25 research outputs found

    Lateralização de anormalidades eletrencefalográficas focais

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    Embora morfologicamente semelhantes, os hemisférios cerebrais apresentam diferenças funcionais geneticamente determinadas. As anormalidades eletrencefalográficas focais deveriam ocorrer simetricamente numa população geral, embora a literatura tenha observado um predomínio à esquerda. O objetivo deste trabalho é relatar o primeiro estudo latino-americano sobre uma grande série de EEGs, caracterizando possíveis diferenças intra e interemisféricas, correlacionando ao gênero, às faixas etárias e às queixas clínicas associadas. Foram estudados retrospectivamente 10.408 EEGs, realizados de abril de 2001 a abril de 2010, os quais foram classificados de acordo com a presença de anormalidades focais específicas (descargas) e inespecíficas (ondas lentas focais). Os EEGs foram divididos de acordo com o gênero e a idade. Dentre os 1.411 laudos enquadrados no método, descargas ocorreram em 31,9% e ondas lentas focais, em 67,6%. As anormalidades eletrencefalográficas focais (descargas e ondas lentas) foram mais prevalentes no hemisfério cerebral esquerdo (p<0,001). Observou-se uma lateralização mais evidente entre adultos, quando comparados aos adolescentes e às crianças (p<0,05). Descargas focais foram mais prevalentes no lobo temporal. À esquerda, nos lobos temporal e parietal (p<0,001). À direita, no lobo frontal. Dentre os portadores de ondas lentas à esquerda, observou-se uma maior prevalência de mulheres. À direita, predominaram os homens. Ondas lentas foram mais observadas no lobo temporal. À esquerda, elas prevaleceram nos lobos temporal e parietal. À direita, nos lobos frontal e occipital (p<0,001). O achado clínico mais associado à presença de descargas foi epilepsia, em ambos os hemisférios cerebrais. Ondas lentas focais foram mais associadas a queixa de cefaleia. Epilepsia foi o achado clínico mais associado à presença ondas lentas à direita, enquanto que cefaleia predominou entre os que apresentavam ondas lentas à esquerda. Tais achados sugerem uma assimetria neurofuncional entre os hemisférios cerebrais, expressa pelas diferenças neurofisiológicas, e possibilitam uma ampla discussão acerca de aspectos neuroanatômicos e de neuroplasticidade cerebral, à luz dos conhecimentos neuroquímicos e de neuroimagem, atualmente disponívei

    Excessive daytime sleepiness in the elderly: association with cardiovascular risk, obesity and depression

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    OBJECTIVE: To observe the relationship between Excessive Daytime Sleepiness (EDS) and the presence of risk factors for cardiovascular dysfunction, depression and obesity in the elderly. METHODS: We interviewed 168 elderly from the community of Campina Grande, Paraíba. They were selected according to health districts in the period of 2010. We used the Epworth Sleepiness Scale to diagnose excessive daytime sleepiness (> 10 points); waist circumference for the risk of cardiovascular dysfunction (> 94 or > 80 cm); Geriatric Depression Scale for depression (>10 points) and body mass index for obesity (> 25 kg/m2). Association analysis was performed by the Chi-square test adjusted for sex and age group, adopting α < 0.05. RESULTS: One hundred and sixty eight elderly individuals with mean age of 72.34 ± 7.8 years old participated in this study, being 122 (72.6%) women. EDS was identified in 53 (31.5%) of them; depression, in 72 (42.9%); overweight/obesity, in 95 (64.46%); and risk of cardiovascular dysfunction, in 129 (79.6%). Depressed men (78.6%, p = 0.0005) and risk of cardiovascular dysfunction (57.1%, p = 0.02) were more prone to EDS. In women, only obesity was related to sleepiness (42.1%, p = 0.01). Only those aged between 70 - 79 years old showed association between sleepiness and obesity. CONCLUSION: It was found that obesity for women, and depression and cardiovascular dysfunction risking for men were associated with EDS in the elderly. The variable sex is a confusion condition for the association with sleepiness

    Hospitalização por acidente vascular encefálico isquêmico no Brasil: estudo ecológico sobre possível impacto do Hiperdia

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    RESUMO: Objetivo: O estudo avaliou a tendência de hospitalização por acidente vascular encefálico isquêmico (HAVEI) e a sua mortalidade hospitalar no Brasil nos últimos 15 anos, assim como o impacto do programa Hiperdia nesse cenário. Métodos: Delineou-se um estudo ecológico com abordagem analítica e dados coletados no Sistema de Internação Hospitalar sobre episódios de AVEI, referentes aos anos de 1998 a 2012. Todos os dados foram estratificados por sexo e faixa etária, criando-se um indicador para HAVEI e proporção de mortalidade hospitalar. A fim de estimar a tendência dos dados criou-se uma curva polinomial de melhor aderência e para a averiguar o impacto do Hiperdia aplicou-se o Modelo Linear Generalizado tomados como desfecho a HAVEI e a mortalidade hospitalar. Adotou-se um nível de significância de 5% para minimizar um erro tipo I. Resultados: Foi evidenciada redução das HAVEI de 37,57/105 habitantes em 1998 a 2001 para 10,33/105 habitantes em 2002 a 2005, declinando 73,64%. A redução aconteceu em ambos os sexos, assim como para todas as faixas etárias. A mortalidade hospitalar por AVEI também declinou no Brasil a partir de 2002, tanto em homens como em mulheres, porém em menos de 3% e apenas nas faixas entre 0 e 14 anos e acima de 80 anos não detectamos tendência. Conclusão: Portanto, o declínio das HAVEI coincidiu temporalmente com a implementação do Hiperdia no ano de 2002 e essa tendência se mantém até hoje
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