Endometriose - uma revisão abrangente sobre patogenia e epidemiologia, investigação diagnóstica, abordagem clínica e cirúrgica

A endometriose é uma condição médica complexa que afeta milhões de mulheres em todo o mundo. Sua patogenia envolve o crescimento de tecido semelhante ao endométrio fora do útero, causando inflamação e dor crônica. Ainda não está totalmente esclarecido o motivo pelo qual isso ocorre, mas fatores genéticos, hormonais e imunológicos desempenham um papel significativo. Quanto à epidemiologia, estima-se que cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva sejam afetadas, com uma proporção ainda maior entre aquelas que sofrem de dor pélvica crônica e infertilidade. A investigação diagnóstica muitas vezes começa com uma história clínica detalhada, seguida de exames físicos e de imagem, como ultrassonografia transvaginal e ressonância magnética. No entanto, o diagnóstico definitivo muitas vezes requer laparoscopia diagnóstica, um procedimento cirúrgico minimamente invasivo durante o qual os tecidos suspeitos são visualizados e, se necessário, removidos para biópsia. Quando se trata de abordagem clínica, o objetivo principal é aliviar os sintomas, como dor pélvica crônica e dispareunia, além de preservar ou melhorar a fertilidade, quando aplicável. Isso geralmente envolve o uso de analgésicos, terapia hormonal e, em alguns casos, cirurgia para remover tecido endometrial ectópico. No entanto, a terapia cirúrgica nem sempre é a primeira opção e geralmente é reservada para casos mais graves ou quando outras abordagens não são eficazes. Por fim, a endometriose é uma condição desafiadora que requer uma abordagem multifacetada. Compreender sua patogenia e epidemiologia é fundamental para o diagnóstico preciso, enquanto a investigação diagnóstica é crucial para orientar o tratamento adequado. A abordagem clínica e cirúrgica visa aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida das pacientes, com ênfase na preservação da fertilidade sempre que possível