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A influência da regulação do acesso aos serviços de saúde e da incorporação tecnológica no perfil de mortalidade da pancreatite aguda biliar
PURPOSE: The influence of treatment access regulation and technological resources on the mortality profile of acute biliary pancreatitis (ABP) was evaluated. METHODS: The cases seen in a tertiary hospital were studied during two periods of time: 1995-1999 and 2000-2004, i.e., before and after the implementation of medical regulation. RESULTS: Among the 727 patients with acute pancreatitis, 267 had ABP and were classified according to APACHE II scores. The cases being referred to the tertiary hospital decreased from 441 to 286 (p < 0.001). The patients' profile regarding age, gender, severity, cholestasis incidence and mortality were similar during the first and second periods of study (n = 154 and n = 113, respectively). The number of patients with hematocrit > 44% was smaller during the second study period (p<0.002). The use of magnetic resonance cholangiography, videolaparoscopic cholecystectomy, and access to the ICU were found to be more frequent during the second study period. Regarding the deaths occurring within 14 days of hospitalisation, 73.4% and 81.3% were observed during the first and second study periods, respectively. CONCLUSION: Since the improvement in clinical and technological approach was not enough to modify the mortality profile of ABP, further studies on the treatment of inflammatory responses should be carried out.OBJETIVO: Avaliou-se a influência do acesso aos recursos assistenciais e tecnológicos sobre a mortalidade na pancreatite aguda biliar (PAB). MÉTODOS: Os casos de PAB tratados num hospital universitário foram estudados em dois períodos: 1995 a 1999 e 2000 a 2004, antes e depois da implantação da Regulação Médica. RESULTADOS: Do total de 727 casos com pancreatite aguda atendidos, 267 apresentavam PAB e tiveram a gravidade avaliada pelo escore de APACHE II. Houve redução dos encaminhamentos de casos entre os períodos, de 441 para 286 (p < 0,001). O perfil dos pacientes com PAB no primeiro período (n = 154) e no segundo (n =113) foi semelhante quanto à idade, sexo, gravidade, incidência de colestase e mortalidade. A incidência de pacientes com hematócrito > 44 foi menor no segundo período (p < 0,002). O emprego de colangiografia por ressonância magnética, da colecistectomia por videolaparoscopia e do acesso à terapia intensiva foi significantemente maior no segundo período. A maioria dos óbitos ocorreu até os 14 dias de admissão, 73,4% no primeiro período e 81,3% no segundo. CONCLUSÃO:A melhora do suporte tecnológico e clínico não foi suficiente para modificar o perfil de mortalidade na PAB, o que indica a necessidade de avaliar terapêuticas para a sua resposta inflamatória.FAEP