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A influência da preferência intertemporal e das variáveis demográficas nos comportamentos em contexto natural
Dissertação de Mestrado apresentada ao ISPA - Instituto UniversitárioEscolhas intertemporais são escolhas que envolvem trocas com custos e benefícios
ocorrendo em diferentes momentos. O tópico deste estudo é a previsão de comportamentos
em contexto natural com aspectos intertemporais. Serão considerados como preditores
variáveis demográficas e escalas, que acedem as preferências intertemporais em contexto
laboratorial. Foram construídas duas hipóteses. A primeira hipótese afirma que as escalas de
preferência intertemporal são mais preditivas de um leque de comportamentos em contexto
natural do que as variáveis demográficas. A segunda hipótese compara a escala de Kirby et al.
(1999) e escala de Scholten (2010). A primeira envolve escolhas entre um ganho menor
imediato com um ganho maior mais tardio. A magnitude dos ganhos é manipulada, bem como
o tempo que separa os dois ganhos. A segunda envolve escolhas entre uma consequência
menor mais cedo e uma consequência maior mais tardia. As consequências são menores ou
maiores, ganhos ou perdas, sendo ambos menos ou mais afastados no tempo. A hipótese
afirma que a escala de Scholten (2010) é mais preditiva dos comportamentos do que a escala
de Kirby et al. (1999).
Os resultados mostram que nenhuma das hipóteses se confirmam, pois tanto a
impaciência como as variáveis demográficas são igualmente preditivas dos comportamentos
em contexto natural, e tanto a escala de Kirby et al. (1999) como a escala de Scholten (2010)
são, também, igualmente preditivas dos comportamentos em contexto natural. Ainda se pode
observar, através dos resultados, que as anomalias do Modelo de Utilidade Descontada estão
presentes na escala de Scholten (2010).ABSTRACT: Intertemporal choices are choices which involve trades with costs and benefits
occurring at different times. The topic of this study is the prediction of behaviour in a natural
context with intertemporal aspects. Demographic variables and scales are considered as
predictors which accede to intertemporal preferences in a laboratory setting. Two hypotheses
were built. The first hypothesis affirms that the scales of intertemporal preference are more
predictable of a range of behaviours in a natural context than those of the demographic
variables. The second hypothesis compares the scale of Kirby et al. (1999) and the scale of
Scholten (2010). The first involves choices between smaller, immediate rewards and larger,
delayed rewards. The magnitude of rewards is manipulated as well as the time that separates
the two rewards. The second one involves choices between a smaller quicker consequence
and a greater delayed consequence. The consequences are smaller or larger, gains or losses,
both being less or more distant in time. This hypothesis affirms that the scale of Scholten
(2010) is more predictable of behaviour than the scale of Kirby et al. (1999).
The results show that none of the hypotheses is confirmed because both impatience
and demographic variables are also, equally predictable of behaviour in a natural context, and
both the scale of Kirby et al. (1999) and the scale of Scholten (2010) are predictable of
behaviour in a natural context as well. The results also show that the anomalies of Discounted
Utility Model are found in the scale of Scholten (2010)