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    Tratamento cirúrgico das dissecções agudas de aorta do tipo B: técnica da "tromba de elefante" modificada pelo emprego de prótese intraluminal sem sutura

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    Durante a última década, a cirurgia cardiovascular experimentou grande impulso, com o desenvolvimento de métodos de diagnóstico, técnicas de proteção miocárdica e cerebral, técnicas de sutura e circulação extracorpórea, que, somados à maior experiência dos cirurgiões, permitiu o questionamento da indicação do tratamento clínico para as dissecções agudas de aorta do tipo B, procurando, com o tratamento cirúrgico, redução da alta taxa de mortalidade desta doença. A técnica da "tromba de elefante", descrita por Borst, foi adaptada por Palma e Buffolo para o tratamento das dissecções agudas de aorta do tipo B, oferecendo bons resultados, além de facilidade técnica por não manipular o tecido doente e friável da aorta durante o ato cirúrgico. No período de 31/6/92 a 20/2/95, 7 pacientes foram operados com esta técnica sendo 1 paciente do sexo feminino e 6 do sexo masculino. Tivemos 2 (28,5%) óbitos, que não podem ser relacionados à técnica cirúrgica. Neste trabalho, apresentamos modificação da técnica da "tromba de elefante", com o emprego do anel intraluminal, desenvolvido em nosso Serviço, dispensando qualquer tipo de sutura para anastomose, obtendo diminuição acentuada do tempo de parada circulatória total, permitindo dispensar a hipotermia profunda

    Tratamento cirúrgico da comunicação interventricular e rotura da parede livre do ventrículo esquerdo após infarto agudo do miocárdio e da disjunção atrioventricular após troca da valva mitral, empregando o dispositivo de isolamento ventricular (DIV):: estudo experimental

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    A rotura de parede livre do ventrículo esquerdo (VE) e a comunicação interventricular (CIV) por rotura de septo são dois eventos catastróficos que podem complicar a evolução do infarto agudo do miocárdio (IAM). A oportunidade do tratamento cirúrgico, o acesso à CIV e a técnica cirúrgica ideal para o tratamento desta complicação são muito discutidos na literatura (1-5). Os resultados, porém, são quase unânimes: alta taxa de mortalidade. A rotura da parede posterior do ventrículo esquerdo pós troca da valva mitral (disjunção atrioventricular) não é uma complicação rara, sendo quase sempre fatal (6, 7). O objetivo de nosso trabalho é discutir a alternativa de tratamento cirúrgico destas graves lesões, sem o manuseio direto do músculo cardíaco friável, necrozado. Desenvolvemos e testamos em animais (carneiros) o dispositivo de isolamento ventricular (DIV). No período de 12/7/95 a 10/1/96, operamos 12 carneiros adultos para o implante do DIV. No primeiro período de aprendizado da técnica de implante e de desenvolvimento da prótese, operamos 7 animais, sem sucesso. No segundo período operamos 5 animais, já com o DIV completamente desenvolvido e com a técnica cirúrgica já padronizada; obtivemos sucesso com todos os animais, sobrevivendo com bom débito cardíaco, constatado ao ecocardiograma e à ventriculografia. Após 20 dias de sobrevida, os animais foram submetidos a ventriculografia e ecocardiografia. Observamos o completo isolamento da cavidade ventricular com o emprego do DIV, obtendo o tratamento provisório destas graves lesões.The rupture of the ventricular free wall, and the ventricular septal rupture are two catastrophic events that can complicate the outcome of acute myocardial infarction. The opportunity to use surgical treatment, the access to the ventricular septal rupture as well as the ideal surgical technique are very much discussed in the literature but the results are almost unanimous: an elevated mortality. The rupture of the posterior wall of the left ventricle after mitral valve replacement is not a rare complication and it is almost always fatal. Our objective is to discuss a new alternative for surgical treatment of those serious pathologies without the direct handling of the necrotic cardiac muscle. We developed and tested in animals (sheeps) the Ventricular Isolation Device. From 7/12/95 to 1/10/96, we implanted this device in 12 adult sheeps. During the first period of learning the surgical technique and developing the device, we operated on 7 animals, without success. On a second turn, we performed the procedure in 5 animals and by then the Ventricular Isolation Device was completely developed and the surgical technique already standardized, resulting in the survival of all animals with normal cardiac output, as shown by echocardiography and ventriculography. We observed the complet isolation of the ventricular cavity with the use of Ventricular Isolation Device and obtained the temporary treatment of those fatal pathologies

