Relações de poder: nas entrelinhas do ensino de matemática

This research aimed to understand, through the voice of teachers who teach mathematics, in the final years of elementary school in the city of Palmas – TO, how power relations are signified in the teaching work. To develop this study, concepts related to work were addressed, as well as propositions about teaching work, mathematics teaching and power relations. The methodological construction was guided by the qualitative approach and the data were obtained through bibliographic studies and semi-structured interviews, recorded in audio, having the field study as a strategy, as it allows direct contact with the research object. The places selected for carrying out this work were public schools in the municipal education system in the city of Palmas – TO that serve the final years of elementary school. Data analysis reveals the teaching work marked by regulations and impositions that configure a scenario of instability and contradictions. With regard to power relations, these are signified as processes that interfere and influence the work of the teacher, however, not being perceived in the performance itself. When approaching the teaching of mathematics, initiatives that seek to minimize socially produced negative prejudices attributed to mathematical knowledge are observed.A presente pesquisa objetivou compreender pela voz de professores e professoras que ensinam matemática, nos anos finais do ensino fundamental no município de Palmas – TO, como relações de poder são significadas no trabalho docente. Para desenvolvimento deste estudo, foram abordados conceitos relacionados ao trabalho, bem como proposições acerca do trabalho docente, do ensino de matemática e das relações de poder. A construção metodológica foi orientada pela abordagem qualitativa e os dados foram obtidos por meio de estudos bibliográficos e entrevistas semiestruturadas, gravadas em áudio, tendo como estratégia o estudo de campo, por possibilitar contato direto com o objeto de pesquisa. Os locais selecionados para realização deste trabalho foram escolas públicas da rede municipal de ensino do município de Palmas – TO que atendem os anos finais do ensino fundamental. A análise dos dados revela o trabalho docente marcado por regulações e imposições que configuram um cenário de instabilidade e contradições. No que se refere às relações de poder, essas são significadas como processos que interferem e influenciam o trabalho do (a) professor (a), no entanto não sendo percebidas na própria atuação. Ao abordar o ensino de matemática são observadas iniciativas que buscam minimizar preconceitos negativos produzidos socialmente atribuídos ao saber matemático, todavia também são percebidas posturas que, mesmo buscando o pensamento contra-hegemônico, acabam por reproduzir comportamentos pertinentes à ideologia dominante

SOFRIMENTO NO TRABALHO: UMA PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENSINO

O presente artigo tem por objetivo compreender a percepção dos profissionais de ensino frente ao sofrimento no trabalho. Para tal foi realizado um estudo de caso com professores que atuam com os anos finais do ensino fundamental e com o ensino médio, na cidade de Imbituva, no Paraná. Os dados foram coletados mediante entrevista semi-estruturada, com uma interpretação qualitativa dos dados, no mês de agosto de 2014. A análise dos dados deu-se através da Análise dos Núcleos de Significação, que buscam compreender mais intensamente a subjetividade dos entrevistados. O alto índice de rotatividade e absenteísmo apresentado por essa categoria profissional sugere que os mesmos são submetidos a situações degradantes de trabalho desencadeando um processo de sofrimento no trabalho. A partir da análise dos dados pode-se concluir que esses profissionais percebem-se desvalorizados não somente no ambiente de trabalho, bem como no âmbito social, desencadeando sentimento de insatisfação, incerteza e indignação, fatores geradores do sofrimento no trabalho