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Biologia dos coléteres foliares em Rubiaceae de cerrado e floresta estacional semidecídua do estado de São Paulo
Colleters are responsible for the secretion of mucilaginous or resinous substance, usually associated with the protection of the meristem and developing organs against desiccation and damage by pathogens, herbivores, and also with the formation of bacterial leaf nodes. Additional compounds such as alkaloids, lipids and phenolic compounds may be present in the secretion of colleters. Variations in the composition to indicate the specificity and subcellular mechanisms for synthesis and release of colleters secretion of different species. In Rubiaceae colleters can be classified as: standard, reduced standard, intermediate, brush-like, winged, filiform, dendroid and lacrimiforme. This study compared 17 species of Rubiaceae occurring in savanna and semi-deciduous forest. Were evaluated morphology, distribution and histochemistry of stipular colleters using optical and scanning electron microscopy. To evaluate the subcellular mechanisms of the secretory cells of colleters eight species were selected with standard colleters with variation in the nature of secretion, which were subjected to analysis in a transmission electron microscope using conventional and cytochemical techniques - ZIO for marking endomembrane systems, osmium-imidazole for unsaturated lipids and polysaccharides to Thiéry. Moreover, in situ monitoring was performed microclimate, budding period and proportion of new leaves damaged apices on both ecosystems throughout a year. Among the 17 species studied, 14 showed colleters standard with variation in the distribution and size. The secretion varied from predominantly hydrophilic, mixed to predominantly lipophilic. This secretion variation reflected in differences in the populations of organelles between species, mainly on the number and appearance of plastids, endoplasmic reticulum and dictyosomes including vesicles associated with these. Secretion accumulation sites were evident in the outer periclinal wall of epithelial ...Coléteres são estruturas responsáveis pela secreção de substância mucilaginosa ou resinosa, geralmente associados com a proteção ao meristema e aos órgãos em desenvolvimento contra dessecação e danos por patógenos, herbívoros, e ainda, com a formação de nódulos bacterianos foliares. Compostos adicionais como alcaloides, compostos fenólicos e lipídios podem estar presentes na secreção dos coléteres. As variações na composição indicam especificidade na função e nos mecanismos subcelulares de síntese e liberação da secreção dos coléteres de diferentes espécies. Em Rubiaceae os coléteres variam quanto à morfologia podendo ser classificados como: padrão, padrão-reduzido, intermediário, filiforme, escova, dendroide e lacrimiforme. Neste estudo foram comparadas 17 espécies de Rubiaceae ocorrentes em cerrado e floresta estacional semidecídua. Foram avaliadas morfologia, distribuição e histoquímica dos coléteres estipulares usando microscopia óptica e eletrônica de varredura. Para avaliação dos mecanismos subcelulares das células secretoras dos coléteres, foram selecionadas oito espécies com coléteres padrão com variação na natureza da secreção, as quais foram submetidas a análises em microscópio eletrônico de transmissão com uso de técnicas convencionais e citoquímicas - ZIO para marcação do sistema de endomembranas, ósmio-imidazol para lipídios insaturados e Thiéry para polissacarídeos. Além disso, foi realizado acompanhamento in situ do microclima, período de brotamento de novas folhas e proporção de ápices danificados em ambos os ecossistemas ao longo de um ano. Dentre as 17 espécies estudadas, 14 apresentaram coléteres padrão com variação na distribuição e no tamanho. A secreção variou de predominantemente hidrofílica, mista ou predominantemente lipofílica. Esta variação refletiu em diferenças nas populações de organelas entre as espécies, principalmente,...Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP
Structural changes in Psidium guajava 'Paluma' leaves exposed to tropospheric ozone Alterações anatômicas em folhas de Psidium guajava 'Paluma' expostas ao ozônio troposférico
