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    Consumo alimentar, de acordo com o grau de processamento (NOVA), de mulheres com câncer de mama e fatores associados ao hábito de fumar

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    Objetivo: Caracterizar o consumo alimentar, segundo grau de processamento, de mulheres com câncer de mama com verificação de possíveis fatores associados ao hábito de fumar. Método: Estudo transversal aninhado a uma coorte de mulheres recém-diagnosticadas com a doença, em um hospital público. Os dados foram coletados entre 2014 e 2017. Foi realizada a caracterização sociodemográfica, bem foram levantadas variáveis sobre estilo de vida (presença ou ausência de tabagismo e etilismo). Para caracterização do consumo alimentar foram aplicados três recordatório de 24 horas e a quantidade e qualidade da alimentação foram calculadas pelo programa Nutrition Data System for Research. Após obtenção dos dados de consumo, os alimentos foram classificados segundo a NOVA. Resultados: Participaram do estudo 114 mulheres, com idade média de 51,25±11,52 anos, 7,99±4,26 anos de estudo e 0,80±0,72 salários-mínimos per capita, maioria de raça parda/preta (56,14%; n=64); com companheiros (57,89%; n=66); sem casos de câncer de mama na família (80,70%, n = 92). Quase 40,00% eram tabagistas e ex (9,65% e 29,82%) e majoritariamente não consumiam bebidas alcoólicas (96,46%). Em relação ao consumo de alimentos, aqueles in natura/minimamente processados representaram 61,87(±13,91)% das calorias ingeridas, 11,54(±8,16)% de ingredientes culinários, 12.19(±10.07)% de alimentos processados e 14,21(±11,80)% de ultraprocessados. Dentre o grupo in natura/minimamente processados, carne bovina (11.54±10.76%), arroz (9.86±8.10%) e frutas (9.37±9.57%) foram os que mais contribuíram energeticamente. Em relação aos ultraprocessados, refrigerantes e sucos industrializados (4.22±5.03%) e bolachas salgadas e salgadinhos (2.20±4.17%) foram os de maior contribuição energética. Conclusão: Mulheres com câncer de mama apresentaram ingestão energética menor que o padrão brasileiro, e aquelas que fumavam apresentaram 2,20 vezes mais chances de terem um consumo elevado de alimentos ultraprocessados. O consumo de ultraprocessados deve ser evitado, uma vez que estes relacionam a maior mortalidade pela doença
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