1,987 research outputs found

    O Hospital e o Adolescente Uma Visão Num Hospital Pediátrico

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    Com o objectivo de conhecer as opiniões e expectativas dos adolescentes acerca das condições de atendimento hospitalar, os autores aplicaram um auto-questionário, de resposta facultativa e anónima, aos utentes desse grupo etário em Março de 1995. Obtiveram-se 207 respostas no ambulatório e 33 no internamento; apenas 17% frequentavam a consulta pela primeira vez e, 26% utilizavam-na há mais de 5 anos; 64% dos inquiridos já tinham internamentos anteriores dos quais 78% neste hospital. Em caso de necessidade de internamento 59% preferia o hospital pediátrico e, 56,5% gostaria de uma consulta específica para o seu grupo etário. Quanto às condições de internamento 88,8% desejava ter apenas jovens da sua idade na enfermaria e, sublinham a importância da sua privacidade. Concluem pela necessidade de melhorar as condições de atendimento e internamento e promover a discussão sobre o funcionamento de unidades hospitalares para adolescentes

    Falências de Orgão em Pediatria

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    Objectivos: 1) Caracterizar as falências mono (OF) e multiorgão (MOF) numa Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos em relação a; altura do internamento em que ocorrem; associação de orgãos em falência e evolução dos doentes com falência mono e multiorgão. 2) Avaliar a performance de um índice de gravidade, o Pediatric Risk of Mortality (PRISM), para a população total da Unidade e para o grupo das falências multiorgão. 3) Identificar marcadores de risco de mortalidade nos doentes com MOF. Métodos: Revisão de uma base de dados e análise retrospectiva de todos os doentes internados em relação aos critérios de OF e MOF, sugeridos por Wilkinson et al. População: Total de doentes internados na Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos (UCIP) de um Hospital Terciário, durante um período de dois anos (Abril de 1991 a Março de 1993). Resultados Principais / Conclusões: Foram avaliados 1120 doentes, com uma média de idades de 45.9 ± 51.1 meses, sendo 961 (85.8%) médicos e 159 (14.2%) cirúrgicos. Eram previamente saudáveis 695 (62.1%), sendo os restantes 424 (37.9%) portadores de doença crónica. A mortalidade global foi de 5% (56/1120 doentes). Cento e oitenta e sete doentes (16.7%) preencheram critérios de falência mono-orgão (OF), destes, 180 (96.3%) estavam em OF já à entrada e 7 (3.7%) tiveram falência não simultânea de mais de um orgão. A mortalidade dos doentes com falência mono-orgão foi de 3.7% (7 doentes). Cento e um doentes (9.02%) tiveram falência multiorgão (MOF), definida como falência simultânea de dois ou mais orgãos, em qualquer altura do internamento. Existia MOF já à entrada em 90 doentes (89.1%). Houve 47 doentes com falência máxima de 2 orgãos (46.6%), 42 (41.6%) com falência de 3 orgãos. 10 (9.9%) com falência de 4 orgãos e 2 (1.98%) com falência de 5 orgãos. A mortalidade por número de orgãos em falência foi respectivamente de 23.4%; 66.7%; 80% e 100%. A mortalidade global dos doentes com falência multiorgão foi de 48.5% (49/101 doentes). O PRISM revelou um bom valor predictivo quando aplicado na totalidade dos doentes: discriminação (W) (avaliada pela área sob curvas ROC) W = 0.959 SE = 0.00085 e calibração (H) (avaliada pelo Hosmer-Lemesshow goodness-of-fit test) H = 13.217 p = 0.104. Estes valores permitem considerar este índice de gravidade como estando bem aferido para a população da Unidade. Quando aplicado ao grupo das MOF a discriminação foi aceitável (W = 0.732 SE = 0.036) mas a calibração foi má (H = 29.780 p = 0.00026). A análise multivariada mostrou que um score de PRISM % 15 e um número de orgãos em falência % 3, tanto na admissão como em qualquer altura do internamento, têm uma importância significativa na probabilidade de morte

    Lúpus Erythematosus

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    O Lúpus Eritematoso Sistémico (LES) é uma doença multissistémica, auto-imune, caracterizada por inflamação vascular e do tecido conjuntivo, com anticorpos antinucleares. As manifestações clínicas são variáveis, com uma história natural progressiva e imprevisível. Apresentamos o caso de uma adolescente, com antecedentes de artrite dos joelhos, febre e astenia de etiologia não esclarecida, com um ano de evolução. Internada na Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos por pneumonia bilateral a Streptococcus pneumoniae complicada com derrame pleural, anasarca e hematúria macroscópica. Iniciou antibioticoterapia, com evolução favorável, após o que se verifica agravamento clínico, com reaparecimento do derrame pleural, lesões vesiculares disseminadas sugestivas de etiologia herpética, hipertensão arterial sintomática e convulsão tónico-clónica generalizada. Da investigação, destaca-se estudo imunológico compatível com LES em actividade, poliserosite, proteinúria nefrótica, nefrite lúpica classe IV e anemia grave

    Methadone Intoxication in a Child: Toxic Encephalopathy?

