11 research outputs found

    Equidade na atenção às mulheres em situação de violência na atenção básica de saúde

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    A violência é um fenômeno social complexo, multifacetado e de grande magnitude, presente nas mais diferentes realidades históricas, culturais e sociais, sendo um comportamento social exacerbado em determinadas culturas e relações de poder. A violência contra a mulher, por sua vez, manifesta-se de diversas formas e com diferentes graus de severidade, sendo considerada qualquer conduta baseada no gênero, que cause morte, dano, sofrimento físico, sexual ou psicológico, tanto no âmbito público como no privado. Neste contexto, a presente pesquisa tem por objetivo conhecer a equidade na atenção a mulheres em situação de violência na atenção básica. Esta pesquisa trata-se de um estudo de caso, com abordagem qualitativa, cujas informações foram produzidas por meio de observação participante no território, dados de notificação de violências, visitas domiciliares, reuniões de equipes, grupos focais em Unidades Básicas de Saúde do Distrito Glória/Cruzeiro/Cristal, em Porto Alegre (RS), com trabalhadores de saúde e, ainda, pelo relato de um caso exemplar. Foi realizada análise temática, buscando entender as percepções sobre as violências, as ações realizadas (e não realizadas), a produção de sentidos e o posicionamento nas relações entre trabalhadores de saúde e usuárias em situação de violência. Dentre os principais achados destaca-se o fato de que os trabalhadores da saúde não percebem a violência em uma dimensão que implique na perspectiva de gênero, a constatação da onipresença da violência estrutural como o principal determinante e entrave às ações de atendimento e acolhimento de situações de violência. Ademais, a dificuldade da articulação da rede de atendimento à mulher em situação de violência como um todo mostrando-se incapaz de dar visibilidade e acolhimento às mulheres em situação de violência. Por fim, para evidenciar ao menos em parte, o quanto um olhar pormenorizado poderia contribuir para compreender e diminuir o sofrimento imposto às mulheres vítimas de violências, apresenta-se um caso exemplar, o qual se desenrola em meio à rota crítica vivida por duas vítimas de violência, envoltas em uma trágica história familiar.Violence is a complex social phenomenon, multifaceted and of great relevance, present in the most different historical, cultural and social contexts, being an exacerbated social behavior in certain cultures and power relations. Violence against women, in turn, manifests itself in different ways and with different degrees of severity, being understood as any conduct of gender that causes death, damage physical, sexual or psychological suffering, both in the public and private spheres. In this context, this research aims to know the equity in attention to women in situations of violence in primary health care. This research is a case study, with a qualitative approach, in which the information was produced through participant observation in the territory, data of violence notifications, home visits, team meetings and focus groups in Basic Health Units, with health workers and also by the report of an exemplary case. A thematic analysis was carried out, trying to understand the perceptions about the violence, the actions realized (and not realized), the production of meanings and the positioning in the relations between health workers and users in situations of violence. Among the main findings, it must be emphasized that health workers do not perceive violence in a dimension that implies a gender perspective. It is also noted the omnipresence of structural violence as the main barrier to several actions for care and reception of situations of violence. In addition, the difficulty of articulation the health care network as a whole makes it difficult the visibility and reception of women in situations of violence. Finally, to highlight at least in part, how a detailed look could help to understand and reduce the suffering imposed on women victims of violence, presents a case in point, which happens through the critical path experienced by two victims of violence, wrapped in a tragic family history

    Entre as violências, o medo e o protagonismo social : vivências em um distrito de saúde, Porto Alegre, 2016

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    Atualmente, é notória a problemática latente do fenômeno da violência em Porto Alegre e no Brasil, o que nos instiga a compreender e apreender mais sobre este fenômeno. O objetivo desta pesquisa é descrever como a violência estrutural e suas possíveis consequências estão sendo percebidas pelos diferentes atores (ensino, serviço e comunidade), que atuam ou vivem em uma das regiões de saúde de Porto Alegre. Traz a perspectiva de relato de experiência, baseada em intervenções individuais, grupais e comunitárias, dentre as quais se destacam visitas à comunidade, seminários com equipes de serviços e alunos, observação participante e análise de relatos verbais e de mídias. O material empírico foi analisado de acordo com quatro grandes categorias ou temas: o medo, a articulação frente à violência, a estigmatização da violência e o protagonismo dos atores em relação às manifestações da comunidade, do serviço e do ensino sobre a violência. O medo tem-se tornado um sentimento forte entre os diversos atores no território e esse sentimento produz estigmatização, ao mesmo tempo em que interfere na articulação de redes e no protagonismo social, porém considerar o medo como o elemento central na compreensão da violência pode ser o caminho para conclusões equivocadas. A violência estrutural origina-se de um contexto histórico, social e político e precisa ser entendida em sua gênese e determinantes pelos atores que vivem, estudam ou trabalham no território

