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Estudo da associação entre fatores socioambientais e prevalência de parasitose intestinal em área periférica da cidade de Manaus (AM, Brasil) Study of the association between socio-environmental factors and the prevalence of intestinal parasitosis in the suburbs of the city of Manaus in the state of Amazonas, Brazil
Este estudo teve como objetivo avaliar a associação entre fatores socioambientais e condições de saneamento urbano com a prevalência de parasitoses intestinais, em uma comunidade na periferia da cidade de Manaus. O estudo consistiu de um levantamento socioambiental e de um inquérito parasitológico. Foi encontrada uma comunidade heterogênea, apresentando diferenças em relação aos níveis socioeconômicos e ambientais entre as micro-áreas avaliadas, embora as condições de saneamento básico da comunidade tenham-se mostrado precárias de uma forma geral. A prevalência de parasitose intestinal foi de 44,2%. Não foi identificada diferença significativa entre as micro-áreas com respeito à ocorrência de parasitoses intestinais. Houve associação entre parasitoses intestinais e tipo de construção residencial, faixa etária e procedência da água de higiene pessoal e do lar. O despejo do esgoto a céu aberto foi fator de risco associado a parasitoses intestinais (OR=6,72; p=0,034) e a protozoários intestinais (OR=21,87; p=0,004). Foram fatores de risco, apenas para a presença de protozoários, o despejo de esgoto em igarapé (OR=12,98; p=0,011) e o uso de fossa rudimentar (OR=9,54; p=0,019).<br>This study assesses the association between socio-environmental factors and urban sanitation conditions with the prevalence of intestinal parasitosis in a community on the periphery of the city of Manaus. The study comprised a socio-environmental survey and a parasitological inquiry. A heterogeneous community was revealed with some socio-economic and environmental differences between the micro-areas evaluated, even though the urban sanitation conditions were found to be predominantly precarious. The prevalance of intestinal parasitosis was 44.2%. There was no significant difference between the micro-areas that could explain the occurrence of intestinal parasitosis. An association was found between intestinal parasitosis and residential building types, age bracket and the quality of the water used for personal hygiene and consumption in the home. Open air sewerage was a risk factor associated with intestinal parasitosis (OR=6.72; p=0.034) and also with intestinal protozoa (OR=21.87; p=0.004). In terms of the presence of protozoa, two risk factors were verified: the dumping of sewage directly into the river system (OR=12.98; p=0.011) and the use of rudimentary cesspits (OR=9.54; p=0.019)