    Mediastinite em cirurgia cardíaca: análise dos fatores de risco e avaliação do tratamento utilizando irrigação contínua com solução de PVPI a 1%

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    Com o objetivo de avaliar a eficácia do tratamento da mediastinite com irrigação contínua com solução de polivinilpirrolidona-iodo (PVPI) a 1 %, associada a antibioticoterapia e analisar os fatores de risco desta grave infecção, foram estudados, retrospectivamente, 1113 pacientes submetidos a cirurgia para correção de lesões cardíacas, entre janeiro de 1993 e abril de 1995, no Instituto do Coração do Hospital Madre Teresa, Belo Horizonte, Minas Gerais. Onze fatores de risco para mediastinite foram analisados (idade, sexo, peso, diabetes, hipertensão arterial sistêmica, tabagismo, transfusão sangüínea, tempo de circulação extracorpórea, utilização de enxerto de artéria torácica interna, drenagem pleural e tempo de internação preoperatorio). A análise estatística demonstrou serem fatores de risco: peso (p=0,0001), utilização de enxerto de artéria torácica interna (p=0,001), drenagem de pleura (p=0,001) e tempo de internação pré-operatório (p=0,01). Dezoito (1,6%) pacientes desenvolveram mediastinite no pós-operatório e foram submetidos a tratamento por aesbridamento cirúrgico, ressutura de esterno e instalação de irrigação contínua com solução de PVPI a 1 %, por um período médio de 8 dias. A média de internação hospitalar foi de 37 dias neste grupo de pacientes. O germe predominante foi o S. Aureus (72%). A mortalidade foi de 27% (5 pacientes), devido a infecção fora de controle. Os autores consideram que a facilidade de emprego e manejo da irrigação contínua com solução de PVPI a 1 %, associada a baixa taxa de mortalidade, demonstrou ser um método eficaz no tratamento desta grave complicação pós-operatória

    Análise comparativa de dois métodos de proteção miocárdica em pacientes de alto risco para cirurgia de revascularização do míocárdio

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    OBJETIVO: Comparar a tradicional proteção miocárdica oferecida pela cardioplegia cristalóide gelada infundida na aorta associada à hipotermia sistêmica e ao pinçamento intermitente da aorta (Grupo I), à cardioplegia sangüínea normotérmica com indução pela aorta e manutenção por via retrógrada (seio coronário) associada a normotermia sistêmica. CASUÍSTICA E MÉTODOS: No período de maio de 1992 a maio de 1994, foram selecionados de forma consecutiva, não randomizada, de acordo com pré-requisitos que acrescentavam alta morbi-mortalidade à cirurgia de revascularização miocárdica (CRVM), dois grupos de 50 pacientes. Todos os pacientes selecionados apresentavam: instabilidade ou intratabilidade clínica, mais de três ramos arteriais coronários, ou tronco de coronária esquerda ocluídos, ou gravemente obstruídos e grave disfunção ventricular esquerda de etiologia isquêmica. RESULTADOS: Os grupos foram semelhantes quanto às variáveis pré-operatórias. O Grupo II teve maior média de enxertos (3,82x3,40), conseqüentemente maior tempo de pinçamento aórtico (70,74x62,6 min) e maior tempo de circulação extracorpórea (CEC) (97,50x93,86 min). O Grupo I teve maior incidência de fibrilação ventricular após despinçamento aórtico (20%x4%) p=0,032, maior necessidade de inotrópicos para sair da CEC (18%x12%) maior necessidade de assistência circulatória (14%x8%), maior incidência de infarto agudo do miocárdio (20%x12%); teve ainda menor incidência de vetilação mecânica prolongada (6%x12%), maior mortalidade imediata (12%x6%), hospitalar (14%x10%) e global (26%x16%) e maior incidência de óbitos de causas cardíacas (12%x4%). CONCLUSÃO: A comparabilidade dos grupos ficou prejudicada pela maior média de enxertos do Grupo II, conferindo maior gravidade a este grupo. Mesmo assim, os resultados deste grupo foram superiores aos do Grupo I, embora isto não tenha sido corroborado pela análise estatística. Estes resultados, associados à impressão clínica, o aprimoramento técnico e o reconhecimento das limitações do método nos obrigaram a adotá-lo como forma de proteção miocárdica neste grupo específico de pacientes

