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    INFLUÊNCIA DA VARIABILIDADE ESPACIAL EM VINHEDO IRRIGADO NA QUALIDADE DA UVA E DO VINHO “SYRAH” DE INVERNO.

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    RESUMO A prática da agricultura de precisão na produção de uvas para elaboração de vinhos (vitivinicultura de precisão) permite ou requer a avaliação da variabilidade espacial de atributos do solo e da planta e a sua possível influência sobre as uvas e os vinhos. Esta avaliação pode ser utilizada para orientar práticas de manejo sítio-específico, visando a obtenção de vinhos com propriedades diferentes, mas provenientes de um mesmo vinhedo. Dessa forma, este estudo teve como objetivo caracterizar a variabilidade espacial de um vinhedo comercial e delimitar zonas de manejo com base em atributos do solo (condutividade elétrica aparente e umidade) e da planta (índices de vegetação). O estudo também avaliou se as zonas de manejo diferenciam-se entre si quanto aos atributos químicos e físico-hídricos do solo, bem como quanto aos atributos ecofisiológicos da videira, aos atributos quantitativos e qualitativos das uvas e à composição dos vinhos, em dois ciclos de produção subsequentes (2020 e 2021). O vinhedo objeto de estudo tem 1,1 ha e pertence à Vinícola Terras Altas, localizada em Ribeirão Preto, SP (21º 17’ 24,53” S, 47º 50’ 46,83” O, 730 m). A videira ‘Syrah’ (Vitis vinifera L.) foi enxertada sobre os porta-enxertos ‘Paulsen 1103’ e ‘IAC 572’, e plantada em 2017 no espaçamento de 1 x 2,8 m entre plantas e fileira, respectivamente. As plantas foram sustentadas pelo sistema de espaldeiras, conduzidas com cordão Royat bilateral, e irrigadas por gotejamento, com 1 emissor por planta. O manejo da dupla-poda da videira foi adotado para a realização da colheita de uvas no período de inverno (julho). Duas zonas de manejo (Z1 e Z2) foram delimitadas e orientaram a colheita diferenciada ou seletiva de uvas. A comparação entre as zonas de manejo foi feita considerando a discretização da área ocupada por cada porta-enxerto, isoladamente, e considerando também a área do vinhedo como um todo. Diferenças significativas entre as zonas de manejo foram observadas quanto aos atributos químicos e físico-hídricos do solo, com maiores valores das frações granulométricas areia e argila, respectivamente, em Z2 e Z1, e maiores valores de umidade e susceptibilidade magnética do solo em Z2. Não ocorreram diferenças entre zonas de manejo quanto à abertura estomática nas folhas de videira. As videiras em Z2 apresentaram maiores valores de massa total de cachos por planta, massa média de cachos, acidez titulável e pH, enquanto as plantas em Z1 foram associadas a maior razão sólidos solúveis / acidez titulável, teor de ácido tartárico e atividade antioxidante. Os vinhos oriundos de uvas de cada zona de manejo foram diferenciados conforme a análise multivariada de suas características. A variabilidade espacial do vinhedo expressa por duas zonas de manejo tornou possível a implementação da colheita seletiva de uvas e elaboração de vinhos de inverno ‘Syrah’ com características distintas.Orientador: Dr. Luís Henrique Basso

    A variabilidade espacial da vazão de gotejadores afeta a performance da irrigação localizada para o cultivo de videiras viníferas.