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    Methadone is used in the treatment of opioid addiction. Acute intoxication can lead to severe consequences and can even be lethal. In several case reports and small series, a presumably toxic leukoencephalopathy is described resulting from inhalation of heroin. We present the case of a 3-year-old boy who ingested methadone accidentally. In a coma with acute obstructive hydrocephalus owing to massive cerebellar edema and supratentorial lesions, he was successfully treated with methylprednisolone and cerebrospinal fluid external drainage. To our knowledge, this is the first report of an encephalopathy associated with synthetic opioid intoxication

    Ventilação Mecânica numa Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos

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    Os autores fazem a análise dos doentes submetidos a ventilação mecânica na Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos do Hospital de Dona Estefânia, num período de 33 meses, desde a sua abertura em Abril de 1991 até ao final de Dezembro de 1993. Neste período foram internadas na Unidade 1513 crianças, das quais 264 (17.4%) foram ventiladas. A idade dos doentes ventilados variou entre os 28 dias e os 15 anos (média = 2.9 anos). De acordo com o Sistema de Classificação Clínica (CCS), 44 (16.7%) dos doentes pertenciam à classe III e 220 (83.3%) à classe IV. Os índices médios de Intervenção Terapêutica (TISS) e do Risco Pediátrico de Mortalidade (PRISM), no primeiro dia, foram respectivamente de 29.5 (min. = 9; max. = 75) e de 13.6 (min. = 0; max. = 50) pontos. A insuficiência respiratória constituiu o principal motivo de ventilação e a modalidade preferida foi a pressão controlada, utilizada em 201 doentes — 76.1%. A duração média da ventilação foi de 123.7 horas (min. = 30 minutos; max. = 9624 horas). A taxa de ocupação dos ventiladores nos anos de 1991, 1992 e 1993, foi respectivamente de 47.8%, 36.4% e de 53.2%. Registaram-se complicações relacionadas com a ventilação em 52 crianças (19.7%), sendo a atelectasia a mais frequentemente observada. A mortalidade foi de 31.1%, não se tendo relacionado nenhum óbito directamente com a ventilação mecânica

    Reanimação Cardio-Respiratória numa Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos- Casuística de 24 Meses

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    Os autores analisam um grupo de doentes submetidos a reanimação cardio-respiratória, numa Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos, num período de dois anos. Todos os doentes reanimados pertenciam às classes CCS III e IV. Sobreviveram 22.7% dos reanimados, dois dos quais com graves sequelas neurológicas. Não houve sobrevivência nos doentes com reanimações superiores a 30 minutos e a maior percentagem de sobrevivência verificou-se nos casos de paragem respiratória primária. Verificaram-se diferenças significativas entre o PRISM médio de admissão dos doentes que necessitaram de reanimação e dos não reanimados. Considera-se que a elevada mortalidade verificada (77.3%) se deve ao facto da paragem cardio-respiratória na criança ser, regra geral, o acidente terminal de outras situações patológicas coexistentes

    Cateterismo da Veia Subclávia em Cuidados Intensivos Pediátricos - Análise Prospectiva de 3 Anos

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    Apresentam-se os resultados do estudo prospectivo dos primeiros 145 cateterismos da veia subclávia efectuados na Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos (U.C.I.P.) do Hospital de Dona Estefânia. Foram submetidos a cateterismo 131 doentes com idades compreendidas entre 1 mês e 15 anos. A técnica utilizada foi a de Seldinger (abordagem infraclavicular). A taxa de sucesso foi de 90.0% e o número médio de tentativas de 2.7 ± 2.4. A duração média da cateterização foi de 7.5 ± 7.2 dias. Houve 22 complicações «major». A incidência de sépsis de cateter foi de 6.9%. A remoção dos cateteres foi electiva em 91 (62.8%) casos. Não houve mortalidade atribuível ao cateterismo. Os resultados obtidos estão em conformidade com os divulgados na literatura; a aprendizagem e execução da técnica são relativamente fáceis e a sua aplicação tem alta taxa de sucesso e baixa incidência de complicações