    Hybrid Treatment with Complete Transposition of Supra-Aortic Trunks versus Conventional Surgery for the Treatment of Aortic Arch Aneurysm

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    Abstract Objective: The disease of the aortic arch is traditionally approached by open surgical repair requiring cardiopulmonary bypass and circulatory arrest. This study performed a retrospective analysis comparing outcomes through primary hybrid patients submitted to aortic arch surgery without cardiopulmonary bypass with patients submitted to conventional open surgery. Methods: 25 patients submitted to the aortic arch surgery were selected in the period 2003-2012 at the Madre Teresa Hospital in the city of Belo Horizonte, Brazil; 13 of these underwent hybrid technique without cardiopulmonary bypass and 12 underwent conventional open surgery. Results: The mortality rate for the hybrid group was 23% and for the conventional surgery group was 17% (P=0.248). The postoperative complication rate was also similar in both groups, with no significant difference. Conclusion: Both techniques proved to be similar in mortality and morbidity. However, due to the small sample, more analytical studies with larger samples and long-term follow-up are needed to clarify this issue

    Revascularização completa do miocárdio. Pontes seqüenciais de veia safena, anastomoses seqüenciais da artéria torácica interna e enxertos compostos: análise de 165 casos consecutivos

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    Buscando a revascularização completa do miocárdio, 165 casos foram analisados dentre 359 pacientes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio, no período de janeiro de 1995 a janeiro de 1996, com pontes de veia safena e/ou artéria torácica interna, de forma seqüencial, ou associadas como enxertos compostos. Destes, 132 receberam pontes seqüenciais de veia safena servindo a 2 ou mais ramos arteriais coronários, 25 foram tratados através de anastomoses seqüenciais de artéria torácica interna, de forma simples, interessando aos ramos interventricular anterior e diagonais da coronária esquerda, enquanto 8 receberam enxertos compostos de artéria torácica interna direita e esquerda associados a segmentos de veias safenas, que terminavam em ramos das artérias coronárias direita e esquerda. Em 96% os casos a operação programada foi realizada, obtendo-se revascularização completa. Ocorreu um único (0,6%) óbito hospitalar conseqüente a infarto do miocárdio transoperatório, seguido de síndrome de baixo débito cardíaco; a morbidade não diferiu daquela presente nos procedimentos usuais de revascularização cirúrgica do miocárdio. Os cuidados na dissecção e preparo dos pedículos da artéria torácica interna, bem como na retirada e preparo para implante das veias safenas, somados àqueles necessários à obtenção da perfeita anastomose seqüencial, de modo a evitar torções, angulações e acotovelamentos dos enxertos, são enfatizados como fundamentais para o excelente resultado obtido na série analisada. Nossos resultados entusiasmam o emprego da crescente freqüência no uso da técnica da revascularização completa do miocárdio.<br>The authors analyse 165 patients out of 359 submitted to myocardial revascularization during the period between January 1995 and January 1996, in which the saphenous veins and the internal thoracic arteries have been used as a sequential graft, or associated with a composit graft; 132 received saphenous veins as a sequential graft to two or more coronary branches, 25 had sequential anastomosis of the left internal thoracic artery to IVA and diagonal branches of the left coronary artery, and 8 cases had both saphenous veins and internal thoracic arteries used as a composite graft to branches of the left and right coronary arteries. In 96% of the cases the scheduled surgery was performed, one patient died in the immediate post-operative period (0.6%) and the morbidity was not different from that found in the standard coronary artery surgery. Details of the preparation of the grafts, as well as operative technique is discussed, and the results of this series stimulated us for further use of the sequential grafts aiming for complete myocardial revascularization
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