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Tratamento não operatório em lesão hepática por arma de fogo: um relato de caso / Nonoperative treatment of liver gunshot injury: a case report
O tratamento não operatório (TNO) de lesões hepáticas contusas é uma prática difundida que possui elevado índice de sucesso (82-100%). Devido a isso, o TNO tem sido empregado nos casos de lesões hepáticas penetrantes. Porém, apesar dos desfechos positivos, a indicação de TNO nestes casos é controversa. Devido à alta incidência de lesões toracoabdominais associadas, essa modalidade de tratamento exige uma seleção criteriosa. Esse relato apresenta o caso de um paciente vítima de ferimento por arma de fogo cujo projétil ficou alojado em segmento II hepático, sendo essa lesão manejada com o TNO, evoluindo sem complicações hepáticas. No entanto, devido ao trajeto torácico do mesmo até cavidade abdominal, houve necessidade de abordagem do quadro de empiema pleural, com boa evolução, sem outras complicações associadas
Tumores de pele não melanoma: estudo retrospectivo do perfil epidemiológico e desfecho a partir de margens comprometidas
Introdução:
Os carcinomas de pele do tipo não melanoma são responsáveis por 30% dos tumores malignos no Brasil. O objetivo deste artigo foi avaliar o perfil epidemiológico e a conduta tomada a partir do diagnóstico histopatológico de margens comprometidas em pacientes com carcinomas de pele do tipo não melanoma tratados primariamente com cirurgia.
Métodos:
Estudo tipo coorte retrospectivo observacional. Os dados foram coletados de prontuário eletrônico de 1495 pacientes, apresentando 2457 carcinomas de pele do tipo não melanoma, operados entre janeiro de 2015 a dezembro de 2019.
Resultados:
Houve maior prevalência em homens (52,4%) e entre a sexta e a sétima décadas de vida (41,1%). O carcinoma basocelular foi o tipo histológico mais comum (75%). O risco de desenvolver carcinoma espinocelular foi 57,2% maior em pacientes com idade acima de 61 anos (risco relativo=1,572 (IC 95%: 1,316-1,878; p0,05).
Conclusão:
O estudo possibilitou melhor compreensão do perfil dos pacientes com carcinomas de pele do tipo não melanoma, bem como o percentual de margens comprometidas após excisão cirúrgica inicial e o tratamento realizado
Non-melanoma skin tumors: a retrospective study of the epidemiological profile and outcome from compromised margins
Introduction:
Non-melanoma skin neoplasms are responsible for 30% of all malignant tumors in Brazil. The main objective of this article was to evaluate the epidemiological profile and the approach taken from the histopathological diagnosis of compromised margins in patients with non-melanoma skin neoplasms treated primarily with surgery.
Methods:
This is an observational retrospective cohort. Data were collected from electronic medical records of 1495 patients, resulting in 2457 non-melanoma skin neoplasms, from January 2015 to December 2019.
Results:
There was a higher prevalence in men (52.4%) and between the sixth and seventh decades of life (41.4%). Basal cell carcinoma was the most common histological type (75%). Those over the age of 61 are 57.2% more likely to develop basal cell carcinoma (relative risk=1,572 (95% CI: 1,316-1,878; p0.05).
Conclusion:
The study allowed a better understanding of the profile of patients with non-melanoma skin neoplasms and the percentage of compromised margins after initial surgical excision and the treatment performed
Intussuscepção idiopática transitória em adulto: um relato de caso / Transient idiopathic intussusception in an adult: a case report
A intussuscepção no adulto é rara, sendo somente 10% de causas idiopáticas. A ocorrência transitória dela é mais rara e normalmente relacionada a doença celíaca, doença de Crohn ou aderências. Nesse artigo, relatamos o caso de um paciente, 66 anos, que apresentou uma intussuscepção idiopática transitória. Ele procurou atendimento médico devido dor abdominal e náuseas, e apresentava evidências de intussuscepção à tomografia, porém não identificada durante cirurgia, somente encontrado segmento edemaciado com sofrimento de alça, o qual foi optado por enterectomia. Ainda não há consenso na literatura de tratamento padrão, exploração cirúrgica ou acompanhamento da intussuscepção transitória