6 research outputs found
Alcance manual em lactentes saudáveis: desenvolvimento linear?
This study aimed at investigating phase transitions in the development of reaching in infants, as well as assessing whether changes in kinematics variables follow a linear or non-linear direction between the fourth and sixth months of age. Nine healthy infants were placed in a 50°-leaning baby seat and were shown attractive spherical objects of different properties. The infants’ movements were recorded, and 384 reaches were analysed by using 3D movement reconstruction. Results showed an increase with age in both straightness index and mean velocity, and a decrease in the number of movement units. Both straightness and movement units had a non-linear distribution, whereas mean velocity showed a linear one. The clearest phase transition occurred from the fourth to the fifth month. In the sixth month, the number of movement units was similar to the fifth month, and the straightness index was shown to reduce slightly. The fifth-to-sixth-month period, therefore, seems to be the most stable. Regarding the mean velocity, it was not possible to identify a remarkable point of transition. It is thus suggested that reaching movements improve during the analysed period of life, but such improvement does not necessarily follow a linear direction, since each kinematic variable shows a different developmental course.Este estudo visou verificar a transição de fases no desenvolvimento do alcance em lactentes, bem como verificar se as mudanças nas variáveis cinemáticas seguem uma direção linear ou não-linear dos 4 aos 6 meses de idade. Nove lactentes saudáveis foram posicionados em uma cadeirainfantil inclinada a 50o; foram-lhes apresentados objetos esféricos e atrativos de propriedades distintas e as imagens de seus movimentos foram registradas. Foram analisados tridimensionalmente 384 alcances. Constatou-se que houve aumento no Ãndice de retidão e na velocidademédia, e diminuição das unidades de movimento ao longo dos meses. O Ãndice de retidão e as unidades de movimento tiveram distribuição não-linear e a velocidade média, direção linear. A transição de fase mais evidente foi a do quarto para o quinto mês. No sexto mês, o número deunidades de movimento permaneceu próximo ao do quinto mês e o Ãndice de retidão apresentou discreta redução. Para essas variáveis, portanto, o perÃodo do quinto para o sexto mês parece ter sido o de maior estabilidade. Quanto à velocidade média, não foi possÃvel verificar um ponto marcante de transição. Os resultados sugerem que os movimentos de alcance são aprimorados ao longo do perÃodo de vida analisado, mas tal aprimoramento não segue necessariamente uma direção linear, visto que cada variável cinemática apresenta um curso desenvolvimental diferente
O engatinhar: um estudo da idade de seu aparecimento e de sua relação com a aquisição da marcha
The present research aimed to investigate the age of appearance of crawling, its relationship with the walking acquisition. Thirty-five normal children between 5 and 13 months of age were selected from São Carlos' day-care, whose crawling and walking were not yet stated. The children were observed during 7 months and the ages of appearance of the motor behaviors were recorded in specific evaluation index cards. Statistical Survival Analysis of the data showed that most of the children began to crawl between 7 to 10 months of age (81%) and the largest probability of incidence occurred at the 7"' month (24%). Walking appeared between 10 and 15 months of age (83%); its largest probability of incidence occurred at the 13 month (21%). Just 5.7 % of all children did not present crawling as a transient mode of locomotion. Results obtained in the present study suggested an anticipation of the crawling acquisition when compared to findings of searched literature. Furthermore, the minimum latency period of 3 months between both motor behaviors seems to indicate that the crawling experience is a pre - requisite to gain the walking acquisition. Research was developed under permission of parents, according to the resolution 1/88 from CNS.O estudo investigou a idade de emergência do comportamento engatinhar e sua relação com a aquisição da marcha. Foram selecionadas 35 crianças normais, dos berçários da cidade de São Carlos, com idades entre 5 e 13 meses, que ainda não apresentavam o engatinhar e a marcha. Estas foram observadas por um perÃodo de 7 meses e os comportamentos motores, bem como a época de seus aparecimentos, foram registrados em fichas de avaliação. Através do teste Análise de Sobrevivência, evidenciou-se que a maioria das crianças iniciou o engatinhar entre o 7o e 10° meses de vida (71%), sendo que a maior probabilidade de incidência ocorreu no 7o mês (24%). A marcha iniciou-se entre o 10°e 15° meses de idade (83%), com maior probabilidade de incidência no 13" mês (21%). Apenas 5,7% da amostra não apresentou o engatinhar como forma transitória de locomoção. Os dados obtidos sugerem uma antecipação do inÃcio do engatinhar em relação aos achados da literatura. Além disso, diante da existência de um perÃodo de latência mÃnimo de 3 meses entre os comportamentos motores estudados, parece que a experiência do engatinhar constitui um pré-requisito para a aquisição da marcha. Pesquisa desenvolvida com anuência dos responsáveis pelos participantes do estudo, de acordo com a resolução 01/88 do CNS
Can size and rigidity of objects influence infant's proximal and distal adjustments of reaching?
