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    Caracterização petrográfica e geoquímica do magmatismono Pontal do Atalaia, município de Arraial do Cabo - RJ

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    No Pontal do Atalaia, leste do estado do Rio de Janeiro, ocorrem corpos tabulares ígneos encaixados no embasamento ortognáissico e anfibolítico do Domínio Tectônico de Cabo Frio. Esse magmatismo apresenta caráter toleítico, relacionado com a abertura do Atlântico Sul no Cretáceo Inferior, e alcalino, cuja gênese ainda é questão de debate na literatura. A cartografia geológica no Pontal do Atalaia permitiu a classificação dos litotipos ígneos e do estabelecimento de uma cronologia relativa, sendo os corpos de diabásio os mais antigos, seguidos pelos corpos de lamprófiro, traquito e fonolito. O diabásio apresenta diques que chegam até 30 metros de espessura com direção NE-SW. Na petrografia apresentam mineralogia composta por clinopiroxênio, plagioclásio e, raramente, cristais de olivina completamente alterados para iddingsita. A análise litogeoquímica utilizou dados de diabásio de toda Região dos Lagos, sendo identificados três grupos geoquímicos de baixo-TiO2 baseados nos teores de SiO2, MgO, TiO2 e Zr. O lamprófiro possui ocorrência restrita, com corpos de até 60 cm de espessura, direção NE-SW e NW-SE. Três variedades baseadas na assembleia de fenocristais foram descritas na petrografia e confirmadas pela análise geoquímica. A variedade 1 é a mais evoluída, com fenocristais de olivina, clinopiroxênio zonado, kaersutita e biotita. Classificada como a mais primitiva, a variedade 2 apresenta fenocristais exclusivamente de olivina, enquanto a variedade 3, considerada intermediária, possui fenocristais de biotita e raros fenocristais de clinopiroxênio zonado. Estas amostras foram classificadas pela química em fonotefrito, tefrito e basanito, respectivamente. O traquito, por sua vez, é a litologia com maior número de corpos na área, com direção NW-SE e, subordinadamente, NE-SW e WNW-ESE. Apresenta corpos afaníticos e outros porfiríticos identificados em campo, de forma que as diferentes direções e texturas podem caracterizar mais de um pulso magmático. São compostos de álcali-feldspato e plagioclásio, com texturas porfiríticas, glomeroporfiríticas, equigranulares e traquíticas na petrografia. Por fim, o fonolito apresenta direção ENE-WSW com ocorrências concentradas próximas ao Canal do Boqueirão. As texturas em lâmina petrográfica são porfiríticas com fenocristais de nefelina, álcali-feldspato, aegirina-augita, augita, biotita e olivina

    “Meninas com Ciência” vive e resiste pelo Museu Nacional / UFRJ

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    O curso de extensão “Meninas com Ciência” é uma ação concebida e executada pelas mulheres do Departamento de Geologia e Paleontologia do Museu Nacional (MN/UFRJ), voltado para alunas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, de escolas públicas e particulares. Ocorre desde 2017, em edições semestrais, com oficinas práticas e lúdicas em Geociências. Aqui, são apresentados o histórico do curso, as atualizações ao método, avaliações de acesso e permanência das alunas, além das perspectivas futuras. O objetivo deste trabalho é inspirar novas iniciativas, democratizando o acesso às ações de divulgação no país. Desde sua criação, o curso enfrentou diversos desafios; entre eles, a perda de toda a sua estrutura física, durante o incêndio do MN/UFRJ, mas a equipe persiste e, ao longo de seis edições, teve 2333 inscritas e ofertou 455 vagas. Além disso, é crescente o interesse de outras instituições em replicar o modelo. Até o momento, “Meninas com Ciência” inspirou, com sucesso, a execução de sete ações semelhantes nos estados de São Paulo, Distrito Federal e Pará, o que corrobora a receptividade da sociedade e a importância destas iniciativas voltadas às questões de gênero. Este trabalho demonstra que é possível realizar divulgação científica de qualidade e gratuita, mesmo sob condições adversas e com baixo orçamento. Ainda, traz os desafios em popularizar o acesso de meninas de diferentes condições, sociais e econômicas, ao curso. Em 2020, em virtude da pandemia do novo coronavírus, as duas edições previstas estão suspensas. Porém, a partir desta adversidade, “Meninas com Ciência” cresce e torna-se um projeto de extensão. Trata-se de uma estrutura maior e permanente, que abriga: a) o curso presencial, que será retomado assim que possível; b) um canal online direto com a sociedade, visando propor atividades, tirar dúvidas sobre Geociências, conversar sobre as experiências de mulheres cientistas, etc. e c) a criação de linhas de pesquisa em extensão

    Projeto Difusão de Geociências

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    Grande parte das escolas não se ajustam a vida do aluno e não lhe despertam o prazer de descobrir e de aprender. Esta situação pode ser facilmente observada até os dias de hoje, onde o aluno é submetido a longos períodos dentro de sala de aula, fixo e em silêncio e desta forma desmotiva-se, assim como descrito por Almeida (1974). Desta forma, o presente projeto visa inovar o ensino de ciências demonstrando que é possível motivar a aprendizagem desprendida dos métodos usuais de educação aplicados nas instituições. Podemos exercer a transmissão de conhecimento de forma dinâmica e intuitiva, fazendo com que haja uma melhor forma de aprendizado por parte dos alunos. Para isso procurou-se fazer a difusão das geociências aplicada nas disciplinas ministradas no ensino médio e fundamental de forma transdisciplinar através de jogos lúdicos. Foram elaboradas aulas teóricas em formato powerpoint (slides) e planos de aulas dos seguintes conteúdos: Sistema Solar, Sismicidade, Tempo Geológico e PH. Para a aplicação em conjunto com a aula teórica também foram confeccionados jogos, tais como: super-trunfo (Sistema Solar), quebra-cabeça (Placas Tectônicas) e um jogo de tabuleiro (Tempo Geológico). E, por fim, foram desenvolvidos questionários que tem como objetivo tanto verificar o grau de entendimendo do conteúdo ministrado quanto constatar a eficicência da metodologia aplicada. Esses materiais elaborados serão disponibilizados na internet aos educadores para que venham a ser utilizados em espaços de educação, formais ou não.  Neste sentido procura-se com essas atividades lúdicas: a) estabelecer um ambiente propício para que os estudantes usassem o jogo para aprender geociências, relacionadas ao conteúdo escolar; b) desenvolver suas competências na criação e desenvolvimento de jogos educacionais; c) produzir e disseminar o jogo com conteúdo das geociências. Pretende-se, posteriormente, realizar oficinas nas escolas utilizando o material desenvolvido, bem assim como a avaliação do projeto com os dados obtidos através dos questionários
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