3 research outputs found

    Construção de um plano operativo na farmácia central de um município do interior do Paraná, Brasil

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    O presente artigo tem como objetivo relatar a experiência de construção de um Plano Operativo (PO) utilizando o método do Planejamento Estratégico Situacional (PES), para uma farmácia pública em um município do interior do estado do Paraná. O PO foi elaborado de forma participativa, em conjunto com atores envolvidos com a Assistência Farmacêutica do município. O problema priorizado foi a falta de profissionais treinados na farmácia, mostrando a fragilidade na dispensação de medicamentos no município. A capacitação desses profissionais, com treinamentos e atualizações periódicas, melhoraria o acesso da população aos medicamentos e contribuiria para que eles fossem utilizados de forma correta e segura. Um planejamento participativo e dinâmico pode servir como base para gestores em planejamentos futuros, incluindo o modelo de trabalho com a realização de oficinas

    Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: o diagnóstico pode ser terapêutico?

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    Nosso objetivo é discutir a relação entre o efeito placebo e metilfenidato, fármaco utilizado no tratamento do Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), por meio do conceito de resposta de significado de Daniel Moerman (2002). A resposta de significado está relacionada ao efeito placebo, porém amplia esse conceito, já que também considera os efeitos psicológicos e fisiológicos do significado do tratamento de uma doença ou de um mal-estar, ou seja, envolve tanto substâncias inertes (placebo) quanto medidas terapêuticas. Foram analisados artigos científicos que compararam os efeitos do metilfenidato com placebo. A busca se deu na base de dados Pubmed, no período de 2000 a 2010. Observamos que a resposta de significado ocorre em estudos com metilfenidato e placebo, porém sugerimos que essa resposta tem início no momento em que o indivíduo e sua família recebem o diagnóstico do TDAH, que pode ser encarado como uma forma de alívio para os problemas comportamentais e esperança de eficácia do tratamento com metilfenidato

    Determinismo biológico e as neurociências no caso do transtorno de déficit de atenção com hiperatividade Biological determinism and neuroscience in the case of attention deficit disorder with hyperactivity

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    Nosso objetivo é refletir de que forma as neurociências podem ser fortemente reducionistas quando tentam explicar comportamentos somente com base em processos cerebrais, e usamos como exemplo o caso do transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). O reducionismo ao qual nos referimos, também chamado determinismo biológico ou neurogenético, na questão das neurociências, é o epistemológico, ou seja, aquele que tenta explicar um problema complexo apenas por algumas de suas partes, desconsiderando outros fatores, tais como sociais e culturais. Como o TDAH atualmente é descrito essencialmente como uma doença cerebral, aplicamos um modelo de sequência redutora defeituosa para o determinismo neurogenético proposto por Steven Rose, que inclui: objetivação, aglomeração arbitrária, quantificação improcedente, crença na normalidade estatística, localização ilegítima, causalidade fora de lugar, classificação dicotômica de causas genéticas e ambientais e a confusão de metáfora com homologia. A vida é um fenômeno complexo e está relacionada com aspectos biológicos e sociais. Dessa forma, explicações sobre ela são adequadas somente quando levam em conta esses dois aspectos. Sugerimos, dessa forma, que parte das neurociências utiliza explicações reducionistas para várias condições mentais classificadas como doenças, incluindo o TDAH.<br>Our goal is to reflect how the neurosciences can be strongly reductionist when trying to explain behaviors based solely on brain processes, and use as an example the case of attention deficit disorder with hyperactivity (ADHD). The reductionism to which we refer, also called biological or neurogenetic determinism, the question of neuroscience, is the epistemological, ie one that tries to explain a complex problem for only some of its parts, ignoring other factors such as social and cultural. As ADHD is currently described as essentially a disease of the brain, we applied a model for defective reductive sequence neurogenetic determinism proposed by Steven Rose, which includes: objectification, arbitrary agglomeration, quantification unfounded belief in statistical normality, location illegitimate, causality outside place, dichotomous classification of genetic and environmental causes and confusion of metaphor with homology. Life is a complex phenomenon and is related to biological and social aspects. Thus, explanations are appropriate only when it takes into account these two aspects. We suggest, therefore, that some uses of neuroscience reductionist explanations for various conditions classified as mental illnesses, including ADHD
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