídos aqueles não pertinentes ao assunto, resultando em 4 artigos como referência. No campo do provimento emergencial, percebe-se o grande impacto do PMM tanto na redução de consultas quanto no uso de psicotrópicos. Por meio da Educação Popular, os médicos do programa aplicaram encontros para escuta das demandas da comunidade, utilizando o método centrado no indivíduo e não na patologia, fortalecendo a saúde mental das pessoas envolvidas. Também houve avanço na formação médica pós implementação do programa: antes as psicopatologias eram fundamentadas em tabus e subjetivismo e, agora, orientam a academia no entendimento da saúde mental como centralizadora do processo, sendo prioridade tanto na formação quanto na prática clínica. Conclui-se que houve avanço no cuidado à saúde mental com o PMM, através do fortalecimento do indivíduo completo e não da psicopatologia. Com isso, é de suma importância que o PMM não desfaleça, como está sendo imposto, e que seus legados sejam perpetuados tanto pelo Estado quanto pelas universidades

    Barreiras no acesso à Atenção Primária para pessoas portadoras de deficiência física

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    As unidades de Atenção Primária à Saúde desempenham um papel vital na democratização do acesso à saúde, ainda que possuam defeitos. No entanto, é notório que as dificuldades enfrentadas pelos usuários são ainda piores nos casos de pessoas com limitações físicas, seja no deslocamento até as unidades de saúde, seja na estrutura de acesso disponível. Objetivou-se avaliar os dados relativos às condições de acessibilidade de pessoas com limitações físicas aos serviços de saúde públicos. Foi realizada uma revisão integrativa, com busca na base de dados “PubMed" com o string de busca "'Disabled Persons' AND 'Health Services Accessibility'", tendo como critério de inclusão textos completos, gratuitos, publicados entre 2010-2020 e com estudo realizado no Brasil. Foram obtidos 17 artigos, dos quais 8 foram selecionados após a leitura dos títulos e resumos para compor este trabalho. A literatura descreve a prevalência de várias barreiras físicas ao acesso como escadas, rampas e mobílias inacessíveis. Em relação à capacidade de recepção das unidades, a maioria não atende aos padrões de acessibilidade exigidos pela NBR 9050, existindo risco de queda e lesões corporais. Também foi relatado que as pessoas com deficiência são transportadas nos braços dos trabalhadores ou familiares quando existe a ausência de cadeiras de rodas, além do elevado tempo de espera para o atendimento ou ausência de atendimento prioritário. Ademais, essa população enfrenta dificuldade de deslocamento até as unidades, devido ao desnivelamento de calçadas e dificuldade de acesso aos meios de transporte. Em conclusão, os serviços de saúde deveriam ser inclusivos e garantir equidade no acolhimento, mas não é o que acontece. Diante disso, é urgente a necessidade de sensibilização dos gestores e profissionais de saúde no atendimento dessa população que depende de uma rede de apoio para poder viver com dignidade

    Dificuldade de comunicação entre surdos e profissionais de saúde na Atenção Primária

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    Segundo a Constituição Federal de 1988, estão assegurados os direitos das pessoas portadoras de deficiências nos mais diferentes campos. No que se refere à Atenção Primária, uma comunicação efetiva entre usuários e profissionais se faz necessária para garantir a autonomia do paciente e a assistência integral à saúde. Nesse contexto, os pacientes surdos encontram-se desassistidos. Objetivou-se descrever as dificuldades encontradas por profissionais e surdos para a comunicação no serviço de saúde. Foi realizada uma revisão integrativa, com busca no banco de dados “Biblioteca Virtual em Saúde” com os descritores “Surdez” AND “Acesso aos Serviços de Saúde” AND “Línguas de Sinais”. Os critérios de inclusão foram: textos publicados entre 2015-2020, completos, gratuitos e sobre a população brasileira.  Foram encontrados 46 artigos, submetidos aos critérios de inclusão e exclusão, resultando em 4 arquivos. Em seguida, os artigos foram lidos na íntegra e 3 foram incluídos por se adequarem ao tema. A principal dificuldade encontrada é a falta de capacitação dos profissionais para atenderem os surdos e o desconhecimento da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), sendo necessário que o paciente esteja acompanhado de um familiar ouvinte ou intérprete. Nesses casos, ocorre a perda da autonomia e é comum que os pacientes se sintam ignorados. Outras alternativas são: escrita, mímica e leitura labial – sendo pouco eficientes, uma vez que nem todos os surdos dominam o português. Também se constatou que as mulheres sofrem mais, por frequentarem os serviços da Atenção Básica como preventivo e pré-natal. Dessa forma, muitos pacientes surdos procuram os serviços de saúde apenas em casos de doença e apresentam inseguranças quanto ao diagnóstico e à conduta após a consulta. Portanto, percebe-se que é necessário promover a aprendizagem da LIBRAS entre os profissionais de saúde, para garantir a comunicação adequada entre estes e os usuários surdos.&nbsp
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