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ESTUDO ECOLÓGICO DOS CASOS DE DENGUE NO SUDESTE BRASILEIRO ENTRE 2014 E 2023
Dengue is an extremely prevalent arbovirus in Brazil, particularly in the Southeastern region, which shows alarming growth patterns. This study aims to analyze the clinical and epidemiological panorama of dengue cases in Southeastern Brazil from 2014 to 2023. This is a descriptive, quantitative, and retrospective study based on data obtained through the Notifiable Diseases Information System (SINAN) from the Department of Informatics of the Unified Health System (DATASUS).The total number of confirmed dengue cases in the Southeast region between 2014 and 2023 was 5,103,951. The capital, Belo Horizonte, had the highest number of cases (n=343,397). The age group with the highest frequency of dengue cases was 20 to 39 years, accounting for 31.13% (n=1,893,575) of the cases. The majority of individuals had completed high school, corresponding to 49.33%. The most frequent race/color in the analyzed sample was white, corresponding to 57.77% (n=2,060,473) of the cases. The sample was mostly composed of female individuals (45.92%). The majority of cases received clinical-epidemiological confirmation (57.25%), with a cure rate of 99.89% (n=4,142,176). The study highlighted the increasing pattern of dengue cases, although the prognosis was favorable for most patients.
A dengue é uma arbovirose extremamente prevalente no Brasil, principalmente na região Sudeste do país que apresenta padrões alarmantes de crescimento. O presente trabalho tem o objetivo de analisar o panorama clínico e epidemiológico dos casos de dengue no sudeste brasileiro de 2014 a 2023. Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo e retrospectivo,com base em dados obtidos através do Sistema de Notificação de Agravos (SINAN), no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). O total de casos confirmados de dengue, no Sudeste, entre 2014 e 2023, foi de 5.103.951.A capital Belo Horizonte foi aquela que apresentou maiores números de casos (n=343.397). A faixa etária com maior frequência de casos de dengue foi a de 20 a 39 anos, correspondendo a um percentual de 31,13% (n=1.893.575) dos casos. Os indivíduos, em sua maioria, apresentavam Ensino Médio Completo, correspondendo a 49,33%. A cor/ raça mais frequente, na amostra analisada, foi a branca correspondendo a 57,77% (n=2.060.473) dos casos. A amostra , em sua maioria,foi composta por indivíduos do sexo feminino (45,92% ). A maioria dos casos recebeu confirmação clínico-epidemiológica (57,25%), com evolução para cura em 99,89% dos casos (n=4.142.176). No estudo, ficou evidente o padrão de crescimento do número de casos , embora o prognóstico desta patologia tenha sido favorável na maioria dos pacientes
Impactos de longo prazo da cardite reumática em populações indígenas
Introdução: A cardite reumática (CR) é uma complicação da febre reumática (FR), que ocorre por reação cruzada ao Streptococcos pyogenes. Dada à alta taxa de infecções em populações vulneráveis, o número absoluto de CR é aumentado em relação à média. Populações indígenas possuem maior dificuldade de acesso à saúde e estão mais propensas a desfechos negativos. Objetivos: Identificar as disparidades e impactos de longo prazo da CR em populações indígenas. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, com inclusão de artigos entre 2018 e 2023, nas línguas portuguesa e inglesa. Foram encontrados 166 artigos e, após análise, foram selecionados 11 que atendiam aos critérios de inclusão. Resultados: A FR possui alta incidência dentre populações indígenas e baixo grau de diagnóstico precoce, com consequente evolução para CR com lesão valvar. Dificuldade no letramento em saúde e isolamento dificultam o rastreio, prevenção e tratamento da FR. A incidência de CR grave com indicação de substituição valvar é mais alta entre jovens indígenas. Possuir CR diminui a expectativa de vida e aumenta as chances de infecções oportunistas. Na Bacia Amazônica há alto índice de CR e grande prevalência de doença periodontal, o que aumenta as chances de endocardite bacteriana. Conclusão: Os estudos realizados em populações nativas na Oceania demonstram inequidade no acometimento em populações indígenas. No Brasil é possível perceber altos índices de CR, FR e endocardite, sobretudo em regiões com menor renda, realçando a necessidade de maior investigação a fim de reduzir os agravos da CR