    Equidade na atenção às mulheres em situação de violência na atenção básica de saúde

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    A violência é um fenômeno social complexo, multifacetado e de grande magnitude, presente nas mais diferentes realidades históricas, culturais e sociais, sendo um comportamento social exacerbado em determinadas culturas e relações de poder. A violência contra a mulher, por sua vez, manifesta-se de diversas formas e com diferentes graus de severidade, sendo considerada qualquer conduta baseada no gênero, que cause morte, dano, sofrimento físico, sexual ou psicológico, tanto no âmbito público como no privado. Neste contexto, a presente pesquisa tem por objetivo conhecer a equidade na atenção a mulheres em situação de violência na atenção básica. Esta pesquisa trata-se de um estudo de caso, com abordagem qualitativa, cujas informações foram produzidas por meio de observação participante no território, dados de notificação de violências, visitas domiciliares, reuniões de equipes, grupos focais em Unidades Básicas de Saúde do Distrito Glória/Cruzeiro/Cristal, em Porto Alegre (RS), com trabalhadores de saúde e, ainda, pelo relato de um caso exemplar. Foi realizada análise temática, buscando entender as percepções sobre as violências, as ações realizadas (e não realizadas), a produção de sentidos e o posicionamento nas relações entre trabalhadores de saúde e usuárias em situação de violência. Dentre os principais achados destaca-se o fato de que os trabalhadores da saúde não percebem a violência em uma dimensão que implique na perspectiva de gênero, a constatação da onipresença da violência estrutural como o principal determinante e entrave às ações de atendimento e acolhimento de situações de violência. Ademais, a dificuldade da articulação da rede de atendimento à mulher em situação de violência como um todo mostrando-se incapaz de dar visibilidade e acolhimento às mulheres em situação de violência. Por fim, para evidenciar ao menos em parte, o quanto um olhar pormenorizado poderia contribuir para compreender e diminuir o sofrimento imposto às mulheres vítimas de violências, apresenta-se um caso exemplar, o qual se desenrola em meio à rota crítica vivida por duas vítimas de violência, envoltas em uma trágica história familiar.Violence is a complex social phenomenon, multifaceted and of great relevance, present in the most different historical, cultural and social contexts, being an exacerbated social behavior in certain cultures and power relations. Violence against women, in turn, manifests itself in different ways and with different degrees of severity, being understood as any conduct of gender that causes death, damage physical, sexual or psychological suffering, both in the public and private spheres. In this context, this research aims to know the equity in attention to women in situations of violence in primary health care. This research is a case study, with a qualitative approach, in which the information was produced through participant observation in the territory, data of violence notifications, home visits, team meetings and focus groups in Basic Health Units, with health workers and also by the report of an exemplary case. A thematic analysis was carried out, trying to understand the perceptions about the violence, the actions realized (and not realized), the production of meanings and the positioning in the relations between health workers and users in situations of violence. Among the main findings, it must be emphasized that health workers do not perceive violence in a dimension that implies a gender perspective. It is also noted the omnipresence of structural violence as the main barrier to several actions for care and reception of situations of violence. In addition, the difficulty of articulation the health care network as a whole makes it difficult the visibility and reception of women in situations of violence. Finally, to highlight at least in part, how a detailed look could help to understand and reduce the suffering imposed on women victims of violence, presents a case in point, which happens through the critical path experienced by two victims of violence, wrapped in a tragic family history

    Entre as violências, o medo e o protagonismo social : vivências em um distrito de saúde, Porto Alegre, 2016

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    Atualmente, é notória a problemática latente do fenômeno da violência em Porto Alegre e no Brasil, o que nos instiga a compreender e apreender mais sobre este fenômeno. O objetivo desta pesquisa é descrever como a violência estrutural e suas possíveis consequências estão sendo percebidas pelos diferentes atores (ensino, serviço e comunidade), que atuam ou vivem em uma das regiões de saúde de Porto Alegre. Traz a perspectiva de relato de experiência, baseada em intervenções individuais, grupais e comunitárias, dentre as quais se destacam visitas à comunidade, seminários com equipes de serviços e alunos, observação participante e análise de relatos verbais e de mídias. O material empírico foi analisado de acordo com quatro grandes categorias ou temas: o medo, a articulação frente à violência, a estigmatização da violência e o protagonismo dos atores em relação às manifestações da comunidade, do serviço e do ensino sobre a violência. O medo tem-se tornado um sentimento forte entre os diversos atores no território e esse sentimento produz estigmatização, ao mesmo tempo em que interfere na articulação de redes e no protagonismo social, porém considerar o medo como o elemento central na compreensão da violência pode ser o caminho para conclusões equivocadas. A violência estrutural origina-se de um contexto histórico, social e político e precisa ser entendida em sua gênese e determinantes pelos atores que vivem, estudam ou trabalham no território

