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Políticas de educação, escolarização e estratégias de nação: a transição Império/República
-O trabalho que estamos realizando é continuação do anterior, que fez um levantamento inédito no Arquivo Municipal de Juiz de Fora, buscando na documentação ali encontrada a percepção da transição da política pública de educação da fase final do Império – décadas de 1870 e 1880 – para as primeiras duas décadas republicanas. Procurou-se dar “voz” as Atas de Exames Escolares, as tabelas de freqüência escolar, as correspondências as mais diversas: entre professores e inspetores escolares, entre inspetores e a presidência da Câmera Municipal, entre os poderes provinciais e a
Câmera etc. A despeito de restrição do campo empírico, o município de Juiz de Fora, partimos do suposto de que no espaço reduzido de uma cidade passa-se algo indiciário de um contexto maior, que requer explicação. Esse emaranhado de dados tem nos levado a formulação de novas hipóteses sobre o processo histórico daquela transição. Tais hipóteses nos apontam um paradoxo: a República em suas primeiras décadas foi menos republicana que o Império em matéria educacional. Isto se deveu, talvez, por conta da prevalência de um projeto de nação de reação à antiga fórmula da centralidade monárquica, através do apelo à autonomia da sociedade, porém acompanhada da redução do compromisso estatal com a sustentabilidade das instituições públicas. Nosso levantamento atual tem privilegiado fontes documentais do Arquivo Público Mineiro (belo Horizonte), do Arquivo Nacional (Rio de Janeiro), bem como fonte jornalisticas locais, tais como os jornais: Minas Gerais, Correio de Minas e Jornal do Comércio, todos encontrados na Biblioteca Murilo mendes (JF). O conjunto dessas informações, a medida em que vão sendo levantadas, são colocadas em um Banco de Dados, que será disponibilizado universalmente num provedor fixo da universidade ainda a ser estabelecido