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A Vila Itororó: Restauros, Reflexões e Registros Visuais
A Vila Itororó – conjunto arquitetônico localizado no bairro do Bixiga, na cidade de São
Paulo – foi construída entre 1922 e 1929 por Francisco de Castro, imigrante e comerciante
português que investia em edificações residenciais destinadas a aluguel. Paralelamente ao
processo de transformação das vocações funcionais do bairro, a partir da década de 1940 a vila
começou a abrigar famílias com menor poder aquisitivo, apresentando acelerado processo de
degradação em meados da década de 1970. São dessa época as primeiras propostas, não
adotadas naquele momento, voltadas à revitalização da vila com o objetivo de ressaltar seus
valores arquitetônicos e transformá-la em um espaço cultural. Após ser protegida como
patrimônio histórico em nível municipal por meio do tombamento do Bairro da Bela Vista
(2002); e em nível estadual (2005); nos anos 2010 os interesses de revitalização da vila foram
retomados, culminando na criação do Centro Cultural Vila Itororó, entre 2016 e 2018, gerido
pela Prefeitura Municipal de São Paulo, ação que provocou o deslocamento das famílias que
ali moravam. Do exposto, notamos que o processo de atribuição de valores históricos e
estéticos ao conjunto edificado pelos órgãos de preservação, assim como as ações
governamentais que se seguiram, acompanharam os anseios de transformação do espaço e do
bairro por meio da troca de público e do enobrecimento urbano. Nesse contexto, por meio de
pesquisas bibliográficas e documentais, em diálogo com levantamentos de campo e registros
fotográficos, este Trabalho de Conclusão de Curso objetivou estudar a trajetória da Vila Itororó
e suas transformações recentes, buscando compreender seus valores patrimoniais e identificar
as narrativas que têm sido exploradas nas ações curatoriais e de educação patrimonial sediadas
no novo centro cultural.Vila Itororó – an architectural complex located in the Bixiga neighborhood, in the city
of São Paulo – was built between 1922 and 1929 by Francisco de Castro, a Portuguese
immigrant and merchant who invested in residential buildings for rent. Parallel to the process
of transforming the functional vocations of the neighborhood, from the 1940s onwards, the
buldings began to house families with lower purchasing power, presenting an accelerated
process of degradation in the mid-1970s. In the 1970s, the first proposals emerged, not adopted
at that time, aimed at revitalizing the complex with the aim of highlighting its architectural
values and transforming it into a cultural space. After being protected as historical heritage at
the municipal level through the listing of the Bairro da Bela Vista (2002); and at the state level
(2005); in the 2010s, interests in revitalizing the complex were resumed, culminating in the
creation of the Centro Cultural Vila Itororó, between 2016 and 2018, managed by the
Municipality of São Paulo, an action that caused the displacement of the families that lived
there. From the above, we note that the process of attributing historical and aesthetic values
to the complex built by the preservation agencies, as well as the governmental actions that
followed, accompanied the aspirations of transforming the space and the neighborhood
through the exchange of public and the ennoblement urban. In this context, through
bibliographical and documentary research, in dialogue with field surveys and photographic
records, this Course Completion Work aimed to study the trajectory of Vila Itororó and its
recent transformations, seeking to understand its heritage values and identify the narratives
that have been explored in curatorial actions and heritage education based in the new cultural
center.Não recebi financiament
Guerras culturais em verde e amarelo
Queridos/as leitores/as, bem-vindos/as ao nosso campo de batalha – e de estudos. Vocês estão prestes a ler um livro perigoso. Ele fala sobre muito do que estamos vivendo no Brasil dos últimos anos, olhando esse nosso estranho país pelo ângulo cultural, da imagem e da comunicação. Vivemos uma guerra interna, desleal em muitos sentidos, em que a dimensão simbólica e cultural tem sido decisiva. Por isso é preciso decifrá-la ou, ao menos, ter mais elementos para debatê-la. 29 estudantes da Unifesp passaram os últimos 4 meses estudando o combate que levou à polarização e radicalização da sociedade brasileira e escreveram seus achados para vocês. Para entrar neste campo de batalha das Guerras Culturais vocês não precisarão de uniformes militares nem coletes à prova de bala. Nossas únicas armas serão, a reflexão, a inteligência, a colaboração, o espírito crítico e a capacidade de narrar com voz coletiva. Vocês vão ler 15 pequenas histórias, que são estudos de casos ou notícias do front (para usar o termo de um dos autores que lemos), cada uma entrando em uma trincheira dessa guerra e olhando o campo de batalha por um ângulo diferente.- Apresentação: no campo de batalha /
Pedro Fiori Arantes
André Okuma.
- Capas de combate: a guerra contra o PT
Giulia dos Santos Nascimento /
Keyla Vasconcelos de Melo.
- Um míssil para destruir Brasília: arte de guerrilha a partir dos infláveis /
Diego Lorena
Amanda Alves.
- Moda bolsonarista: identidade e propaganda /
Ana Laura Brait
Gustavo Almeida Alves.
- Memetização da política: imagens e humor na extrema direita /
Cristina Naiara Fernandes
Larissa Avelino
Paloma Oliveira.
- A direita no universo gamer: repercussões do jogo Last of Us 2 /
André Zaparoli Bertellotti
Rebeca Nieves Inostroza Carreño.
- Masculinidade tóxica e o corpo bombado bolsonarista /
Amanda Feo
Bruna Andrade.
- Ataques ao movimento feminista e criminalização do aborto /
Josiane Garotti
Larissa Flauto
Melissa Tavares.
- O Templo de Salomão e a estética da teologia da prosperidade /
Ana Beatriz Tavares Barbosa
Melissa Maria dos Santos Alejarra. - Agronejo e o sertanejo como braço cultural do bolsonarismo /
Nicole Pinheiro Santos.
- Apropriação da estética de periferia em “funk de direita”: MC Reaça e O proibidão do Bolsonaro / Kamilla Dourado
Pamela Silva.
- A pintura bolsonarista: entre o kitsch e a arte de propaganda /
Lucius Goyano.
- A construção do inimigo político nas obras de Lucimary Billhardt /
Maria Luiza Meneses.
- Brasil Paralelo e a guerra cultural da educação /
Gabriela Ferreira
Paloma Monteiro.
- Primavera secundarista X Escola sem partido
Marcelo Lauton de Oliveira
Patrícia Pinheiro Antunes de Paula
- Simbolismo nazifascista na comunicação bolsonarista
Isabella Mendes dos Santos
Júlia Rodrigues Borge