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    Estudo da penetração ocular da Eritropoietina administrada pela via subconjunctival em coelhos

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    Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina VeterináriaEstudos recentes demonstram que a Eritropoietina (EPO), para além do seu conhecido efeito eritropoiético, tem acção neuroprotectora e neuroregenerativa sobre as células ganglionares da retina (RGC), sendo actualmente considerada um promissor agente terapêutico nas doenças isquémicas retinianas como o glaucoma. Estudos prévios utilizaram a via de administração sistémica, a via intravítrea ou a via retrobulbar para atingirem concentrações terapêuticas ao nível da retina, pouco exequíveis na prática clínica. Pretende-se estudar outra via de administração de EPO a nível ocular que demonstre eficácia, seja minimamente invasiva e que apresente uma baixa taxa de complicações. Este trabalho tem por objectivo avaliar a via subconjuntival como via eficaz para a administração ocular de EPO. Foram utilizados 6 coelhos albinos Nova Zelândia. A cada animal foi administrado num dos olhos 100 UI de EPO pela via subconjunctival. Os olhos contra laterais serviram como controlo. Foi doseada EPO no humor vítreo às 6, 12, 36 e 48 horas e no soro às 1, 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27, 30, 33, 36 e às 48 horas após administração. A cada animal incluído no estudo foi realizada um hemograma no dia 0, no dia 7 e no dia 14 do ensaio, para avaliar os efeitos sistémicos da administração subconjunctival de EPO na eritropoiese, e foi realizado um electroretinograma (ERG) no dia 0 e no dia 30 do ensaio experimental. A administração da EPO pela via subconjunctival permitiu a obtenção de uma curva de concentração vítrea, que atingiu a concentração máxima 12 horas após injecção com um valor de 0,60 ± 0,06 mUI/ml. Observou-se também uma curva de absorção sistémica que atingiu a concentração máxima 3 horas após injecção com um valor de 33,4±0,66 mUI/ml. Tanto na contagem de glóbulos vermelhos como no hematócrito não se verificaram alterações significativas, nem aos 7 dias nem aos 14 dias após injecção. No que se refere ao ERG e analisando os resultados referentes à onda-a e ao intervalo N1-P1 verificou-se que não ocorreram alterações significativas desde o início do ensaio (dia 0) até ao final (dia 30). Quanto aos resultados observados na onda-b, observou-se um aumento de 49% (p=0,031) na resposta dos olhos tratados com EPO ao fim de 30 dias quando comparada com a resposta basal (dia 0). Concluiu-se com este estudo que a administração subconjuntival é uma via alternativa para a utilização terapêutica da EPO no tratamento de doenças isquémicas retinianas. Mais estudos são necessários para definir a cinética vítrea e plasmática da EPO administrada pela via subconjunctival, tanto em condições fisiológicas como em condições de doença isquémica ocular.ABSTRACT - Recently Erythropoietin (EPO) had been shown to have neuroprotective and neuroregenerative effects on retinal ganglion cells (RGC), apart from its erythropoietic properties. For this reason EPO is actually considered a promissory therapeutic agent on ischemic retinal diseases. The death of RGCs, which results in the progressive loss of visual function, occurs in glaucoma and other ocular diseases caused by hypoxia and ischemia. All the previous studies used the systemic, intraviteal or retrobulbar administration to acquire therapeutic concentrations on the retina, both difficult to use in clinical practice. The goal is to study another route of administration of EPO to the eye that shows efficiency and is minimally invasive while presenting a low tax of complications in clinical practice. With the present study we pretend to evaluate the efficacy of the subconjunctival delivery method of ocular EPO. New Zealand white rabbits were used (n=6). EPO (100 UI) was administered by subconjunctival route to the right eye of each animal. The opposite eye served as control. After administration, EPO was measured in the vitreous humor at 6, 12, 36 and 48 hours, and in plasma at 1, 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27, 30, 33, 36 and 48 hours. A blood count was performed to each animal included in the study on day 0, day 7 and day 14 of the experiments, to assess the effects on erythropoiesis of subconjunctival administration of EPO and an electroretinogram (ERG) was performed on day 0 and on day 30 of the procedures to evaluate the effects of subconjunctival administration of EPO on the retina. The subconjunctival administration of EPO allowed a vitreous absorption curve which reached a maximum concentration 12 hours after injection with a value of 0.6 ± 0.06 mIU / ml and a plasmatic absorption curve which reached a maximum concentration after 3 hours injection with a value of 33.4 ± 0.66 mIU / ml. Both the red blood cell count and hematocrit evaluated on day 7 and day 14 after the injection showed no significant changes. Regarding the ERG and on what concerns the results of the a-wave and N1-P1 amplitudes, no significant changes were observed between the beginning of the experiments (day 0) and the end (30 days). Concerning to the b-wave amplitudes there was a remarkable increase of 49% (p=0,031) on the EPO treated eyes on day 30 when compared with the baseline response (day 0). In conclusion, subconjunctival administration of EPO is a possible alternative to the therapeutic use on ischemic retinal diseases. Further studies are necessary to assess the blood and intravitreal kinetic of EPO after subconjunctival administration, both in physiological conditions and ischemic ocular disease

    Núcleos de Ensino da Unesp: artigos 2007

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