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    O PT e o impeachment de Collor

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    Este artigo analisa a tática política adotada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) na conjuntura de crise do governo Collor (1990-1992). Considera-se que o PT não tenha fugido à tendência dominante do movimento pró-impeachment, vindo a aderir à campanha pela ética na política e a atacar o presidente Collor a partir de um discurso de cunho moralista que menosprezou a crítica e a denúncia do caráter de classe da política neoliberal, satisfazendo-se apenas com a denúncia da política recessiva do governo. Essa tática se inscreve na luta contra os efeitos da política neoliberal e não propriamente contra essa política, e esse comportamento político pode ser considerado um indicador do processo de aceitação passiva, por parte do PT, das medidas neoliberais.<br>This paper analyzes Collor's government crisis and the political tactics of the Workers' Party (PT) at the conjuncture of Collor's government crisis. We consider that the Workers' Party didn't escape of the dominant trend of the pro-impeachment movement, adhering to the campaign for the ethics in politics and attacking president Collor from a moralist point of view, which relegated the critics and denouncement of the class character of the neoliberal politics to the second plan. The Party was limited to join the accusations about the recessionary trend of Collor's government, which meant a tactic inscribed in the fight against the effects of the neoliberal politics but not against its nature. This political behavior can be considered as an indicator of the process of passive acceptation of the neoliberal proposals from the PT
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