20 research outputs found
O sangue venoso coletado do acesso femoral Ă© adequado para estimar a saturação venosa central de oxigĂŞnio e os nĂveis de lactato arterial em pacientes graves?
RESUMO Objetivos: Testar se amostras de sangue venoso coletadas do acesso femoral podem ser utilizadas para estimar a saturação venosa central de oxigĂŞnio e os nĂveis de lactato arterial em pacientes graves. MĂ©todos: Foram utilizadas a análise de Bland-Altman e correlações de Spearman para comparar a saturação venosa femoral de oxigĂŞnio e a saturação venosa central de oxigĂŞnio, assim como os nĂveis de lactato arterial e femoral. Foi conduzida uma análise predeterminada de subgrupos nos pacientes com sinais de hipoperfusĂŁo. AlĂ©m disso, foi tambĂ©m investigada a concordância clĂnica. Resultados: Foram obtidas amostras sanguĂneas de 26 pacientes. Em 107 amostras pareadas, observou-se correlação moderada (r = 0,686; p < 0,0001) entre a saturação venosa central de oxigĂŞnio e a saturação venosa femoral de oxigĂŞnio, com um viĂ©s de 8,24 ± 10,44 (limites de concordância de 95%: -12,23 a 28,70). Em 102 amostras pareadas, houve forte correlação entre os nĂveis arteriais de lactato e os nĂveis de lactato femoral (r = 0,72, p < 0,001) com um viĂ©s de -2,71 ± 9,86 (limites de concordância de 95%: -22,3 a 16,61). A presença de hipoperfusĂŁo nĂŁo modificou de forma significante os resultados. A concordância clĂnica para saturação venosa foi inadequada, com diferentes decisões terapĂŞuticas em 22,4% das situações; para o lactato, isto ocorreu em apenas 5,2% das situações. ConclusĂŁo: A saturação venosa de oxigĂŞnio femoral nĂŁo deve ser utilizada em substituição da saturação venosa central de oxigĂŞnio. No entanto, os nĂveis femorais de lactato podem ser utilizados na prática clĂnica, mas com cautela
PrevalĂŞncia de doença por citomegalovĂrus em transplantados renais em unidade de terapia intensiva
RESUMO Objetivos: Definir frequĂŞncia de doença por citomegalovĂrus dentre pacientes transplantados renais na unidade de terapia intensiva nos quais houve a suspeita desta complicação; identificar fatores predisponentes e possĂvel impacto na evolução clĂnica. MĂ©todos: Estudo retrospectivo observacional, no qual foram incluĂdos pacientes transplantados renais acima de 18 anos, internados por quaisquer motivos em uma unidade de terapia intensiva, com pelo menos uma coleta de antigenemia ou reação em cadeia da polimerase para citomegalovĂrus durante internação. Doença por citomegalovĂrus foi definida por antigenemia positiva ou reação em cadeia da polimerase acima de 500 cĂłpias/mL, na presença de sintomas, no contexto clĂnico apropriado, conforme julgamento do mĂ©dico assistente. Resultados: Foram incluĂdos 99 pacientes (idade: 53,4 ± 12,8 anos, 71,6% homens). A doença por citomegalovĂrus foi diagnosticada em 39 pacientes (39,4%). Sintomas respiratĂłrios (51%), piora clĂnica inespecĂfica (20%) ou sintomas gastrintestinais (14%) foram os principais motivos para coleta de exames. O tempo de transplante foi menor naqueles com doença por citomegalovĂrus em relação Ă queles sem este diagnĂłstico (6,5 meses e 31,2 meses; p = 0,001), bem como uso de pulsoterapia nos Ăşltimos 6 meses (41% e 16,9%; p = 0,008) e uso prĂ©vio de timoglobulina no Ăşltimo ano (35,9% e 6,8%; p < 0,001). No modelo de regressĂŁo logĂstica, somente o tempo de transplante e o uso de timoglobulina associaram-se Ă maior frequĂŞncia de citomegalovĂrus. NĂŁo houve diferença na evolução clĂnica entre pacientes com ou sem doença por citomegalovĂrus. ConclusĂŁo: Em pacientes transplantados renais com suspeita de doença por citomegalovĂrus, a prevalĂŞncia foi alta. O tempo de transplante menor que 6 meses e o uso de timoglobulina no Ăşltimo ano devem aumentar a suspeita do intensivista para esta complicação
Prevalence of cytomegalovirus disease in kidney transplant patients in an intensive care unit
<p></p><p>ABSTRACT Objectives: To define the frequency of cytomegalovirus disease among kidney transplant patients in an intensive care unit in which this complication was suspected and to identify predisposing factors and their possible impact on clinical outcome. Methods: Retrospective observational study in which kidney transplant patients over the age of 18 years were hospitalized for any reason in an intensive care unit with at least one collection of samples to test for the presence of antigenemia or cytomegalovirus via polymerase chain reaction during hospitalization. Cytomegalovirus disease was defined as positive antigenemia or polymerase chain reaction above 500 copies/mL in the presence of symptoms and in the appropriate clinical setting, as judged by the attending physician. Results: A total of 99 patients were included (age: 53.4 ± 12.8 years, 71.6% male). Cytomegalovirus disease was diagnosed in 39 patients (39.4%). Respiratory symptoms (51%), non-specific clinical worsening (20%) or gastrointestinal symptoms (14%) were the main reasons for exam collection. Transplant time was lower in those with cytomegalovirus disease than in those without this diagnosis (6.5 months and 31.2 months, p = 0.001), along with pulse therapy in the last 6 months (41% and 16.9%, p = 0.008) and previous use of thymoglobulin in the last year (35.9% and 6.8%, p < 0.001). In the logistic regression model, only the transplant time and the use of thymoglobulin were associated with a higher frequency of cytomegalovirus. There was no difference in clinical evolution between patients with and without cytomegalovirus disease. Conclusion: In kidney transplant patients suspected of cytomegalovirus disease, the prevalence was high. Transplant time less than 6 months, and the use of thymoglobulin in the last year should increase the intensivist's suspicion for this complication.</p><p></p
Multivariate logistic regression analysis in septic transplant patients with hospital mortality as dependent factor.
<p>Multivariate logistic regression analysis in septic transplant patients with hospital mortality as dependent factor.</p
Patient characteristics and transplant variables.
<p>Patient characteristics and transplant variables.</p
Severity scores at the ICU admission and the events during ICU stay.
<p>Severity scores at the ICU admission and the events during ICU stay.</p