    Among violence, fear and social protagonism : experiences in a helth district, Porto Alegre, 2016

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    do fenômeno da violência em Porto Alegre e no Brasil, o que nos instiga a compreender e apreender mais sobre este fenômeno. Objetivo desta pesquisa é descrever como a violência estrutural e suas possíveis consequências estão sendo percebidas pelos diferentes atores (ensino, serviço e comunidade), que atuam ou vivem em uma das regiões de saúde de Porto Alegre. Apresenta-se a perspectiva de relato de experiência, baseada em intervenções individuais, grupais e comunitárias, dentre as quais se destacam visitas à comunidade, seminários com equipes de serviços e alunos, observação participante e análise de relatos verbais e de mídias. O material empírico foi analisado de acordo com quatro grandes categorias ou temas: o medo, a articulação frente à violência, a estigmatização da violência e o protagonismo dos atores em relação às manifestações da comunidade, do serviço e do ensino sobre a violência. Como resultados constatou-se que o medo tem se tornado um sentimento forte entre os diversos atores no território e esse sentimento produz estigmatização, ao mesmo tempo em que interfere na articulação de redes e no protagonismo social, porém considerar o medo como o elemento central na compreensão da violência pode ser o caminho para conclusões equivocadas. Conclui-se que a violência estrutural origina-se de um contexto histórico, social e político e precisa ser entendida em sua gênese e determinantes pelos atores que vivem, estudam ou trabalham no território.Currently, the phenomenon of violence consists of a latent and notorious problem in the Brazilian city of Porto Alegre, which instigate us to understand and learn more about it. Thus, this study aims to describe how the structural violence and its possible consequences are perceived by different actors (academicians, health professionals and community), which act or live in one of the administrative health regions of Porto Alegre. Thus, is presented an experience report, based on individual interventions, in groups and community, among which we highlight community visits, seminars with health professionals and student teams, by participant observation, analysis of verbal reports and other medias. The empirical material was analyzed according four main categories or themes: fear, the articulation facing violence, stigmatization of violence and the role of actors in respect of manifestations of the community, health professionals and academicians about violence. The results show that fear has become a strong feeling among the various actors in the territory and this feeling produces stigmatization, while interfering in the articulation of networks and social involvement. But to consider fear as the central element in the understanding of violence might be the way to mistaken conclusions. It was concluded that structural violence emerges from a historical, social and political context and needs to be understood in its genesis and determinants by actors who live, study or work in the territory

    Among violence, fear and social protagonism : experiences in a helth district, Porto Alegre, 2016

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    do fenômeno da violência em Porto Alegre e no Brasil, o que nos instiga a compreender e apreender mais sobre este fenômeno. Objetivo desta pesquisa é descrever como a violência estrutural e suas possíveis consequências estão sendo percebidas pelos diferentes atores (ensino, serviço e comunidade), que atuam ou vivem em uma das regiões de saúde de Porto Alegre. Apresenta-se a perspectiva de relato de experiência, baseada em intervenções individuais, grupais e comunitárias, dentre as quais se destacam visitas à comunidade, seminários com equipes de serviços e alunos, observação participante e análise de relatos verbais e de mídias. O material empírico foi analisado de acordo com quatro grandes categorias ou temas: o medo, a articulação frente à violência, a estigmatização da violência e o protagonismo dos atores em relação às manifestações da comunidade, do serviço e do ensino sobre a violência. Como resultados constatou-se que o medo tem se tornado um sentimento forte entre os diversos atores no território e esse sentimento produz estigmatização, ao mesmo tempo em que interfere na articulação de redes e no protagonismo social, porém considerar o medo como o elemento central na compreensão da violência pode ser o caminho para conclusões equivocadas. Conclui-se que a violência estrutural origina-se de um contexto histórico, social e político e precisa ser entendida em sua gênese e determinantes pelos atores que vivem, estudam ou trabalham no território.Currently, the phenomenon of violence consists of a latent and notorious problem in the Brazilian city of Porto Alegre, which instigate us to understand and learn more about it. Thus, this study aims to describe how the structural violence and its possible consequences are perceived by different actors (academicians, health professionals and community), which act or live in one of the administrative health regions of Porto Alegre. Thus, is presented an experience report, based on individual interventions, in groups and community, among which we highlight community visits, seminars with health professionals and student teams, by participant observation, analysis of verbal reports and other medias. The empirical material was analyzed according four main categories or themes: fear, the articulation facing violence, stigmatization of violence and the role of actors in respect of manifestations of the community, health professionals and academicians about violence. The results show that fear has become a strong feeling among the various actors in the territory and this feeling produces stigmatization, while interfering in the articulation of networks and social involvement. But to consider fear as the central element in the understanding of violence might be the way to mistaken conclusions. It was concluded that structural violence emerges from a historical, social and political context and needs to be understood in its genesis and determinants by actors who live, study or work in the territory
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