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    Mortalidade infantil segundo raça/cor no Brasil: o que dizem os sistemas nacionais de informação? Infant mortality according to race/color in Brazil: what do the national databases say?

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    O trabalho analisa a consistência dos Sistemas de Informações Sobre Mortalidade (SIM) e Sobre Nascidos Vivos (SINASC) como fontes de dados para a avaliação de desigualdades em raça/cor em saúde no Brasil. Foram obtidas taxas de mortalidade infantil (TMI) segundo raça/cor informada nas declarações de óbitos e nascidos vivos (NV), para o país e grandes regiões, no período 1999/2002. Estimou-se também a TMI segundo raça/cor a partir da incorporação dos óbitos e NV com raça/cor não informada por dois critérios. Compararam-se as TMI obtidas no estudo com as TMI estimadas por métodos indiretos. Foram também calculadas razões das TMI entre categorias de raça/cor. Observou-se redução substancial do número de óbitos e NV com raça/cor não informada no período. Em 2002, a mortalidade infantil das crianças pretas superou em 30,0% e 80,0% a mortalidade infantil das brancas e em 40,0% e 80,0% a das pardas; o diferencial de mortalidade entre crianças indígenas e brancas ou pardas variou de 40,0% a 90,0% a mais para as primeiras. Espera-se que a melhoria dos registros do SIM e do SINASC permita um aprofundamento da discussão sobre desigualdades em saúde segundo raça, cor e etnia no país.<br>This study analyzes the consistency of the Brazilian national information systems on mortality (SIM) and live births (SINASC) as data sources for evaluating health inequalities according to race/color. Infant mortality rates (IMRs) were obtained according to race/color from death and live birth certificates for the country as a whole and its regions, for the years 1999-2002. The IMR was also estimated according to race/ color, based on the incorporation of deaths and live births with race/color not reported by two criteria. The study compared the IMRs obtained in the study with those estimated by indirect methods. The IMR ratios were also calculated between race/color categories. A substantial reduction was observed during the period in the number of deaths and live births with race/color not recorded. In 2002, infant mortality in black children was 30.0% to 80.0% higher than that of white children and 40.0% to 80.0% higher than that of brown or mixed-race children (pardas); infant mortality in indigenous children was 40.0% to 90.0% higher than that of white or brown children. It is hoped that improved recording in the SIM and SINASC databases will allow a more in-depth discussion of health inequalities according to race, color, and ethnicity in Brazil

    Mortalidade por raça/cor: evidências de desigualdades sociais em Vitória (ES), Brasil Mortality by race/color: evidence of social inequalities in Vitória (ES), Brazil

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    OBJETIVO: Analisar a mortalidade por causa básica, sexo e raça/cor a partir do sistema de informações sobre mortalidade (SIM), em Vitória (ES), no período de 2003 a 2006. MÉTODOS: Foram calculados e analisados os coeficientes de mortalidade, segundo causa básica e sexo por raça/cor, bem como a idade média e mediana de óbito por causa básica, sexo e raça/cor. Foi calculado o risco relativo (RR) por sexo, idade e causa básica (p<0,05 e IC 95%). RESULTADOS: A completitude da variável raça/cor no SIM variou de 1% em 1996 para 81% em 2006. Foi observado maior RR de óbito entre negros para transtornos mentais e comportamentais (RR=9,29), causas mal definidas (RR=8,71) e causas externas (RR=5,71). Entre mulheres negras, as causas externas apresentaram maior RR (2,38). Foi encontrada uma variação de até 33 anos na idade mediana do óbito entre brancos e negros. Conclusão: Este estudo reitera a existência de desigualdades raciais/étnicas na mortalidade, destacando-se a mortalidade por transtornos mentais e causas externas, além da mortalidade precoce que ocorre na população negra.<br>OBJECTIVE: To analyze mortality by cause and sex among groups of race or color from the mortality information system (MIS) in Vitória (Brazil), in the period from 2003 to 2006. METHODS: We calculated and analyzed the mortality rates according to underlying cause, sex and race/color, and the mean and median age of death by underlying cause, sex and race. We calculated the relative risk (RR) for age, sex and underlying cause (p<0.05 and CI 95%). RESULTS: The completeness of race/color in SIM ranged from 1% in 1996 to 81% in 2006. There was a greater RR of death among blacks for mental and behavioral disorders (RR=9.29), Ill-defined causes (RR=8.71), and external causes (RR=5.71). For black women, we highlight the external causes (RR=2.38). We found a variation of up to 33 years (nervous system) between whites and blacks. CONCLUSION: This study confirms the existence of unequal racial/ethnic mortality, highlighting the mortality from mental disorders and external causes, in addition to early mortality that occurs in the black population

    Anos potenciais de vida perdidos por mulheres vítimas de homicídio na cidade do Recife, Pernambuco, Brasil Years of potential life lost by female homicide victims in Recife, Pernambuco State, Brazil

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    Estudo epidemiológico, transversal, objetivando calcular os anos potenciais de vida perdidos por mulheres vítimas de homicídio na cidade do Recife, Pernambuco, Brasil, no quinquênio 2003-2007. Utilizou-se de um banco de dados da Gerência Operacional de Informação de Mortalidade e Natalidade da Secretaria de Saúde do Recife, e foram revisadas todas as declarações de óbitos das vítimas de homicídio, com idade fértil no quinquênio analisado. Os resultados revelaram que houve 12.120 anos potenciais de vida perdidos, no período, por mulheres jovens, negras (88%), de escolaridade desconhecida (78,2%), solteiras (80%), mortas na Região Político-administrativa III, que foram assassinadas com uso de arma de fogo, no próprio domicílio. A taxa de mortalidade específica, no período, correspondeu a 10,8 por 100 mil mulheres em idade fértil. Os 43,3 anos de vida perdidos por cada vítima refletem, entre outros aspectos, as características do município, relativas ao nível de pobreza, desemprego, densidade populacional, instabilidade residencial, desigualdade social, que expõem seus habitantes a crises sociais, crimes e violência.<br>This cross-sectional epidemiological study aimed to calculate the potential years of life lost by female homicide victims in Recife, Pernambuco State, Brazil, in 2003-2007. A database was used from the Operational Division for Information on Births and Deaths under the Recife Municipal Health Department. All death certificates for childbearing-age women were reviewed for the five-year period. The results showed a total of 12,120 potential years of life lost by these women, mostly young, black (88%), with unknown levels of schooling (78.2%), single (80%), in District III of the city, and murdered with firearms in their own homes. The specific mortality rate was 10.8 homicides per 100,000 childbearing-age women. The 43.3 years of life lost per woman express the city's characteristics, poverty levels, unemployment, population density, residential instability, and social inequality, exposing residents to social strife, crime, and violence
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