    Ensemble Composition and Activity Levels of Insectivorous Bats in Response to Management Intensification in Coffee Agroforestry Systems

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    Shade coffee plantations have received attention for their role in biodiversity conservation. Bats are among the most diverse mammalian taxa in these systems; however, previous studies of bats in coffee plantations have focused on the largely herbivorous leaf-nosed bats (Phyllostomidae). In contrast, we have virtually no information on how ensembles of aerial insectivorous bats – nearly half the Neotropical bat species – change in response to habitat modification. To evaluate the effects of agroecosystem management on insectivorous bats, we studied their diversity and activity in southern Chiapas, Mexico, a landscape dominated by coffee agroforestry. We used acoustic monitoring and live captures to characterize the insectivorous bat ensemble in forest fragments and coffee plantations differing in the structural and taxonomic complexity of shade trees. We captured bats of 12 non-phyllostomid species; acoustic monitoring revealed the presence of at least 12 more species of aerial insectivores. Richness of forest bats was the same across all land-use types; in contrast, species richness of open-space bats increased in low shade, intensively managed coffee plantations. Conversely, only forest bats demonstrated significant differences in ensemble structure (as measured by similarity indices) across land-use types. Both overall activity and feeding activity of forest bats declined significantly with increasing management intensity, while the overall activity, but not feeding activity, of open-space bats increased. We conclude that diverse shade coffee plantations in our study area serve as valuable foraging and commuting habitat for aerial insectivorous bats, and several species also commute through or forage in low shade coffee monocultures

    Ensemble Composition and Activity Levels of Insectivorous Bats in Response to Management Intensification in Coffee Agroforestry Systems

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    Shade coffee plantations have received attention for their role in biodiversity conservation. Bats are among the most diverse mammalian taxa in these systems; however, previous studies of bats in coffee plantations have focused on the largely herbivorous leaf-nosed bats (Phyllostomidae). In contrast, we have virtually no information on how ensembles of aerial insectivorous bats – nearly half the Neotropical bat species – change in response to habitat modification. To evaluate the effects of agroecosystem management on insectivorous bats, we studied their diversity and activity in southern Chiapas, Mexico, a landscape dominated by coffee agroforestry. We used acoustic monitoring and live captures to characterize the insectivorous bat ensemble in forest fragments and coffee plantations differing in the structural and taxonomic complexity of shade trees. We captured bats of 12 non-phyllostomid species; acoustic monitoring revealed the presence of at least 12 more species of aerial insectivores. Richness of forest bats was the same across all land-use types; in contrast, species richness of open-space bats increased in low shade, intensively managed coffee plantations. Conversely, only forest bats demonstrated significant differences in ensemble structure (as measured by similarity indices) across land-use types. Both overall activity and feeding activity of forest bats declined significantly with increasing management intensity, while the overall activity, but not feeding activity, of open-space bats increased. We conclude that diverse shade coffee plantations in our study area serve as valuable foraging and commuting habitat for aerial insectivorous bats, and several species also commute through or forage in low shade coffee monocultures

    The yeast P5 type ATPase, Spf1, regulates manganese transport into the endoplasmic reticulum

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    The endoplasmic reticulum (ER) is a large, multifunctional and essential organelle. Despite intense research, the function of more than a third of ER proteins remains unknown even in the well-studied model organism Saccharomyces cerevisiae. One such protein is Spf1, which is a highly conserved, ER localized, putative P-type ATPase. Deletion of SPF1 causes a wide variety of phenotypes including severe ER stress suggesting that this protein is essential for the normal function of the ER. The closest homologue of Spf1 is the vacuolar P-type ATPase Ypk9 that influences Mn2+ homeostasis. However in vitro reconstitution assays with Spf1 have not yielded insight into its transport specificity. Here we took an in vivo approach to detect the direct and indirect effects of deleting SPF1. We found a specific reduction in the luminal concentration of Mn2+ in ∆spf1 cells and an increase following it’s overexpression. In agreement with the observed loss of luminal Mn2+ we could observe concurrent reduction in many Mn2+-related process in the ER lumen. Conversely, cytosolic Mn2+-dependent processes were increased. Together, these data support a role for Spf1p in Mn2+ transport in the cell. We also demonstrate that the human sequence homologue, ATP13A1, is a functionally conserved orthologue. Since ATP13A1 is highly expressed in developing neuronal tissues and in the brain, this should help in the study of Mn2+-dependent neurological disorders
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