CONTEXTUALIZAÇÃO: Objetos influenciam nos ajustes do alcance de lactentes, no entanto ainda não se investigou se esses ajustes se modificam em crianças com mais idade. OBJETIVOS: Verificar se o tamanho e a rigidez dos objetos influenciam os ajustes proximais e distais do alcance dos 6 aos 8 meses e aos 36 meses de idade. MÉTODOS: A nove crianças saudáveis foram apresentados: um objeto rÃgido grande, um rÃgido pequeno, um maleável grande e um maleável pequeno. Os alcances foram filmados e posteriormente analisados qualitativamente quanto aos ajustes proximais (alcance uni e bimanual) e distais (orientação da mão horizontalizada, verticalizada e oblÃqua; mão aberta, semiaberta e fechada) e a preensão desses objetos (com e sem). Foram aplicados o Teste de Friedman e as comparações múltiplas de Dunn, considerando-se 0,05 como diferença significativa. RESULTADOS: Constatou-se que, aos 36 meses, houve mais alcances unimanuais do que nas idades anteriores e, em todas as idades, os alcances unimanuais foram realizados principalmente para os objetos pequenos. Aos 36 meses, as crianças orientaram a mão horizontalizada para tocar e apreender os objetos, enquanto que, aos 6 e 7 meses, a orientação foi oblÃqua para tocar e verticalizada para apreendê-los, independentemente das propriedades dos objetos. No decorrer dos meses, tanto no inÃcio quanto no final do alcance, as mãos tornaram-se mais abertas, principalmente para tocar o objeto rÃgido grande, e as crianças realizaram cada vez mais alcances com preensão, principalmente para os objetos maleáveis ou objetos pequenos. CONCLUSÕES: De 6 a 36 meses, os alcances tornaram-se mais refinados e ajustados à s propriedades mais discrepantes dos objetos apresentados, o que se observou pelas modificações nos ajustes proximais e distais.<br>BACKGROUND: It has been found that objects influence the adjustments to reaching of breastfeeding infants, however, it has not been investigated whether these adjustments change in older infants. OBJECTIVES: The aim of this study was to determine whether the size and rigidity of objects influence the proximal and distal adjustments to reaching of infants of 6, 7, 8 and 36 months of age. METHODS: Nine healthy infants were presented with: one large rigid, one small rigid, one large malleable and one small malleable object. The movements were videotaped and later analyzed qualitatively with regard to proximal (unimanual and bimanual reaching) and distal adjustments (horizontal, vertical and oblique hand orientation, opened, half-open and closed hand) and with regard to grasping of these objects (with and without). Friedman test and Dunn multiple comparisons were applied and 0.05 was considered as a significant difference. RESULTS: Infants of 36 months of age performed more unimanual reaching than younger infants. Additionally, at all ages, unimanual reaching was particularly performed for small objects. At 36 months of age infants guided the hand horizontally to touch and grasp the objects, while at 6 and 7 months the hand orientation was oblique to touch and vertical to grasp the objects, regardless of the object's properties. Over the months, both at the beginning and at the end of reaching, the hands became more open, especially to touch the large rigid object, and infants increasingly performed reaching with successful grasping, especially for malleable or small objects. CONCLUSIONS: From 6 to 36 months of age, the reaching became more refined and the infants adjusted to the different properties of the objects which were observed through changes in the proximal and distal adjustments
Visibilidade dos braços afeta a preferência manual em bebês Arms visibility affects manual preference in infants
Um aspecto de interesse sobre a formação da preferência manual humana em idades precoces é a extensão em que ela é afetada por informações aferentes. O objetivo deste estudo foi investigar o efeito da oclusão visual do braço preferido sobre a preferência manual e desempenho motor em bebês. Participaram cinco bebês com cinco meses de idade, que realizaram alcances com visão plena ou oclusão visual do braço preferido. O desempenho motor foi avaliado por meio de medidas cinemáticas. Os resultados indicaram que a oclusão visual induziu redução da frequência de alcances unimanuais com o braço ocluÃdo durante e imediatamente após a oclusão visual. Oclusão visual não alterou o desempenho motor. Estes resultados indicam que a formação da preferência manual durante o desenvolvimento motor é afetada pela disponibilidade de informação visual dos braços, embora os bebês pareçam ter pouca capacidade de usar a visão para controle motor.<br>An interesting aspect about formation of human manual preference in early ages is the extent to which it is affected by afferent information. This study aimed at investigating the effect of visual occlusion of the preferred arm on manual preference and motor performance in infants. Five 5-month-old infants performed reaching movements under full vision or occlusion of their preferred arm. Motor performance was assessed through kinematic measures. Results indicated that visual occlusion led to reduction of frequency of unimanual reaches using the visually occluded arm. Visual occlusion did not impair motor performance. These results indicate that formation of manual preference during motor development is affected by availability of visual afference of the arms, although infants seem to have reduced capacity to use vision for motor control