Psidium guajava 'Paluma' has being tested as an ozone (O3) bioindicator and responds with pigmentation between the veins on the adaxial surface, due to the accumulation of phenolic compounds. These compounds act as non-enzymatic antioxidants that neutralize reactive oxygen species (ROS), formed from O3. This study aimed to evaluate the leaf structure of plants with and without visible symptoms and to establish these symptoms at the cellular level. Beside this we also aimed to detect structural changes that can minimize the effects of the O3 on the plant. The accumulation of phenolic substances, stomatal density and structural changes in P. guajava 'Paluma' leaf tissues exposed during the four seasons of the year were evaluated. The study was conducted at the Parque Estadual das Fontes do Ipiranga ( PEFI), which is a park in the city of São Paulo that has high levels of O3. Leaves with symptoms showed, on the adaxial surface, anthocyanin accumulation in the vacuoles of epidermal cells and hypodermis. When the symptoms were more intense this accumulation was observed even in the first three layers of palisade parenchyma. Comparing symptomatic and asymptomatic leaves, there was higher accumulation of phenolic compounds in the symptomatic leaves. Some parenchyma cells adjacent to substomatal chambers showed intrusive growth towards the stomatal pore, promoting its occlusion, which could reduce the entry of O3 in the leaf. The accumulation of anthocyanins and other phenolic compounds, in addition to the occlusion of the chamber, protect the plant against O3 effects. These features and the compact arrangement of the mesophyll contribute to why Psidium guajava 'Paluma' does not present cell death, a symptom usually observed in species sensitive to O3.<br>Psidium guajava 'Paluma' vem sendo testada como bioindicadora de ozônio (O3) e responde com pigmentações, entre as nervuras, na superfície adaxial, decorrente do acúmulo de compostos fenólicos. Tais compostos atuam como antioxidantes não enzimáticos que neutralizam espécies reativas de oxigênio (ROS), formadas a partir do O3. O estudo objetivou comparar a estrutura foliar de plantas com e sem sintomas visíveis para estabelecer como esses sintomas se apresentam em nível celular. Para tanto, avaliaram-se acúmulo de substâncias fenólicas, densidade estomática e alterações estruturais nos tecidos foliares de P. guajava 'Paluma', exposta durante as quatro estações do ano, no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI), área verde da cidade de São Paulo, com altos índices de O3. Folhas com sintomas apresentaram, na superfície adaxial, antocianina nos vacúolos das células da epiderme, da hipoderme e, quando o sintoma foi mais intenso, em até três primeiras camadas do parênquima paliçádico, além de maior acúmulo de outros compostos fenólicos, em comparação com folhas assintomáticas. Algumas células parenquimáticas contíguas à câmara subestomática mostraram crescimento intrusivo em sua direção, promovendo a oclusão da câmara, o que pode contribuir para reduzir a entrada de O3 na folha. O acúmulo de antocianina e outros compostos fenólicos, além da oclusão da câmara subestomática são características que podem conferir proteção à planta contra efeitos do O3. Tais características, somadas à compactação do mesofilo, contribuem para que Psidium guajava 'Paluma' não apresente morte celular, sintoma frequente em espécies sensíveis ao O3
An\ue1lise estrutural de folhas de Eugenia uniflora L. (Myrtaceae) coletadas em ambientes rural e urbano, SP, Brasil
Objetivou-se com este estudo verificar se plantas de Eugenia uniflora que crescem na cidade de São Paulo, diferem quanto à estrutura foliar, de exemplares encontrados em área rural, isenta de poluentes aéreos urbanos. Foram avaliadas, comparativamente, as dimensões da folha e, em microscopia de luz, a espessura dos tecidos foliares, a densidade de estômatos e de cristais da espécie, coletada em área rural e em dois pontos da cidade de São Paulo: canteiro central da Avenida dos Bandeirantes, com tráfego veicular intenso, portanto com alta carga de poluentes primários, e no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI) submetido a altas concentrações de poluentes secundários. Buscaram-se variações que possam ser decorrentes da poluição urbana. As folhas coletadas no meio urbano mostraram menores dimensões, menor espessura do mesofilo, maior densidade estomática e maior quantidade de cristais. A espessura do parênquima lacunoso sofreu redução, quando se comparam as plantas do ambiente rural e urbano; observou-se a menor espessura nas folhas submetidas a poluentes secundários. Não foram observadas variações qualitativas entre as folhas dos três locais avaliados. Considerando que folhas coletadas no meio urbano variaram menos entre si, quando comparadas àquelas de área rural, acredita-se que a poluição aérea da cidade possa ser responsável, pelo menos em parte, pelas variações observadas. Exposições padronizadas, em ambiente monitorado, devem ser realizadas para comprovar tal hipótese