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    O desempenho de um sistema de irrigação por gotejamento instalado em um vinhedo comercial foi avaliado conforme medidas da vazão dos emissores (L h-1 ) e cálculo dos coeficientes de uniformidade de distribuição (CUD, %) e de Christiansen (CUC, %), além da eficiência de aplicação (Ea, %). Cento e vinte pontos de coleta foram distribuídos ao longo da área para fins de caracterização da variabilidade espacial da vazão dos gotejadores por meio de análise geoestatística, seguida da predição espacial por krigagem. O sistema de irrigação avaliado apresentou uniformidade adequada, dada a classificação dos valores do CUD (89,41%, ?bom?) e CUC (93,64%, ?excelente?). Entretanto, a Ea (80,47%) apresentou-se abaixo dos valores de referência para sistema de irrigação localizada (90 - 95%). A variabilidade espacial da vazão dos emissores foi identificada e duas zonas homogêneas (ZH) foram delimitadas no vinhedo, as quais apresentaram diferença significativa entre si quanto a mediana da vazão precipitada pelos emissores. Como efeito, estimou-se que a irrigação total necessária (lâmina bruta) aplicada no decorrer de dois ciclos de produção da videira foi variável de acordo com cada zona delimitada no vinhedo

    Diferentes métodos de sensoriamento proximal do dossel de videiras promovem divergências no mapeamento de índices de vegetação.

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    A estimativa de índices de vegetação (IV) viabiliza o monitoramento da variabilidade espacial do vigor vegetativo em vinhedos, porém faz-se necessário questionar se diferentes práticas de sensoriamento podem interferir nos resultados obtidos. Este estudo demonstra a discrepância no mapeamento dos IV NDRE e NDVI estimados a partir de duas metodologias de coleta de dados de reflectância (ρ) do dossel de videiras, obtidos via sensoriamento proximal. Medidas georreferenciadas de ρ correspondentes aos comprimentos de onda (λ) de 670, 730 e 780 nm foram tomadas conforme duas disposições distintas do sensor ativo ACS-430 em relação a copa das plantas. Após a estimativa dos IV a sua predição espacial foi realizada por análise geoestatística e krigagem ordinária. Os valores interpolados foram normalizados e classificados para delimitação de zonas homogêneas (ZH) do vigor vegetativo no vinhedo avaliado. Determinou-se a variabilidade relativa quanto à estimativa dos IV por cada metodologia a partir do cálculo e da predição espacial do coeficiente de variação (CV). A comparação entre as regionalizações de ambos os IV foi realizada por medidas estatísticas de concordância entre os métodos de coleta de dados. Ambos os procedimentos de medida de ρ produziram estimativas dos IV com uma reduzida dispersão relativa em torno da média. Entretanto, a disposição espacial das ZH do NDRE e NDVI correspondentes a cada metodologia apresenta discrepâncias, dada a concordância ?moderada? e ?fraca? entre si, respectivamente

    Variabilidade espacial da condutividade elétrica aparente ao longo do perfil do solo de vinhedos comerciais.

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    A caracterização da variabilidade espacial da condutividade elétrica aparente do solo (CEa) de vinhedos comerciais a partir do sensoriamento proximal dessa propriedade em diferentes intervalos de profundidade do perfil é apresentada nesse estudo. Medidas de CEa, representativas dos intervalos de profundidade de 0-0,20, 0-0,40, 0-0,50 e 0-1,00 m, foram feitas a partir da superfície do solo em dois vinhedos comerciais utilizando um medidor portátil desenvolvido pela Embrapa Instrumentação e o sensor EM38-MK2. A dependência espacial da CEa foi avaliada por meio de análise geoestatística, seguida da predição espacial por krigagem ordinária. Os valores estimados da CEa foram normalizados e classificados para delimitação de zonas homogêneas (ZH) e elaboração de mapas categóricos deste atributo. A magnitude da associação espacial entre as regionalizações da CEa em intervalos de profundidades distintos foi realizada pelo cálculo de indicadores de concordância implementados para comparação de mapas temáticos. A CEa apresenta variabilidade espacial ao longo do perfil do solo, porém o padrão de distribuição de ZH desse atributo nos vinhedos é variável conforme o intervalo de profundidade e a área avaliada. A maior concordância entre os mapas categóricos de CEa correspondentes aos intervalos de profundidades superficiais do solo (0-0,20 e 0- 0,40 m) indicam que essas camadas podem apresentar semelhança quanto aos seus atributos físico-químico
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